tag:blogger.com,1999:blog-79575931534586634042024-02-07T18:16:53.265+00:00 KlepsudraManuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.comBlogger1330125tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-20279577716880916872023-01-30T17:35:00.001+00:002023-01-30T17:35:22.999+00:00A tática sem a estratégia é o ruído antes da derrota<p> </p><h2 class="autor" style="font-family: Arial; padding: 10px; text-align: right;">The Saker <a href="https://www.resistir.info/russia/saker_24jan23.html#asterisco">[*]</a></h2><img alt="Estátua de Sun Tzu." src="https://www.resistir.info/russia/imagens/sun_tzu.jpg" style="display: block; float: right; font-family: Arial; margin-left: 5mm; padding-right: 0px;" title="" width="40%" /><div class="doc" style="font-family: Arial; font-size: large; margin-right: 10px; text-align: justify;"><p style="font-size: x-large;">O título deste artigo é uma citação do famoso general chinês, estratega, filósofo e escritor Sun Tzu, que viveu há 2500 anos. E embora seja verdade que a guerra mudou drasticamente nos últimos milénios (por exemplo, a arte operacional foi acrescentada como um nível intermediário entre tática e estratégia), a lógica fundamental de Sun Tzu ainda se aplica. Para simplificar excessivamente esta questão, poder-se-ia dizer que as táticas são o meio para um fim que tem de ser definido e a definição desse objetivo final é a estratégia. Mais uma vez, isto é ridiculamente simplista, mas para os nossos propósitos isso é suficientemente bom.</p><p style="font-size: x-large;">O acima exposto é altamente pertinente para a situação na Ucrânia. Mas primeiro, um lembrete crucial: <span style="color: #cc0000;"><b>os militares ucranianos foram praticamente destruídos no primeiro mês da guerra.</b></span> Tanto Andrei Martyanov como eu próprio escrevemos sobre isto muitas vezes, mas se quiserem ouvir isso de outra fonte, recomendo <a href="https://bigserge.substack.com/p/russo-ukrainian-war-the-world-blood" rel="noopener noreferrer" target="_blank">este artigo do Big Serge</a> no Substack (um bom sítio web que recomendo a todos). Ou ouçam os vídeos do Macgregor. E há muito mais por aí (<a href="https://www.moonofalabama.org/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Moon of Alabama</a> é outro bom).</p><p style="font-size: x-large;">Durante aquele primeiro mês de guerra, o Ocidente estava tão ocupado a tentar apresentar a incursão russa em direção a Gostmel simultaneamente como:</p><span><ul><li>Uma grande derrota russa e</li><li>Um grande massacre de civis russos</li></ul></span><p style="font-size: x-large;">que os meios de comunicação ocidentais estavam a concentrar-se nesse insensatez, enquanto se perdia completamente nesta guerra de propaganda a destruição das forças armadas Ukronazis.</p><p style="font-size: x-large;">Os Ukronazis, contudo, compreenderam o que estava a acontecer e concordaram com as negociações. Como todos sabemos, os anglo-sionistas enviaram Bojo a Kiev para travar o que parecia ser um fim iminente da guerra.</p><p style="font-size: x-large;">De qualquer modo, vamos olhar para os objetivos de cada lado na fase inicial da guerra:</p><span><ul><li>Os Ukronazis estavam prontos para atacar o Donbass com a esperança de repetir o que a NATO fez às "áreas de proteção" sérvias desarmadas nas Krajinas (<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Storm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">operação Tempestade</a>).</li><li>Os russos impediram esse ataque, mas não atacando diretamente a força Ukronazi no Donbass e sim, basicamente, destruindo as forças armadas Ukronazis por toda a Ucrânia.</li></ul></span><p style="font-size: x-large;">Por qualquer padrão de senso comum, a guerra deveria ter terminado em Março. Porquê? Porque, mais uma vez, todo o exército Ukronazi foi basicamente destruído e desorganizado. Então os "génios" do Ocidente encontraram uma solução muito simples:</p><span><ul><li>Enviar todo o equipamento da antiga Organização do Tratado de Varsóvia [OTV] (não, nunca foi chamado de "pacto") de todos os antigos países da OTV para a Ucrânia.</li><li>Enviar mais soldados ucranianos para as linhas de frente</li></ul></span><p style="font-size: x-large;">Inicialmente, essa abordagem parecia muito promissora, mas não durou muito tempo.</p><p style="font-size: x-large;"><span style="color: #cc0000;"><b>Essa segunda iteração do Ukronazi também foi destruída pela Rússia</b></span>, embora a um ritmo muito mais lento porque os russos se viram confrontados com alguns problemas muito espinhosos:</p><span><ul><li>Muito do hardware da ex-OTV era muito eficaz, não só porque o material soviético em geral é melhor como porque grande parte dele fora modernizado.</li><li>Os Ukronazis estavam mais do que dispostos a incorrer em grandes perdas se isso pudesse atrasar os avanços russos.</li><li>Os russos simplesmente não dispunham do tipo de mão-de-obra necessária nem para a defesa estática nem mesmo para controlar toda a linha de contacto.</li><li>E uma vez que os russos escolheram uma economia de força tipo manobra/mobilidade de defesa (que era a sua única opção de qualquer forma, uma vez que os Ukronazis superavam largamente os russos), não podiam manter-se firmes e isso, por sua vez, significava que os ucranianos locais não podiam contar com a permanência dos russos e a sua protecção.</li><li>Todas as capacidades <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/C4ISR" rel="noopener noreferrer" target="_blank">C4ISR</a> da NATO foram gradualmente colocadas à disposição dos Ukronazis, o que complicou seriamente as operações russas, ao mesmo tempo que ajudava grandemente a artilharia e a força aérea ucraniana (foram também entregues centenas de aviões ex-OTV).</li><li>As forças ukronazis no Donbass estavam *muito* seriamente entrincheiradas (tiveram oito anos e uma quantidade infinita de dinheiro ocidental para construir defesas!), e os russos não estavam dispostos a sacrificar os seus soldados em sangrentos ataques frontais. A utilização de armamento pesado também não era uma opção, porque os Ukronazis estavam escondidos dentro das cidades e vilas e, assim, arrasar as defesas Ukronazi teria significado matar milhares de civis.</li></ul></span><p style="font-size: x-large;">No entanto, apesar de tudo, a Rússia conseguiu destruir a maior parte do material da ex-OTV e forçar os Ukronazis a trocar "corpos por balas de artilharia" – uma tática louca, imoral e fútil que simplesmente não podia ser sustentável. Como resultado, os números ucranianos da KIA/MIA dispararam ainda mais, mas ninguém no Ocidente se importou minimamente.</p><p style="font-size: x-large;">O que é importante aqui é que não só os Ukronazis perderam muito hardware e soldados, como perderam muitos dos seus *melhores* soldados (brigadas inteiras, e os melhores, perderam-se em Bakhmut!). Isto significa que enquanto a NATO podia dizer a Kiev para mobilizar cada vez mais homens para enviar para a frente, a maioria dos que foram mobilizados e treinados apressadamente não conseguiram realmente compensar as enormes perdas dos Ukronazis. Treinar soldados ucranianos na Ucrânia era perigoso (os ataques de mísseis russos significavam que em nenhum lugar da Ucrânia existia um local seguro para efetuar o treino), e treinar os ucranianos no estrangeiro era mais seguro, mas também exigia um esforço muito maior para uma força muito mais pequena.</p><p style="font-size: x-large;">E, inevitavelmente, <span style="color: #cc0000;"><b>o hardware da ex-OTV entregue ao regime de Kiev em números ENORMES foi também gradualmente destruído nos ataques russos.</b></span></p><p style="font-size: x-large;">Além disso, a geografia é uma merda e, no nosso caso, <span style="color: #cc3300;"><b>todo o Donbass é um enorme caldeirão, aberto apenas no lado ocidental</b></span>, o que torna bastante complicado planear qualquer coisa a mais do que pequenos ataques, locais. Para os russos, porém, isto significa que podem atacar a partir de qualquer um destes eixos: do Norte, do Leste e do Sul ou mesmo de qualquer combinação, portanto. Neste momento, na sequência da mobilização parcial, a Rússia já tem os números necessários para escolher qualquer opção que queira.</p><p style="font-size: x-large;">Muito em breve, o Ocidente ficou sem armas da ex-OTV.</p><p style="font-size: x-large;">O Ocidente respondeu enviando onda após onda de "voluntários", PMCs, até mesmo "desertores" (como <a href="https://www.rt.com/news/570237-us-navy-seal-killed-ukraine/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><span style="color: #cc0000;">este US Navy Seal</span></a>). Escritórios de recrutamento foram organizados às pressas em todo o mundo e o lado russo começou a ouvir cada vez mais transmissões de rádio não em russo ou ucraniano, mas em polaco e inglês (e até em árabe!).</p><p style="font-size: x-large;">O problema agora é o hardware.</p><p style="font-size: x-large;">Primeiro, <span style="color: #cc0000;"><b>a NATO não pode substituir "um por um" ex-OTV MBTs <i>[Main Battle Tanks],</i> IFV/APCs, SAM, etc.</b></span> Não só o hardware da NATO é caro como simplesmente não há suficiente material em armazém para compensar totalmente as enormes perdas infligidas pelos russos.</p><p style="font-size: x-large;">Em segundo lugar, o hardware da OTV não só era familiar aos ucranianos, como era muito mais fácil assegurar o tipo de fluxos de fornecimento/manutenção necessários para o seu funcionamento do que no caso do hardware da NATO (que na sua maior parte é inferior ao material ex-OTV, com algumas exceções).</p><p style="font-size: x-large;">Em terceiro lugar, a maior parte do hardware da NATO teve um desempenho terrivelmente mau. Nenhuma das Wunderwaffen prometidas fez qualquer diferença real, pelo menos em termos militares. Em termos de civis assassinados, os russos relataram agora que <b>desde a entrega de munições de longo alcance às forças da NATO na Ucrânia (porque é isso que são), <a href="https://www.vedomosti.ru/politics/news/2023/01/20/959908-nebenzya-soobschil-o-roste" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o número de vítimas civis assassinadas pela NATO aumentou num factor de quatro!</a></b></p><p style="font-size: x-large;">Mas, é claro, ninguém no Ocidente se preocupa com isso.</p><p style="font-size: x-large;">Inicialmente, o Ocidente respondeu enviando todo o seu próprio equipamento excedentário, stocks antigos, especialmente contra uma promessa dos EUA de compensar estes sistemas enviados para a Ucrânia com sistemas muito mais recentes. Muito rapidamente esses stocks acabaram também por serem mastigados pelo moedor de carne russo.</p><p style="font-size: x-large;"><span style="color: #cc0000;"><b>Por outras palavras, os russos também destruíram esta 3ª iteração dos militares "ucranianos"</b></span> (na realidade, militares da NATO).</p><p style="font-size: x-large;">O que nos conduz à situação atual.</p><p style="font-size: x-large;">O Império enfrenta agora um dilema simples e extremamente perigoso: as forças da NATO na Ucrânia estão a ficar sem equipamento e sem pessoal.</p><p style="font-size: x-large;"><b>Se o Ocidente enviar, digamos, uma companhia ou mesmo um batalhão de MBTs para Lvov e várias baterias Patriot para proteger Kiev, isso não fará qualquer diferença militar no terreno.</b> Sim, a quantidade tem uma dimensão qualitativa e entregas tão limitadas de sistemas de armas e pessoal podem fazer grande "barulho" (no sentido de Sun Tzu), mas não fazem diferença.</p><p style="font-size: x-large;"><b>E se o Ocidente enviar uma força suficientemente grande para fazer a diferença, isso resultaria inevitavelmente numa grande guerra continental que a NATO não pode vencer.</b></p><p style="font-size: x-large;">Tudo isto suscita a questão: qual é o verdadeiro objetivo do Ocidente na Ucrânia?</p><p style="font-size: x-large;">Deixem-me sugerir alguns:</p><span><ul><li>1. Impedir uma derrota Ukronazi/NATO</li><li>2. Tornar a guerra o mais dispendiosa possível para a Rússia</li><li>3. Salvar a face</li></ul></span><p style="font-size: x-large;">Existem problemas com todos estes três objetivos, sendo o principal o facto de nenhum deles ser qualificado como "estratégia" (são demasiado vagos para começar). O segundo problema é que o Ocidente não tem os meios para atingir nenhum destes objetivos. E o terceiro é que, ao manter objetivos tão irrealistas, a derrota inevitável e a subsequente perda de prestígio para todo o Ocidente irá piorar ainda mais a situação.</p><p style="font-size: x-large;">Então o que é que os EUA/NATO podem trazer para a mesa?</p><span><ul><li>Um C4ISR de classe mundial (muito útil, mas também potencialmente muito vulnerável)</li><li>Uma força submarina de classe mundial (útil apenas para disparar mísseis de cruzeiro)</li><li>Uma grande quantidade de mísseis de cruzeiro subsónicos e, na sua maioria, desatualizados</li><li>Uma força terrestre relativamente pequena (sem defesas aéreas reais)</li><li>Forças aéreas que não têm experiência de operação num ambiente *muito* perigoso.</li><li>Uma tríade nuclear muito robusta</li></ul></span><p style="font-size: x-large;">Como sabemos por Sun Tzu que "a tática sem a estratégia é o ruído antes da derrota", podemos ver imediatamente que nenhuma destas capacidades tem qualquer hipótese de evitar uma derrota da NATO. Por outras palavras, <span style="color: #cc0000;"><b>os comandantes dos EUA em breve terão de enfrentar uma escolha ainda pior: derrota ou guerra nuclear.</b></span></p><p style="font-size: x-large;">Considero que o Ocidente não tem atualmente nem táticas (reais, significativas) nem qualquer estratégia.</p><p style="font-size: x-large;">Nenhuma.</p><p style="font-size: x-large;">Tudo o que vejo é pensamento mágico, delírios narcisistas, uma mentalidade moldada por séculos de relativa impunidade e um ódio abrangente, cego e odioso da Rússia e de tudo o que é russo.</p><p style="font-size: x-large;">Dificilmente os ingredientes para uma vitória (sob qualquer definição) contra os mais poderosos militares de guerra continental do planeta.</p></div><div align="right" style="font-family: Arial; margin-right: 10px;"><h4>24/Janeiro/2023</h4></div><div align="left" style="font-family: Arial;"><h2 style="padding: 10px;">Ver também:<br /><li>General alemão Harald Kujat : <a href="https://mpr21.info/la-guerra-es-una-punalada-trapera-de-los-socios-de-la-otan-dirigida-contra-alemania/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"A guerra é uma punhalada nas costas dos parceiros da NATO contra a Alemanha"</a></li><li><a href="https://mpr21.info/estados-unidos-asume-el-control-directo-del-gobierno-y-el-ejercito-ucraniano/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos assumem o controle direto do governo e do exército ucraniano</a></li><li><a href="https://estatuadesal.com/2023/01/25/a-guerra-na-ucrania-para-manter-a-uniao-europeia-sob-tutela/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A guerra na Ucrânia para manter a União Europeia sob tutela</a></li></h2><h2 style="padding: 10px;"><a name="asterisco">[*]</a> Alcunha de Andre Raievsky, analista militar.</h2><h2 style="padding: 10px;">O original encontra-se em <a href="http://thesaker.is/tactics-without-strategy-is-the-noise-before-defeat/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">thesaker.is/tactics-without-strategy-is-the-noise-before-defeat/ </a>.</h2><h2 style="padding: 10px;">Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistir.info</a></h2><div><br /></div></div>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-46207432702611926082022-11-14T08:29:00.002+00:002022-11-14T08:29:34.017+00:00A retirada da Rússia de Kherson: é tática ou estratégica?<p> </p><h2 class="autor" style="font-family: Arial; padding: 10px; text-align: right;">Dmitry Orlov <a href="https://www.resistir.info/russia/orlov_11nov22.html#asterisco">[*]</a></h2><img alt="Cartaz soviético da década de 1920." src="https://www.resistir.info/russia/imagens/cartaz_donbass_1920.jpg" style="display: block; float: right; font-family: Arial; margin-left: 5mm; padding-right: 0px;" title="" width="30%" /><div class="doc" style="font-family: Arial; font-size: large; margin-right: 10px; text-align: justify;"><p style="font-size: x-large;">Nos últimos dois anos, ocorreu uma transformação incrível: uma massa gigantesca e fervilhante de virologistas freelancers baseados na Internet transformou-se espontaneamente em uma massa igualmente fervilhante de especialistas em geopolítica. E agora, com igual rapidez, esses geopolíticos se tornaram especialistas militares. Alguns desses especialistas militares recém-nascidos estão agora opinando que a decisão da Rússia, anunciada há dois dias, de retirar suas tropas de um pedaço de terra na margem direita do Dniepr, onde fica a cidade de Kherson, é uma derrota estratégica. É estratégico porque a estratégia da Rússia em relação a essa região é — o quê? E é uma derrota porque uma retirada é o oposto de uma vitória, que, no contexto da operação especial da Rússia na antiga Ucrânia, seria – o quê? Eles não sabem (são recém-nascidos), mas “derrota estratégica” com certeza parece importante e tem como objetivo nos convencer de que esses virologistas, quero dizer especialistas militares, definitivamente sabem do que estão falando. E mesmo que não, apenas jogue um pouco de Deep State, alguns Bilderbergers, um Schwab ou dois, tempere, misture e terá uma bela salada de palavras.</p><p style="font-size: x-large;">Se preferir algo mais robusto para afundar os dentes, aqui estão alguns antecedentes. Kherson é uma região russa ao norte da Crimeia. Faz parte da ponte de terra que corre ao longo da costa do Mar de Azov e liga a Crimeia ao resto da Rússia. Também liga a Crimeia ao poderoso rio Dniepr através de um canal que fornece água para irrigação e permite que os agricultores da Crimeia cultivem muito arroz (entre outras coisas). E depois há a cidade de Kherson, que é para Kherson o que Kansas City é para Kansas, com a diferença de que enquanto Kansas City atravessa o rio Missouri, Kherson City está do outro lado do Dniepr, separada do resto de Kherson. Basicamente, Kherson City fica do lado errado do rio (que, neste caso, também fica do lado direito, se você estiver indo na direção de seu fluxo).</p><img alt="Áreas inundáveis a jusante da barragem de Khakovskaya." src="https://www.resistir.info/russia/imagens/areas_inundaveis.png" style="display: block; float: right; margin-left: 5mm; padding-right: 0px;" title="" width="30%" /><p style="font-size: x-large;">O Dniepr é realmente poderoso. Ele atravessa Kiev e, em seguida, faz em um grande arco para o Mar Negro, formando uma fronteira natural que é difícil de atravessar e fácil de defender. Os soviéticos cobriram-no com uma dúzia de pontes e barragens e construíram centrais hidroelétricas que ajudaram a transformar a Ucrânia numa potência económica – por um tempo. Mas esse tempo acabou-se definitivamente e a atual safra de nacionalistas ucranianos chama esse período de “ocupação soviética” e está empenhada a destruir tudo o que é soviético, sejam estátuas de Lenine nas praças da cidade ou as pontes e barragens, que eles bombardearam incansavelmente. Até agora, os danos nas barragens foram em grande parte cosméticos, mas um dia desses eles poderiam ter êxito em derrubar uma delas, e nesse caso o espelho de água inundaria Kherson City e a área circundante, tornando-a inabitável por muito tempo.</p><p style="font-size: x-large;">E assim os russos decidiram evacuar a cidade de Kherson e as áreas circundantes. Putin emitiu uma ordem direta para evacuar quem quisesse sair. Essas pessoas foram transportadas para a Crimeia, juntamente com seus filhos, animais de estimação e parentes idosos, em ambulâncias, se necessário, com alojamento e alimentação, tratamento médico conforme necessário, depois receberam vales de moradia e cartões de dinheiro com algum saldo para sustentá-los, até encontrarem empregos e serem enviados para alguma região russa onde os empregos são abundantes. Como Kherson agora faz parte da Rússia, todos eles são automaticamente cidadãos russos dotados de todos os direitos e privilégios inalienáveis que lhes são inerentes, tornando-os, pelos padrões ucranianos contemporâneos, embaraçosamente ricos. Por outro lado, o que isso significa para aqueles que recusaram a oferta de evacuação e decidiram ficar em uma cidade completamente delapidada, parcialmente destruída, implacavelmente bombardeada, completamente minada e semi-abandonada que será afogada quando a antiga barragem romper? Embaraçosamente estúpido, eu acho… Do ponto de vista russo, a evacuação foi essencialmente uma repatriação daqueles khersonianos que se consideram russos; quanto ao resto, qual é aquela palavra desagradável que Victoria Nuland gosta de usar?<a href="https://www.resistir.info/russia/orlov_11nov22.html#nt">[NT]</a></p><p style="font-size: x-large;">Agora vamos olhar para Kherson City do ponto de vista da logística. O inverno está a chegar; as pontes estão destruídas e o Dniepr congela, mas isso é muito ao sul para os padrões russos e, portanto, não congela de maneira rápida ou confiável. Durante grande parte do inverno, estará fechado à navegação, mas o gelo será fino demais para transportar caminhões e tanques pesados. Além disso, não há aeroportos. Você não precisa ser um especialista militar (nem um virologista talentoso) para entender que evacuar e sair de Kherson era a única opção viável. Sim, é uma retirada, e algumas pessoas acreditam que uma retirada de alguma forma é sempre uma coisa ruim. A retirada de Kutuzov de Moscou em 1812 foi uma coisa ruim? Certamente era – para Napoleão! E então, em 1942, houve uma retirada através do Volga em Stalingrado. Quão bem isso funcionou – para Hitler?</p><p style="font-size: x-large;">Assim, Kherson City está do lado errado do rio, impossível de reabastecer, completamente despovoada, com infraestrutura em ruínas por três décadas de corrupção, roubo e negligência ucranianas, em metade destruída por bombardeios ucranianos implacáveis nos últimos meses, e pode potencialmente ser inundada quando a barragem se romper. Por outro lado, os imóveis lá têm preços bastante razoáveis no momento e ainda são território russo – parte da região de Kherson, que foi aceita na Federação Russa em 04 de outubro de 2022, com base nos resultados de um referendo público. De acordo com a constituição russa, nenhuma parte do território russo pode ser vendida, alienada ou negociada e, assim, as hostilidades continuarão até que este território esteja novamente sob controle russo e a bandeira russa esteja novamente hasteada sobre o que resta da cidade de Kherson.</p><p style="font-size: x-large;">E se este pedaço de terra em particular, no lado errado do Dniepr é território russo, então o que dizer do resto? Que tal uma bela faixa de terras agrícolas despovoadas e desmilitarizadas com algumas centenas de quilómetros de largura ao longo da margem errada do Dniepr, patrulhada por aviões drones e periodicamente lavrada, plantada e colhida por máquinas agrícolas robóticas? Isso parece um plano perfeitamente viável; tudo o que resta é que os orgulhosos proprietários do que resta da Ucrânia (que estão em Washington) percebam que esta é a melhor oferta que eles vão receber. Os russos são sempre bastante razoáveis no início, depois ficam progressivamente menos e sua oferta final geralmente não é nenhuma oferta – apenas a morte.</p><p style="font-size: x-large;">Agora, vamos supor que os washingtonianos não vão rolar ansiosamente, deixar Putin coçar suas barrigas e depois urinar em si mesmos como cachorrinhos alegres. Afinal, a Ucrânia é terra americana! Eles compraram esta terra de alguns oligarcas ucranianos, ou ganharam jogando poquer com eles, ou simplesmente a tomaram porque queriam… Vamos supor que, em vez disso, eles imprimam enormes maços de dólares e os deem aos ucranianos, que então se sentarão lá e atirarão de mau-humor esses maços de dólares na direção dos russos, que estão confortavelmente entrincheirados no lado direito (quer dizer, esquerdo) do Dniepr, desfrutando das confortáveis luvas de lã que milhões de avós em toda a Rússia estão tricotando para eles. Então, como a Rússia pode estabelecer essa bela e ampla faixa de terra? Eu não sou virologista e nunca poderia distinguir o RNA mensageiro do tipo normal, mas com certeza posso identificar uma proteína de pico (tem picos, uh!) e também posso ler mapas. E olhando para um mapa, posso ver claramente que a maneira mais rápida e direta de a Rússia fazer isso é lançar um ataque da Bielorrússia através de Kiev e descer até Odessa, no Mar Negro. Com a costa do Mar Negro já bloqueada pela marinha russa, as rotas de reabastecimento para as forças ucranianas/NATO a leste dessa linha seriam cortadas e a ação militar no território da antiga Ucrânia seria encerrada pouco depois.</p><p style="font-size: x-large;">O que está impedindo esse plano é a população: ainda restam alguns milhões de pessoas nessas terras, e quem você acha que deveria alimentá-las? Os russos? Esqueça! Essas pessoas tiveram a possibilidade de se declararem russos e se juntarem aos russos na luta contra os nazistas ucranianos (que sempre foram poucos, mas, devido ao generoso apoio ocidental, bastante influentes). Mas eles desperdiçaram essa oportunidade, e agora precisam ser persuadidos a fazer as malas e se juntar à União Europeia. A maneira mais fácil de fazer isso é apresentar-lhes a perspectiva de um inverno longo e frio sem eletricidade, calor, água corrente, comida nas lojas ou dinheiro. (A situação pode em breve ser a mesma em grande parte da própria União Europeia, mas eles merecem uma oportunidade de descobrirem isso por si mesmos.) Isso é exatamente o que a Rússia tem feito, já tendo eliminado 40% da capacidade de geração de eletricidade da Ucrânia enquanto infligia muitos outros danos à infraestrutura, principalmente usando foguetes lançados de navios e aeronaves, e os novos e sofisticados ciclomotores voadores chamados Geranium 2 (um drone suicida movido por um motor de dois tempos barato fabricado na China).</p><p style="font-size: x-large;">Até agora, tudo isso tem sido sobre táticas; mas e a estratégia? Bem, estrategicamente, este é um sinal para os EUA/NATO, cujos representantes e mercenários a Rússia está atualmente a combater na Ucrânia. (Graças à dissuasão nuclear da Rússia, as guerras por procuração são tudo o que eles podem arriscar.) O que a Rússia está sinalizando para eles, para seu próprio povo e para o resto do mundo, é que esta operação militar especial é um compromisso aberto sem prazo definido, mas com um objetivo definido: garantir a segurança da Rússia. A Rússia pode mantê-la literalmente para sempre. Além disso, isso provavelmente é bom para o seguinte: os povos estão a tornar-se mais unidos, a economia está se desdolarizando, o rublo está mais forte do que esteve em 22 anos, a influência cultural ocidental está sendo expurgada, os inimigos internos estão sendo eliminados e a máquina militar russa está recebendo um ajuste muito necessário. Enquanto isso, o resto do mundo pode divertir-se pensando no facto de que o Ocidente coletivo está a ir embora. A Rússia tende a marcar suas maiores vitórias no auge do inverno. Sua vitória pode vir neste inverno, ou no próximo, ou no seguinte…</p><p style="font-size: x-large;">Quanto a mim, adoro o inverno! Mal posso esperar para ir esquiar e patinar no gelo. Acabei de colocar pneus cravejados no meu furgão militar <a href="https://travelrealrussia.com/uaz_overview" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bukhanka</a> para prepará-lo para as aventuras de inverno. Talvez eu até faça o tradicional mergulho num buraco de gelo no dia 06 de janeiro (Epifania). Este inverno deve ser bom.</p></div><div align="right" style="font-family: Arial; margin-right: 10px;"><h4>11/Novembro/2022</h4></div><div align="left" style="font-family: Arial;"><h3><a name="nt"></a>[NT] “Vicky” Nuland tornou-se famosa quando uma chamada telefónica sua foi interceptada e divulgada na internet. Ela disse ao então embaixador gringo na Ucrânia: “Foda-se a UE…”. Ouçam-na <a href="https://www.youtube.com/watch?v=r5n8UbJ8jsk" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqui</a>.</h3><h2 style="padding: 10px;">Ver também:<br /><li><a href="https://www.resistir.info/russia/M.%20K.%20Bhadrakumar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Russia’s Kherson withdrawal is tactical</a>, M. K. Bhadrakumar</li></h2><h2 style="padding: 10px;"><a name="asterisco">[*]</a> Escritor.</h2><h2 style="padding: 10px;">O original encontra-se em <a href="https://boosty.to/cluborlov/posts/ddbdccb7-2757-401b-9683-b63e820fe0d8?from=email&from_type=new_post" rel="noopener noreferrer" target="_blank">boosty.to/cluborlov/posts/ddbdccb7-2757-401b-9683-b63e820fe0d8?from=email&from_type=new_post</a> e a tradução em <a href="http://sakerlatam.org/a-retirada-da-russia-de-kherson-e-tatico-ou-estrategico/">sakerlatam.org/a-retirada-da-russia-de-kherson-e-tatico-ou-estrategico/</a></h2><h2 style="padding: 10px;">Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistir.info</a></h2><div><br /></div></div>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-47109543917960547192022-11-14T08:28:00.003+00:002022-11-14T08:28:35.526+00:00O fim da civilização ocidental (2)<p> por </p><h2 class="autor" style="font-family: Arial; padding: 10px; text-align: right;">Michael Hudson <a href="https://www.resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_2.html#asterisco">[*]</a></h2><img alt="'Destiny of Civilization', o livro mais recente de Michael Hudson." src="https://www.resistir.info/m_hudson/imagens/destiny_of_civilization.jpg" style="display: block; float: right; font-family: Arial; margin-left: 5mm; padding-right: 0px;" title="" width="25%" /><div class="doc" style="font-family: Arial; font-size: large; margin-right: 10px; text-align: justify;"><p style="font-size: x-large;"><b>Estará a civilização ocidental num longo desvio do caminho seguido pela antiguidade?</b></p><p style="font-size: x-large;">O que é mais importante na polarização económica de Roma, que resultou da dinâmica de dívida produtora de juros para as mãos gananciosas da sua classe credora, é quão radicalmente o seu sistema legal oligárquico pró-credor diferia das leis de sociedades anteriores que controlavam os credores e a proliferação da dívida. A ascensão de uma oligarquia credora que usou a sua riqueza para monopolizar a terra e controlar o governo e os tribunais (sem hesitar no uso da força e assassinatos políticos contra possíveis reformadores) foi impedida durante milhares de anos em todo o Próximo Oriente e outro países em terras asiáticas. Mas a periferia do mar Egeu e do Mediterrâneo carecia dos freios e contrapesos económicos que haviam proporcionado resiliência noutras partes do Próximo Oriente. O que distinguiu o Ocidente desde o início foi a falta de um governo forte o suficiente para conter o surgimento e a dominação de uma oligarquia credora.</p><p style="font-size: x-large;">Todas as economias antigas operavam a crédito, acumulando dívidas agrícolas durante o ano agrícola. Guerras, secas ou inundações, doenças e outras perturbações muitas vezes impediram o pagamento de dívidas. Mas os governantes do Próximo Oriente cancelavam as dívidas nessas condições. Isso evitou que seus cidadãos-soldados e trabalhadores do campo perdessem as suas terras de auto-sustento para os credores, que eram reconhecidos pelo palácio como um poder rival em potencial. Em meados do primeiro milénio AC, a servidão pela dívida havia-se reduzido a um fenómeno apenas marginal na Babilónia, Pérsia e outros reinos do Próximo Oriente. Mas a Grécia e Roma estavam no meio do milénio com revoltas populares exigindo o cancelamento das dívidas, libertarem-se da servidão por dívidas e da perda de terras auto-sustento.</p><p style="font-size: x-large;">Foram apenas os reis romanos e os tiranos gregos que, por algum tempo, conseguiram proteger seus súbditos da servidão por dívidas. Mas eles acabaram perdendo para as oligarquias credoras dos senhores da guerra. A lição da História é, portanto, que um forte poder regulador do governo é necessário para impedir que as oligarquias surjam e usem as reivindicações dos credores e a apropriação de terras para transformar os cidadãos em devedores, arrendatários, clientes e, finalmente, servos.</p><p style="font-size: x-large;"><b>A ascensão do controle dos credores sobre os governos modernos</b></p><p style="font-size: x-large;">Palácios e templos em todo o mundo antigo eram credores. Somente no Ocidente surgiu uma classe de credores privados. Um milénio após a queda de Roma, uma nova classe bancária obrigou os reinos medievais a se endividarem. Famílias bancárias internacionais usaram o seu poder de credores para obter o controlo de monopólios públicos e recursos naturais, assim como os credores conquistaram o controlo de terras individuais na antiguidade.</p><p style="font-size: x-large;">A Primeira Guerra Mundial viu as economias ocidentais atingirem uma crise sem precedentes como resultado de dívidas entre aliados e reparações alemãs. O comércio quebrou e as economias ocidentais caíram em depressão. O que os tirou dessa situação foi a Segunda Guerra Mundial, e desta vez nenhuma reparação foi imposta após o fim da guerra. No lugar das dívidas de guerra, a Inglaterra simplesmente foi obrigada a abrir sua Zona da Libra Esterlina aos exportadores dos EUA e abster-se de fazer reviver os seus mercados industriais desvalorizando a libra, sob os termos do Lend-Lease e do British Loan de 1946.</p><p style="font-size: x-large;">O Ocidente emergiu da Segunda Guerra Mundial relativamente livre de dívidas privadas – e completamente sob o domínio dos EUA. Mas desde 1945 o volume da dívida expandiu-se exponencialmente, atingindo proporções de crise em 2008, quando a bolha das hipotecas de alto risco, a fraude bancária maciça e a pirâmide da dívida financeira explodiram, sobrecarregando os EUA, bem como as economias da Europa e do Sul Global. A Reserva Federal dos EUA produziu 8 milhões de milhões de dólares para salvar as ações da elite financeira, títulos e hipotecas imobiliárias, em vez de resgatar as vítimas de hipotecas lixo e países estrangeiros super-endividados. O Banco Central Europeu fez a mesma coisa para evitar que os europeus mais ricos perdessem o valor de mercado da sua riqueza financeira.</p><p style="font-size: x-large;">Mas era tarde demais para salvar as economias dos EUA e da Europa. O longo acumular de dívidas pós-1945 chegou ao fim. A economia dos EUA foi desindustrializada, as suas infraestruturas entraram em colapso e a sua população está tão endividada que resta pouco rendimento disponível para sustentar os padrões de vida. Assim como ocorreu com o Império de Roma, a resposta americana é tentar manter a prosperidade da sua própria elite financeira explorando países estrangeiros. Esse é o objetivo da atual diplomacia da Nova Guerra Fria. Envolve extrair tributo económico empurrando as economias estrangeiras ainda mais para a dívida em dólares, a ser paga impondo depressão e austeridade.</p><p style="font-size: x-large;">Esta subjugação é descrita pelos economistas tradicionais como uma lei da natureza e, portanto, como uma forma inevitável de equilíbrio, na qual a economia de cada nação recebe “aquilo que vale". Os principais modelos económicos atuais são baseados na suposição irreal de que todas as dívidas podem ser pagas, sem definir a orientação dos rendimentos e da riqueza. Todos os problemas económicos são considerados resolvidos pela “magia do mercado”, sem necessidade de intervenção da autoridade cívica. A regulamentação governamental é considerada ineficiente e ineficaz e, portanto, desnecessária. Isso deixa credores, compradores de terras e propriedades e privatizadores com liberdade para privar os outros da sua liberdade. Isto é descrito como o destino final da globalização de hoje e da própria História.</p><p style="font-size: x-large;"><b>O Fim da História? Ou apenas da financeirização e privatização do Ocidente?</b></p><p style="font-size: x-large;">A pretensão neoliberal é que privatizar o domínio público e deixar o setor financeiro assumir o planeamento económico e social nos países-alvo trará prosperidade mutuamente benéfica. Isto deveria tornar voluntária a submissão de todos os países à ordem mundial centrada nos EUA. Mas o efeito real da política neoliberal foi controlar as economias do Sul Global e sujeitá-las à austeridade pelo endividamento. O neoliberalismo americano afirma que a privatização, a financeirização e a mudança do planeamento económico do governo para Wall Street e outros centros financeiros é o resultado de uma vitória darwiniana alcançando tal perfeição que é “o fim da História”.</p><p style="font-size: x-large;">É como se o resto do mundo não tivesse alternativa a não ser aceitar o controlo dos EUA sobre o sistema financeiro global (isto é, neocolonial), comércio e organização social. E só para ter certeza, a diplomacia dos EUA procura apoiar seu controlo financeiro e diplomático pela força militar. A ironia é que a própria diplomacia dos EUA ajudou a acelerar uma resposta internacional ao neoliberalismo ao unir governos fortes o suficiente para seguir a longa tendência da História com governos capazes de impedir que dinâmicas oligárquicas corrosivas impeçam o progresso da civilização.</p><p style="font-size: x-large;">O século XXI começou com os neoliberais americanos imaginando que a financeirização e privatização alavancadas pela dívida coroariam a longa ascensão da História humana como o legado da Grécia e Roma clássicas. Na visão neoliberal da História antiga ecoa a das oligarquias da antiguidade, denegrindo os reis de Roma e os reformadores-tiranos da Grécia por ameaçarem com uma intervenção pública muito forte, quando visavam manter os cidadãos livres da servidão por dívidas e garantir a posse da terra para o auto-sustento.</p><p style="font-size: x-large;">O que é visto como o ponto de partida decisivo é a “segurança dos contratos” da oligarquia, dando aos credores o direito de expropriar os devedores. Isto, de facto, permaneceu uma característica definidora dos sistemas jurídicos ocidentais nos últimos dois mil anos.</p><p style="font-size: x-large;">Um verdadeiro fim da História significaria que estas reformas se aplicariam em todos os países. Este sonho parecia próximo quando os neoliberais dos EUA receberam carta branca para remodelar a Rússia e outros estados pós-soviéticos depois da dissolução da União Soviética em 1991, começando com a terapia de choque privatizando recursos naturais e outros ativos públicos para as mãos de cleptocratas orientados pelo ocidente, registando a riqueza pública em seu próprio nome – e lucrando com a venda do que tinham tomado para os EUA e outros investidores ocidentais.</p><p style="font-size: x-large;">O fim da União Soviética deveria consolidar o Fim da História pela América, mostrando como seria fútil as nações tentarem criar uma ordem económica alternativa, baseada no controle público do dinheiro e dos bancos, saúde pública, educação gratuita e outros subsídios de necessidades básicas, livres de financiamento de dívidas. A admissão da China na Organização Mundial do Comércio em 2001 foi vista como confirmando a afirmação de Margaret Thatcher de que "não há alternativa" (TINA) à nova ordem neoliberal patrocinada pelos EUA.</p><p style="font-size: x-large;">Há uma alternativa económica, é claro. Observando a extensão da História antiga, podemos ver que o principal objetivo dos antigos governantes da Babilónia ao Sul e Leste da Ásia era impedir que uma oligarquia mercantil e credora reduzisse a população em geral à escravidão e servidão pela dívida. Se o mundo da Eurásia, não norte-americano, seguir agora este objetivo básico, estaria a restaurar o curso da História no seu curso pré-ocidental. Isso não seria o fim da História, mas retornaria aos ideais básicos do mundo não-ocidental de equilíbrio económico, justiça e equidade.</p><p style="font-size: x-large;">Atualmente, China, Índia, Irão e outras economias da euroasiáticas deram o primeiro passo como pré-condição para um mundo multipolar, ao rejeitarem a insistência dos Estados Unidos para aderirem às sanções comerciais e financeiras contra a Rússia. Esses países percebem que, se os Estados Unidos pudessem destruir a economia da Rússia e substituir o seu governo por proxies semelhantes a Yeltsin, os demais países euro-asiáticos seriam os próximos da lista.</p><p style="font-size: x-large;">A única maneira possível da História realmente terminar seria os militares americanos destruírem todas as nações que buscam uma alternativa à privatização e financeirização neoliberais. A diplomacia dos EUA insiste em que a História não deve seguir nenhum caminho que não culmine no seu próprio império financeiro governando por meio de oligarquias clientes. Os diplomatas americanos esperam que as suas ameaças militares e apoio a exércitos por procuração forcem outros países a submeterem-se às exigências neoliberais – para evitarem ser bombardeados, sofrerem “revoluções coloridas”, assassinatos políticos ou golpes militares ao estilo Pinochet. Mas a única maneira real de acabar com a História é pela guerra atómica para acabar com a vida humana neste planeta.</p><p style="font-size: x-large;"><b>A Nova Guerra Fria está dividindo o mundo em dois sistemas económicos contrastantes</b></p><p style="font-size: x-large;">A guerra por procuração da NATO na Ucrânia contra a Rússia é o catalisador que divide o mundo em duas esferas opostas com filosofias económicas incompatíveis. A China, o país que cresce mais rapidamente, trata o dinheiro e o crédito como uma utilidade pública alocada pelo governo em vez de permitir o privilégio monopolista da criação de crédito privatizado pelos bancos, levando-os a substituir o governo como planeador económico e social. Esta independência monetária, contando com sua própria criação de dinheiro, em vez de pedir empréstimos em dólares eletrónicos dos EUA, controlando o comércio externo e o investimento na sua própria moeda em vez de dólares, é vista como uma ameaça existencial ao domínio da economia global pelos Estados Unidos.</p><p style="font-size: x-large;">A doutrina neoliberal dos EUA exige que a História termine “libertando” as classes ricas de um governo forte o suficiente para impedir a concentração da riqueza, o declínio e a queda final. A imposição de sanções comerciais e financeiras contra a Rússia, Irão, Venezuela e outros países que resistem à diplomacia dos EUA e, finalmente, ao confronto militar, é como os Estados Unidos pretendem com a NATO “espalhar a democracia” da Ucrânia ao Mar da China.</p><p style="font-size: x-large;">O Ocidente, na iteração neoliberal dos EUA, parece repetir o padrão de declínio e queda de Roma. Concentrar a riqueza nas mãos do 1% sempre foi a trajetória da civilização ocidental. É o resultado da antiguidade clássica ter tomado um caminho errado quando Grécia e Roma permitiram o crescimento inexorável da dívida, levando à expropriação de grande parte da cidadania, reduzindo-a à servidão perante uma oligarquia credora proprietária de terras. Esta é a dinâmica embutida no ADN do que é chamado Ocidente e a sua “segurança dos contratos” sem supervisão governamental quanto ao interesse público. Ao eliminar a prosperidade em casa, essa dinâmica exige um esforço constante para extrair riqueza económica (literalmente um “fluxo”) às custas de colónias ou países devedores.</p><p style="font-size: x-large;">Os Estados Unidos, por meio de sua Nova Guerra Fria, pretendem precisamente garantir o tributo económico dos outros países. O conflito vindouro pode durar talvez vinte anos e determinará que tipo de sistema político e económico o mundo terá. Em questão está mais do que simplesmente a hegemonia dos EUA e seu controlo através do dólar das finanças internacionais e da criação de dinheiro. Politicamente, em questão está a ideia de “democracia” que se tornou um eufemismo para uma oligarquia financeira agressiva que busca impor-se globalmente pelo controlo financeiro, económico e político predatório, apoiado pela força militar.</p><p style="font-size: x-large;">Como procurei enfatizar, o controlo oligárquico do governo tem sido a característica distintiva da civilização ocidental desde a antiguidade clássica. E a chave para esse controlo tem sido a oposição a um governo forte. Isto é, um governo civil forte o suficiente para impedir que uma oligarquia credora emerja e monopolize o controle da terra e da riqueza, tornando-se uma aristocracia hereditária, uma classe rentista que vive de rendas da terra, juros e privilégios de monopólio que reduzem a generalidade da população à austeridade.</p><p style="font-size: x-large;">A ordem unipolar centrada nos EUA na esperança de “acabar com a História” refletiu uma dinâmica económica e política básica que tem sido característica da civilização ocidental desde que a Grécia e Roma clássicas seguiram um caminho diferente da matriz do Próximo Oriente no primeiro milénio AC. Para evitarem ser arrastados para o redemoinho de destruição económica que agora envolve o Ocidente, os países do núcleo euro-asiático em rápido crescimento no mundo, desenvolvem novas instituições económicas baseadas numa filosofia social e económica alternativa. Com a China sendo a maior economia e de mais rápido crescimento da região, as suas políticas socialistas provavelmente serão influentes na formação do emergente sistema financeiro e comercial não-ocidental.</p><p style="font-size: x-large;">Em vez da privatização da infraestrutura económica básica no Ocidente para criar fortunas privadas por meio da extração de rendas monopolistas, a China mantém isso em mãos públicas. Sua grande vantagem sobre o Ocidente é que trata o dinheiro e o crédito como uma utilidade pública, sendo alocada pelo governo em vez de permitir que os bancos privados criem crédito, com a dívida a crescer, sem expansão da produção para elevar os padrões de vida. A China também mantém a saúde, a educação, o transporte e as comunicações em mãos públicas, como direitos humanos básicos.</p><p style="font-size: x-large;">A política socialista da China representa, em muitos aspetos, um retorno às ideias básicas de resiliência que caracterizaram a maioria das civilizações antes da Grécia e Roma clássicas. A China criou um Estado suficientemente forte para resistir ao surgimento de uma oligarquia financeira que ganhasse o controle da terra e dos ativos rentáveis. Em contraste, as economias ocidentais de hoje estão repetindo exatamente aquele impulso oligárquico que destruiu as economias da Grécia e Roma clássicas, com os Estados Unidos tornando-se o equivalente moderno de Roma.</p></div><div align="right" style="font-family: Arial; margin-right: 10px;"><h4>11/Julho/2022</h4></div><div align="left" style="font-family: Arial;"><h2 style="padding: 10px;">A primeira parte deste artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_1.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_1.html</a></h2><h2 style="padding: 10px;">Do mesmo autor:<br /><li><a href="https://resistir.info/m_hudson/cortes_salarios_19jun22.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O programa de austeridade do Fed para reduzir salários</a></li></h2><h2 style="padding: 10px;"><a name="asterisco">[*]</a> Professor de Teoria Económica da Universidade do Missouri, Kansas City, investigador associado do Levy Economics Institute of Bard College. Seu livro mais recente é <a href="https://www.bookdepository.com/Destiny-Civilization-Michael-Hudson/9783949546075?ref=grid-view&qid=1658067897092&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>The Destiny of Civilization</i></a> .</h2><h2 style="padding: 10px;">O original encontra-se em <a href="https://www.nakedcapitalism.com/2022/07/michael-hudson-the-end-of-western-civilization-why-it-lacks-resilience-and-what-will-take-its-place.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">www.nakedcapitalism.com/2022/07/michael-hudson-the-end-of-western-civilization-why-it-lacks-resilience-and-what-will-take-its-place.html</a></h2><h2 style="padding: 10px;">Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistir.info</a></h2><div><br /></div></div>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-10864898861117138632022-11-14T08:27:00.002+00:002022-11-14T08:27:41.115+00:00O fim da civilização ocidental (1)<p> por </p><h2 class="autor" style="font-family: Arial; padding: 10px; text-align: right;">Michael Hudson <a href="https://www.resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_1.html#asterisco">[*]</a></h2><img alt="'Destiny of Civilization', o livro mais recente de Michael Hudson." src="https://www.resistir.info/m_hudson/imagens/destiny_of_civilization.jpg" style="display: block; float: right; font-family: Arial; margin-left: 5mm; padding-right: 0px;" title="" width="25%" /><div class="doc" style="font-family: Arial; font-size: large; margin-right: 10px; text-align: justify;"><p style="font-size: x-large;">O maior desafio que confronta as sociedades sempre foi efetuar comércio e crédito sem deixar que mercadores e credores ganhassem dinheiro explorando seus clientes e devedores. Toda a antiguidade reconhecia que o impulso para ganhar dinheiro é viciante e na verdade tende a ser explorador e portanto socialmente nefasto. Os valores morais da maior parte das sociedades opõem-se ao egoísmo, acima de tudo na forma de avareza e dependência da riqueza, o que os gregos chamavam de <i>philarguria</i> – amor à moeda, mania da prata. Indivíduos e famílias que se entregavam ao consumo conspícuo tendiam a ser ostracizadas, porque era reconhecido que a riqueza muitas vezes era obtida a expensas de outros, especialmente os fracos.</p><p style="font-size: x-large;">O conceito grego de <i>hubris</i> envolvia comportamento egoísta que provocasse danos a outros. Avareza e cobiça deviam ser punidas pela deusa da justiça Nemesis, que tinha muitos antecedentes no Oriente Próximo, tais como Nanshe de Lagash na Suméria, protegendo o fraco contra o poderoso, o devedor contra o credor.</p><p style="font-size: x-large;">Essa proteção é o que se esperava que os governantes providenciassem ao servirem os deuses. Eis porque os governantes foram imbuídos com poder suficiente para proteger a população de ser reduzida à dependência da dívida e ao clientelismo. Chefes, reis e templos eram encarregados de distribuir crédito e terra agriculturável para permitir que pequenos proprietários servissem no exército e fornecessem trabalho de corvéia. Governantes que se comportassem de modo egoísta era passíveis de serem destituídos, ou os seus súbditos poderiam fugir, ou apoiar líderes rebeldes ou atacantes estrangeiros que lhes prometessem cancelar dívidas e redistribuir a terra mais equitativamente.</p><p style="font-size: x-large;">A função mais básica de reinos do Oriente Próximo era proclamar a “ordem económica”, <i>misharum</i> e <i>urarum,</i> deixar um passado em branco mediante cancelamentos de dívida, refletindo o Ano Jubileu do judaísmo. Não havia “democracia” no sentido de cidadãos a elegerem os seus líderes e administradores, mas a “realeza divina” era obrigada a alcançar o objetivo económico implícito da democracia: “proteger o fraco do poderoso”.</p><p style="font-size: x-large;">O poder real era apoiado por templos e sistemas éticos ou religiosos. As principais religiões que emergiram no primeiro milénio AC, as de Buda, Lao-Tzu e Zoroastro, sustentavam que impulsos pessoais deveriam ser subordinados à promoção do bem-estar geral e à ajuda mútua.</p><p style="font-size: x-large;">O que não parecia provável 2500 anos atrás era que uma aristocracia de senhores da guerra conquistasse o mundo ocidental. Ao criar o que se tornou o Império Romano, uma oligarquia tomou o controle da terra e, ao seu tempo, o sistema político. Ela aboliu a autoridade real ou cívica, mudou o fardo fiscal para classes mais baixas, e levou a população e a indústria a endividarem-se.</p><p style="font-size: x-large;">Isto foi feito de modo puramente oportunista. Não houve tentativa de defender isto ideologicamente. Não há sinal de um arcaico Milton Friedman a emergir para popularizar uma nova ordem moral radical celebrando a avareza, sob a alegação de que a cobiça é o que impulsiona as economias para a frente, não para trás, convencendo a sociedade a deixar a distribuição de terra e moeda ao “mercado” controlado por corporações privadas e usurários ao invés da regulação comunalista pelos governantes do palácio e dos templos – ou, por extensão, o socialismo de hoje. Palácios, templos e governos cívicos eram credores. Eles não eram forçados a contrair empréstimos para funcionar e, assim, não eram sujeitos às exigências políticas de uma classe de credores privados.</p><p style="font-size: x-large;">Mas dirigir a população, indústria e mesmo governos à dívida a uma elite oligárquica foi precisamente o que se verificou no ocidente, o qual está agora a tentar estender a variante moderna deste regime económico baseado em dívida – o capitalismo financeiro neoliberal centrado nos EUA – a todo o mundo. É disso que trata a Nova Guerra Fria de hoje.</p><p style="font-size: x-large;">De acordo com a moralidade tradicional de sociedades primitivas, o ocidente – a começar na Grécia clássica e Itália em torno do século VIII – era bárbaro. O ocidente na verdade estava na periferia do mundo antigo quando comerciantes sírios e fenícios introduziram a ideia da dívida portadora de juros do Oriente Próximo a sociedades que não tinham a tradição real de cancelamentos periódicos de dívida. A ausência de um forte poder do palácio e da administração do templo permitiu emergirem oligarquias credoras por todo o mundo mediterrânico.</p><p style="font-size: x-large;">A Grécia acabou por ser conquistada, primeiro pela Esparta oligárquica, a seguir pela Macedónia e finalmente por Roma. Foi a avareza do sistema legal deste último, a favor dos credores, que modelou a civilização ocidental subsequente. Hoje, um sistema financiarizado de controle oligárquico cujas raízes remontam a Roma está a ser apoiado e na verdade imposto pelos EUA através da diplomacia da Nova Guerra Fria, pela força militar e pelas sanções económicas sobre países que procuram resistir-lhe.</p><p style="font-size: x-large;"><b>Tomada de controle oligárquica da antiguidade clássica</b></p><p style="font-size: x-large;">A fim de entender como a Civilização Ocidental se desenvolveu de um modo que continha as sementes fatais da sua própria polarização económica, declínio e queda, é necessário reconhecer que quando a Grécia clássica e Roma aparecem no registo histórico uma Idade das Trevas havia interrompido a vida económica desde o Oriente Próximo até o Mediterrâneo oriental, de 1200 a cerca de 750 AC. Alterações climáticas aparentemente provocaram grave despovoamento, acabando as economias de palácio, com a vida a reverter ao nível local durante este período.</p><p style="font-size: x-large;">Algumas famílias criaram autocracias estilo máfia, pela monopolização da terra e amarrando o trabalho através de várias de formas de clientelismo coercivo e dívida. Acima de tudo estava o problema da dívida portadora de juros que os comerciante do Oriente Próximo haviam introduzido em terras do Egeu e do Mediterrâneo – sem os correspondentes cancelamentos reais de dívida.</p><p style="font-size: x-large;">A partir desta situação “tiranos”-reformadores gregos surgiram nos séculos VII e VI AC, desde Esparta até Corinto, Atenas e ilhas gregas. Relata-se que a dinastia Cipselíada em Corinto e novos líderes semelhantes em outras cidades cancelaram as dívidas que mantinham clientes em servidão sobre a terra, redistribuíram esta terra à cidadania e empreenderam gastos em infraestrutura pública para intensificar o comércio, abrindo o caminho para o desenvolvimento cívico e rudimentos de democracia. Esparta promulgou as austeras reformas “licurganas” contra o consumo de ostentação e de luxo. A poesia de Arquiloquos na ilha de Paros e Solon de Atenas denunciaram o impulso para a riqueza pessoal como vicioso, levando à arrogância e prejudicando outros – a ser punido pela deusa da justiça Nemesis. O espírito era semelhante ao babilónio, judaico e de outras religiões morais.</p><p style="font-size: x-large;">Roma teve lendários sete reis (753-509 AC), que dizem ter atraído imigrantes e impedido a oligarquia de explorá-los. Mas famílias ricas derrubaram o último rei. Não havia líder religioso para contrapor-se ao seu poder, pois as principais famílias aristocráticas controlavam o sacerdócio. Não houve líderes que combinassem reforma económica interna com uma escola religiosa e não havia no ocidente a tradição de cancelamentos de dívida tais como Jesus advogou ao tentar restaurar o Ano Jubileu para a prática judaica. Havia muitos filósofos estóicos e sítios religiosos <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Anfictionia">anfictiónicos</a> <a href="https://www.resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_1.html#nt">[NT]</a> tais como Delfi e Delos que exprimiam uma religião de moralidade pessoal que afastava a arrogância.</p><p style="font-size: x-large;">Os aristocratas de Roma criaram uma constituição anti-democrática e um Senado, assim como leis que tornavam a servidão da dívida – e a consequente perda de terra – irreversível. Embora a ética “politicamente correta” fosse evitar envolver-se em comércio e usura, esta ética não impedia um oligarca de emergir para tomar a terra e reduzia grande parte da população à servidão. Por volta do século II AC Roma conquistou todo a região mediterrânica e a Ásia Menor. As maiores corporações era os coletores de impostos publicanos, os quais relata-se terem saqueado províncias de Roma.</p><p style="font-size: x-large;">Sempre houve caminhos para os ricos agirem hipocritamente em harmonia éticas com altruístas abstendo-se da cobiça comercial enquanto se enriqueciam. Os ricos da antiguidade era capazes de compatibilizar-se com tais éticas evitando eles próprios o empréstimo direto e o comércio, atribuindo este “trabalho sujo” aos seus escravos ou libertos e gastando os rendimentos de tais atividades em filantropia ostentatórias (as quais tornaram-se um espetáculo aguardado nas campanhas eleitorais de Roma). E depois de a cristandade se ter tornado a religião romana no século IV DC, o dinheiro era capaz de comprar absolvição com doações generosamente adequadas à igreja.</p><p style="font-size: x-large;"><b>O legado de Roma e o imperialismo financeiro do ocidente</b></p><p style="font-size: x-large;">O que distingue as economias ocidentais das primitivas do Oriente Próximo e da maior parte das sociedades asiáticas é a ausência de alívio da dívida para restaurar um equilíbrio económico amplo. Todas as nações ocidentais herdaram de Roma a santidade de princípios de dívida favoráveis ao credor que priorizam os direitos dos credores e legitimam a permanente transferência a credores da propriedade de devedores em incumprimento. Desde a Roma antiga até aos Habsburgos da Espanha, da Grã-Bretanha imperial até aos Estados Unidos, oligarquias ocidentais apropriaram-se do rendimento e da terra de devedores, enquanto se livravam de impostos transferindo-os para o trabalho e a indústria. Isto provocou austeridade interna e levou oligarquias a buscarem prosperidade através da conquista estrangeira, para ganhar de estrangeiros o que não estava a ser produzido por economias internas conduzidas ao endividamento e sujeitas a princípios legais pró-credores, transferindo terra e outras propriedade para uma classe rentista.</p><p style="font-size: x-large;">A Espanha no século XVI saqueou vastos carregamentos de prata e ouro do Novo Mundo, mas esta riqueza fugiu das suas mãos, dissipou-se na guerra ao invés de ser investida na indústria interna. Deixada com uma economia desigual, polarizada e profundamente endividada, os Habsburgos perderam as suas antigas possessões, a República Holandesa, a qual prosperou como sociedade menos oligárquica do que a outra que auferia mais poder como credor do que como devedor.</p><p style="font-size: x-large;">A Grã-Bretanha seguiu uma ascensão e queda semelhante. A I Guerra Mundial deixou-a com pesadas dívidas de armas para com a sua antiga colónia, os Estados Unidos. Ao impor a austeridade anti-trabalho internamente, buscando pagar estas dívidas, a área da libra esterlina britânica tornou-se posteriormente um satélite do US dólar nos termos do <i>American Lend-Lease</i> na II Guerra Mundial e do <i>British Loan</i> de 1946. As políticas neoliberais de Margaret Thatcher e Tony Blair aumentaram drasticamente o custo de vida pela privatização e monopolização da habitação pública e infraestrutura, eliminando a antiga competitividade industrial britânica pela elevação do custo de vida e portanto dos níveis salariais.</p><p style="font-size: x-large;">Os Estados Unidos seguiram uma trajetória semelhante de super-extensão imperial à custa da sua economia interna. Seus gastos militares além-mar a partir de 1950 obrigaram o dólar a desligar-se do ouro em 1971. Esta mudança teve o benefício não previsto de inaugurar um “padrão dólar” que permitiu à economia estado-unidense e à sua diplomacia militar obterem refeições gratuitas do resto do mundo, aumentando o endividamento em dólares de bancos centrais de outros países sem qualquer restrição prática.</p><p style="font-size: x-large;">A colonização financeira da ex-União Soviética na década de 1990 pela “terapia de choque” das privatizações dádivas, seguida em 2001 pela admissão da China à Organização Mundial de Comércio – com a expectativa de que a China iria, como a Rússia de Yeltsin, tornar-se uma colónia financeira dos EUA – levou a economia da América a desindustrializar-se através da transferência do emprego para a Ásia. A tentativa de obrigar a submissão ao controle estado-unidense através do início da Nova Guerra Fria de hoje fez com que a Rússia, a China e outros países rompessem com o comércio e o sistema de investimento dolarizado, deixando os Estados Unidos e a Europa da NATO a sofrerem austeridade e aprofundamento da desigualdade de riqueza pois os rácios de endividamento estão a ascendfer para indivíduos, corporações e organismos governamentais.</p><p style="font-size: x-large;">Foi apenas a uma década que o senador John McCain e o presidente Barack Obama caracterizaram a Rússia como um mero posto de gasolina com bombas atómicas. Isso poderia ser dito agora dos Estados Unidos, que tem como base do seu poder económico o controle do comércio de petróleo do ocidente, enquanto os seus principais excedentes de exportação são produtos agrícolas e armas. A combinação de alavancamento de dívida financeira e privatização tornou a América uma economia de alto custo, perdendo a sua antiga liderança industrial, tal como a Grã-Bretanha. Os Estados Unidos estão agora a tentar viver principalmente de ganhos financeiros (juros, lucros sobre investimento estrangeiro e criação de crédito pelo banco central para inchar ganhos de capital) ao invés de criar riqueza através do seu próprio trabalho e indústria. Os seus aliados ocidentais procuram fazer o mesmo. O eufemismo deste sistema dominado pelos EUA é “globalização”, mas isto é simplesmente uma forma de colonialismo financeiro – apoiado pela habitual ameaça de força militar e “mudanças de regime” encobertas para impedir países de se retirarem do sistema.</p><p style="font-size: x-large;">Este sistema imperial baseado nos EUA e na NATO procura endividar países mais fracos e forçá-los a entregar o controle das suas políticas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial. Obedecer ao “conselho” neoliberal anti-trabalho destas instituições leva a uma crise de dívida que obriga a taxa de câmbio do país devedor a depreciar-se. O FMI então “resgata-os” da insolvência com a “condicionalidade” de que liquidem o sector público e comutem impostos sobre a riqueza (especialmente a de investidores estrangeiros) para o trabalho.</p><p style="font-size: x-large;">Oligarquia e dívida são as características definidoras das economias ocidentais. Os gastos militares da América e as guerras quase constantes deixaram o seu próprio Tesouro profundamente endividado a governos estrangeiros e seus bancos centrais. Os Estados Unidos estão portanto a seguir o mesmo caminho pelo qual o imperialismo da Espanha deixou a dinastia dos Habsburgos em dívida para com banqueiros europeus, assim como a participação da Grã-Bretanha em duas guerras mundiais na esperança de manter sua posição dominante no mundo deixou-a endividada e acabou com a sua antiga vantagem industrial. A ascensão da dívida externa da América tem sido sustentada pelo seu privilégio de “divisa chave” pois emite a sua própria moeda sob o “padrão dólar” sem que outros países tenham qualquer expectativa razoável de alguma vez serem pagos – exceto com ainda mais “dólares de papel”.</p><p style="font-size: x-large;">Esta afluência monetária capacitou a elite administrativa da Wall Street a aumentar a sobrecarga rentista da América pela financiarização e privatização, aumentando o custo de vida e de fazer negócio, tal como ocorreu na Grã-Bretanha sob as políticas neoliberais de Margaret Thatcher e Tony Blair. Empresas industriais responderam mudando as suas fábricas para economias de baixos salários a fim de maximizar os lucros. Mas à medida que a América se desindustrializa com o aumento da dependência da importação da Ásia, a diplomacia dos EUA prossegue uma Nova Guerra Fria que leva as economias mais produtivas do mundo a desligarem-se da órbita económica estado-unidense.</p><p style="font-size: x-large;">O aumento da dívida destrói economias quando ele não é usado para financiar novo investimento de capital em meios de produção. A maior parte do crédito ocidental hoje é criada para inchar preços de ações, títulos e imobiliário, não para restaurar capacidade industrial. Em consequência desta abordagem dívida-sem-produção, a economia interna nos EUA tem sido esmagada pelo endividamento para com a sua própria oligarquia financeira. Apesar dos almoços gratuitos da economia americana na forma de contínuos aumentos da sua dívida oficial para com bancos centrais estrangeiros – sem nenhuma perspetiva visível de a sua dívida internacional ou interna vir a ser paga – a sua dívida continua a expandir-se e a economia tornou-se ainda mais alavancada pela dívida. A América polarizou-se com riqueza extrema concentrada no topo enquanto a maior parte da economia é conduzida profundamente ao endividamento.</p><p style="font-size: x-large;"><b>O fracasso de democracias oligárquicas para proteger a generalidade da população endividada</b></p><p style="font-size: x-large;">O que torna oligárquicas as economias ocidentais é o seu fracasso em proteger a cidadania de ser conduzida à dependência dos credores da classe que possui a propriedade. Estas economias retiveram leis de dívida baseadas no direito romano, mais notavelmente a prioridade dos direitos do credor sobre a propriedade dos devedores. Os credores do Um Porcento tornaram-se uma oligarquia politicamente poderosa apesar das reformas políticas nominalmente democráticas que ampliam direitos de voto. Agências regulatórias do governo foram capturadas e o poder fiscal tem sido tornado regressivo, deixando o controle económico e o planeamento nas mãos da elite rentista.</p><p style="font-size: x-large;">Roma nunca foi uma democracia. E, em qualquer caso, Aristóteles reconhecia que democracias evoluíam mais ou menos naturalmente para oligarquias – as quais afirmavam serem democráticas para objetivos de relações-públicas enquanto pretendiam que a sua crescente forte concentração de riqueza no topo seria pelas melhores razões. A retórica de hoje do gotejamento <i>(trickle-down)</i> apresenta administradores da banca e da finança como se dirigissem as poupanças do modo mais eficiente para produzir prosperidade para toda a economia, não apenas para si próprios.</p><p style="font-size: x-large;">O presidente Biden e os seu neoliberais do Departamento de Estado acusam a China e qualquer outro país que procure manter a sua independência e auto-suficiência económica de serem “autocráticos”. A sua prestidigitação retórica justapõe democracia a autocracia. O que eles chamam “autocracia” é um governo suficientemente forte para impedir uma oligarquia financeira orientada pelo ocidente de endividar a população para com ela – e a seguir intrometer-se nas suas terras e outras propriedades passando-as para as suas próprias mãos e aquelas dos seus apoiantes americanos e outros apoiantes estrangeiros.</p><p style="font-size: x-large;">O duplo pensar orwelliano de chamar oligarquias de “democracias” é seguido por uma definição de mercado livre como aquele que é livre para a busca de renda financeira. A diplomacia dos EUA tem endividado países, forçando-os a venderem o controle da sua infraestrutura pública e transformando os “altos comandos” das suas economias em oportunidades para extrair renda de monopólio.</p><p style="font-size: x-large;">Esta retórica autocracia vs democracia é semelhante à retórica que as oligarquias grega e romana utilizavam quando acusavam reformadores democráticos de buscarem a “tirania” (na Grécia) ou a “realeza” (em Roma). Foram os “tiranos” gregos que derrubaram autocracias semelhantes à máfia nos séculos VII e VI AC, abrindo o caminho para os arranques económicos e proto-democráticos de Esparta, Corinto e Atenas. E foram reis de Roma que construíram sua cidade-estado ao darem apoio à posse da terra pelos seus cidadãos. Esta política atraiu imigrantes das cidades-estado italianas vizinhas cujas populações eram forçadas à servidão da dívida.</p><p style="font-size: x-large;">O problema é que democracias ocidentais não se demonstram aptas a impedir a emergência de oligarquias e a polarização da distribuição do rendimento e da riqueza. Desde Roma, “democracias” oligárquicas não protegem os seus cidadãos dos credores que procuram apropriar-se da terra, do seu rendimento rentístico e do domínio público para si mesmos.</p><p style="font-size: x-large;">Basta perguntar-nos quem hoje está a aprovar e impor políticas que procuram por em causa a oligarquia a fim de proteger os meios de vida dos cidadãos, a resposta é que isto é feito pelos estados socialistas. Só um estado forte tem o poder de por em causa uma oligarquia financeira e em busca de rendas. A embaixada da China nos EUA demonstrou isto na sua réplica à descrição da China feita pelo presidente Biden como uma autocracia:</p><blockquote><p style="font-size: x-large;">Preso a uma mentalidade de Guerra Fria e à lógica hegemonista, os EUA seguem uma política de blocos, inventam a narrativa “democracia versus autoritarismo” … e intensificam alianças militares bilaterais, numa clara tentativa de combater a China.</p><p style="font-size: x-large;">Guiado por uma filosofia centrada no povo, desde o dia sua fundação … o Partildo tem trabalhado incansavelmente pelo interesse do povo e tem-se dedicado a realizar as aspirações populares por uma vida melhor. A China vem avançando em todo o processo da democracia popular, promovendo a salvaguarda dos direitos humanos e defendendo a equidade social e a justiça. O povo chinês agora desfruta de mais amplos e mais extensos e abrangentes direitos democráticos.<a href="https://www.resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_1.html#notas">[1]</a></p></blockquote><p style="font-size: x-large;">Quase todas as primitivas sociedades não-ocidentais tinham proteções contra a emergência de oligarquias mercantis e rentistas. Eis porque é tão importante reconhecer que aquilo que se tornou civilização ocidental representa uma rutura com o Oriente Próximo, a Ásia do Sul e do Leste. Cada uma destas regiões tinha o seu próprio sistema de administração pública para salvaguardar seu equilíbrio social da riqueza comercial e monetária que ameaçava destruir o equilíbrio económico se não fosse controlada. Mas o carácter económico do ocidente foi modelado pelas oligarquias rentistas. A República de Roma enriquecia a sua oligarquia pela retirada da riqueza das regiões que conquistava, deixando-as empobrecidas. O que permanece na estratégia extrativa do colonialismo europeu subsequente e, mais recentemente, da globalização neoliberal centrada nos EUA. O objetivo tem sido sempre “libertar” oligarquias dos constrangimentos à sua própria satisfação.</p><p style="font-size: x-large;">A grande questão é “liberdade” para quem? A economia política clássica definia um mercado livre como aquele livre de rendimento não merecido <i>(unearned income),</i> a começar pela renda da terra e renda de outros recursos naturais, renda de monopólio, juros financeiros e privilégios relativos aos credores. Mas no fim do século XIX a oligarquia rentista patrocinou uma contra-revolução fiscal e ideológica, redefinindo mercado livre como aquele livre para rentistas extraírem renda económica – rendimento não merecido.</p><p style="font-size: x-large;">Esta rejeição da crítica clássica do rendimento rentista tem sido acompanhada redefinindo que “democracia” exige ter um “mercado livre” da variedade oligárquica rentista, anti-clássica. Ao invés de os governos serem os reguladores económicos no interesse público, a regulação pública do crédito e dos monopólios é desmantelada. Isto permite às empresas que cobrem o que quiserem pelo crédito que fornecem e pelos produtos que vendem. Privatizar o privilégio de criar moeda-crédito permite ao sector financeiro assumir o papel de distribuir a propriedade.</p><p style="font-size: x-large;">O resultado tem sido centralizar o planeamento económico na Wall Street, na City de Londres, na Bolsa de Paris e em outros centros financeiros imperiais. É disso que trata a Nova Guerra Fria de hoje: proteger este sistema de capitalismo financeiro neoliberal centrado nos EUA, pela destruição ou isolamento dos sistemas alternativos da China, Rússia e seus aliados, enquanto procuram financiarizar ainda mais o antigo sistema colonialista que patrocina o poder do credor ao invés de proteger devedores, impondo a austeridade do endividamento ao invés do crescimento e tornando irreversível a perda da propriedade através do arresto ou da venda forçada.</p><p style="font-size: x-large;"><b>(continua)</b></p></div><div align="right" style="font-family: Arial; margin-right: 10px;"><h4>12/Julho/2022</h4></div><div align="left" style="font-family: Arial;"><h3><a name="nt"></a>[NT] Em 1826 Bolívar organizou um congresso a que denominou “<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_do_Panam%C3%A1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Anfictiónico</a>”.<br /><a name="notas"></a>[1] Reality Check: Falsehoods in US Perceptions of China, June 19, 2022. <a href="http://us.china-embassy.gov.cn/eng/zmgx/zxxx/202206/t20220619_10706097.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">us.china-embassy.gov.cn/eng/zmgx/zxxx/202206/t20220619_10706097.htm</a>.</h3><h2 style="padding: 10px;">Do mesmo autor:<br /><li><a href="https://resistir.info/m_hudson/cortes_salarios_19jun22.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O programa de austeridade do Fed para reduzir salários</a></li></h2><h2 style="padding: 10px;"><a name="asterisco">[*]</a> Professor de Teoria Económica da Universidade do Missouri, Kansas City, investigador associado do Levy Economics Institute of Bard College. Seu livro mais recente é <a href="https://www.bookdepository.com/Destiny-Civilization-Michael-Hudson/9783949546075?ref=grid-view&qid=1658067897092&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>The Destiny of Civilization</i></a> .</h2><h2 style="padding: 10px;">O original encontra-se em <a href="https://www.nakedcapitalism.com/2022/07/michael-hudson-the-end-of-western-civilization-why-it-lacks-resilience-and-what-will-take-its-place.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">www.nakedcapitalism.com/2022/07/michael-hudson-the-end-of-western-civilization-why-it-lacks-resilience-and-what-will-take-its-place.html</a></h2><h2 style="padding: 10px;">Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistir.info</a></h2><div><br /></div></div>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-52820267181285037142021-12-17T11:09:00.003+00:002021-12-17T11:09:49.497+00:00Importante estudo finlandês revela a impossibilidade da descarbonização<h2 style="font-family: Arial; padding: 10px;">– As falácias correntes da “descarbonização”<br />– “A substituição do sistema actual com combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) por outro com renováveis (solar ou eólico) não será possível para toda a população global”</h2><h2 class="autor" style="font-family: Arial; padding: 10px; text-align: right;">Daniel Vaz de Carvalho</h2><p><img alt="A transição impossível do fóssil ao renovável." src="https://www.resistir.info/v_carvalho/imagens/transicao_impossivel.jpg" style="display: block; float: right; font-family: Arial; margin-left: 5mm; padding-right: 0px;" title="" width="50%" /></p><div class="doc" style="font-family: Arial; font-size: large; margin-right: 10px; text-align: justify;"><p style="font-size: x-large;">O relatório "Avaliação da capacidade extra necessária de sistemas alternativos de energia para substituir completamente os combustíveis fósseis" <i>(Assessment of the Extra Capacity Required of Alternative Energy Electrical Power Systems to Completely Replace Fossil Fuels),</i> publicado pelo Geological Survey of Finland, foi elaborado por Simon P. Michaux, professor associado de Processamento de Minerais e Geometalurgia, com a colaboração de outros 25 académicos. O texto deveria ser tema central do debate sobre os problemas energéticos e, de uma forma mais geral, ecológicos. Porém, como é de regra os políticos do sistema justificam as suas opções com pareceres de especialistas que seguem a narrativa das megaempresas sejam farmacêuticas, sejam do sector da energia.</p><p style="font-size: x-large;">As teses da descarbonização são uma oportunidade para fugir a investimentos em sectores cujo de lucro está em queda, associado a incertezas e riscos, obtendo pelo contrário subsídios do Estado com taxas de lucro e mercados garantidos. Não é por acaso que o homem mais rico do mundo passou a ser Elon Musk, dono da Tesla (veículos elétricos).</p><p style="font-size: x-large;">Já neste sítio temos tratado estes temas: <a href="https://resistir.info/v_carvalho/falsa_emergencia.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acerca da emergência climática</a> ou <a href="https://www.resistir.info/v_carvalho/descarbonizacao_30mai21.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A descarbonização e os seus álibis</a>. No detalhado estudo que mencionamos, com cerca de 1000 páginas, parte-se da análise da situação quanto às necessidades energéticas atuais e do que seria necessário realizar para as substituir por energias alternativas renováveis.</p><p style="font-size: x-large;">Em 2018, o consumo de energia primária por fonte repartia-se do seguinte modo: petróleo 33,62%; carvão 27,21%; gás natural 23,87%; hidroeletricidade 6,84%; renováveis 4,05%; nuclear 4,41%. (pág. 33) Globalmente o consumo de energia destina-se a: indústria 35,81%; transportes 25,58%; residencial 22,25%; comercial 7,67%; outras 8,7%. (99).</p><p style="font-size: x-large;">Quanto à produção de energia elétrica global repartia-se do seguinte modo: carvão 38,17%; gás natural: 23,37%; derivados do petróleo: 3,03%; nuclear 10,21%; hidroelétrica: 15,85%; eólica: 4,8%; solar: 2,2%; outras renováveis: 2,36%. (163). Na UE 42,1% da energia elétrica é produzida a partir de combustíveis fosseis. (178)</p><p style="font-size: x-large;">Note-se que a produção de cimento e as siderurgias de alto forno não dispensam carvão. Os plásticos de origem petroquímica são aplicados em praticamente todos os ramos industriais. A produção global de plásticos atingiu 8 100 milhões de ton (218) 95% dos quais não são reciclados. (226) Só muito parcialmente podem ser substituídos (papel, madeira, têxteis, etc.) com custos ambientais que não podem ser ignorados.</p><p style="font-size: x-large;">Uma substituição tecnologicamente viável é a dos bioplásticos fabricados a partir de matéria-prima de biomassa. A questão será obtê-lo nas quantidades necessárias. Quanto à substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis com origem na soja ou milho, a terra arável necessária para o cultivo de biomassa excederia em muito a atual terra global usada para a produção de alimentos. Essa terra arável usada para a produção de alimentos está sujeita a degradação e deterioração persistente, devido aos métodos de produção agrícola industrial atuais. Outros desafios para os biocombustíveis estão relacionados com o consumo de água. A água doce adicional necessária para biocombustíveis seria aproximadamente 9 vezes o atual consumo global de água doce. (660)</p><p style="font-size: x-large;">A utilização de baterias elétricas só é viável para embarcações de pequena dimensão, por exemplo ferry-boats. Em navios é tecnicamente viável a utilização de hidrogénio (H2) porém a transformação necessária é complexa. O estudo mostra que um navio de 60 000 ton necessita de um reservatório de H2 de 5,5 ton. (419). Foi estimado que para a frota marítima global seriam necessários 51,7 milhões de toneladas de H2, requerendo 2 983,7 TWh <a href="https://www.resistir.info/v_carvalho/descarbonizacao.html#notas">[1]</a> de eletricidade para a sua produção. (658)</p><p style="font-size: x-large;">O estudo dos requisitos para a aviação comercial não foi considerado dado não haver tecnologia disponível. (413) No estudo também não se incluem os consumos das ações de âmbito militar. A estimativa para o total de veículos com motores de combustão interna é de 1416 milhões. A sua substituição por sistemas de combustível não fóssil (células de hidrogênio, baterias ou biocombustíveis) necessita de 65,19 TWh de baterias (282,6 milhões de toneladas de baterias de lítio) e um adicional anual de 6 158,4 TWh de eletricidade da rede elétrica global para carregar essas baterias. (658)</p><p style="font-size: x-large;">O relatório salienta que a economia mundial é altamente dependente de combustíveis fósseis, para a atividade industrial, PIB, produção de alimentos. Em particular, o preço do petróleo correlaciona-se com as crises económicas globais. É também claro que o consumo de combustíveis fósseis (energia) está fortemente ligado ao crescimento da população humana global, ao aumento da sofisticação tecnológica. Além disto, o consumo per capita tem aumentado ao longo dos anos. (657)</p><p style="font-size: x-large;">Outro problema para a substituição dos combustíveis fósseis é o da continuidade de serviço. A potência garantida nas horas de maior consumo (após o pôr do Sol) é a seguinte: solar 0%; vento 7 a 25%; hídrica 79 a 92%; fóssil e nuclear 77 a 95%; (181)</p><p style="font-size: x-large;">Para eliminar os combustíveis fósseis, todo o ecossistema industrial terá que ser redesenhado, reequipado e completamente reconstruido em torno de fontes de energia não fósseis e uma nova tecnologia de transporte com objetivos mais realistas. Por outro lado a energia nuclear por si só não pode substituir diretamente a geração de energia elétrica dada a não disponibilidade de recursos suficientes ao longo do tempo. (661)</p><p style="font-size: x-large;">Por exemplo, para substituir uma única central a carvão de tamanho médio (861,3 MW de potência instalada, produzindo 7,0 TWh anualmente), seriam necessários 213 parques fotovoltaicos de tamanho médio (33 MW de potência instalada, produzindo 33 GWh anualmente). Da mesma forma, pode-se calcular que seriam necessários 87 parques eólicos de tamanho médio (37,2 MW de capacidade instalada, produzindo 81,2 GW por ano). A razão para a grande diferença está relacionada com a proporção da energia disponível relativamente à energia investida (indice ERoEI). Em resumo, o ERoEI das fontes de energia usadas para apoiar a industrialização há 100 anos era muito mais eficaz e lucrativo em comparação com as fontes de energia alternativas. Consistentemente a melhor fonte é o petróleo e o gás natural com um índice ERoEI entre 12 e 30 e carvão até 80:1. (662)</p><p style="font-size: x-large;">O relatório avança com vários desafios que se colocam na substituição dos combustíveis fósseis: Tempo insuficiente para cumprir as metas de construção; fornecimento de minerais suficientes para as tecnologias renováveis; desenvolvimento de armazenamento de energia suficiente para gerir o intermitente fornecimento de energia; encontrar novos locais suficientes para centrais hidroelétricas; crescimento da população humana. O mais desafiador de tudo isto é que teria de ser feito em algumas décadas. (662 a 665)</p><p style="font-size: x-large;">Fontes de energia como solar, eólica ou hídrica são tecnicamente renováveis. Porém, cada uma dessas unidades requer fabricação, proveniente de recursos minerais finitos não renováveis, tendo uma vida útil de 10 a 20 anos (com a exceção da hidroelétrica), após o qual precisam ser substituídas por novas unidades. Isso significa que os sistemas de combustível não fóssil não são realmente renováveis, mas na verdade são melhor descritos como de "substituíção". (668)</p><p style="font-size: x-large;">As tarefas estratégicas são enormes, incluindo designadamente: Reconstruir o sistema de energia de combustível fóssil e infraestrutura de apoio em algumas décadas. Reabilitar terras aráveis que foram degradadas com a aplicação inadequada da agricultura industrial. Restabelecer a cadeia alimentar do solo em regiões geográficas inteiras. Remover a poluição de plástico e a acidificação dos oceanos. Reflorestar grandes regiões do planeta, para restabelecer a biodiversidade natural da flora e da fauna. Esses desafios teriam de ser realizados num período de 20 a 50 anos. Para fazer-lo é necessária uma fonte de energia confiável que esteja disponível para a maioria da população humana com uma razão ERoEI de cerca de 50: 1. A tecnologia renovável por si só não é suficiente para atender a esses requisitos. (668 a 672)</p><p style="font-size: x-large;">O estudo considera que algo radicalmente novo é necessário, designadamente reestruturar a sociedade e o ecossistema industrial para reduzir os consumos. O texto mostra-nos com números as falácias da descarbonização. A narrativa oficial, ditada pelos centros do grande capital é dada como verdade absoluta, tudo o que a contraria é escamoteado e os comentadores limitam-se a glosas repetindo o que as centrais da (des)informação emitem. Claro que os protestos inconsequentes da menina Greta, interessam mais que o debate científico. Voltamos à época de Galileu e Giordano Bruno...</p><p style="font-size: x-large;">Não será o capitalismo, cada vez mais agressivo e arrogante, mesmo mascarado de verde que efetuará qualquer transição ecológica, tal não é possível num sistema guiado pelo lucro. A verdadeira alternativa é um sistema de economia política guiado pela maximização das necessidades sociais, incluindo obviamente a defesa do meio ambiente.</p><p style="font-size: x-large;">Em complemento a estas notas, apresentamos o Sumário <i>(Abstract) </i>do relatório.</p><div align="center"><table bgcolor="#ccffcc" border="1" cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody><tr><td><h2 style="padding: 10px;">Sumário do Estudo (páginas ii a iv)</h2><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Este relatório aborda os desafios em torno da ambiciosa tarefa de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) que são usados atualmente na tecnologia de motores de combustão interna (MCI) e para geração de energia elétrica. Estudos anteriores tenderam a concentrar-se nos custos estimados de produção e nas métricas de pegada de CO2, o presente relatório baseia-se nos requisitos físicos e de materiais. Todos os dados, figuras e diagramas foram criados ou reproduzidos a partir de fontes disponíveis publicamente e são citados de forma adequada.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Tomando primeiro o caso de substituir todos os veículos baseados em combustível fóssil por veículos de tecnologia elétrica (VE), em 2019 cerca de 7,2 milhões de VE estavam em serviço. No entanto, a frota total de veículos na época foi estimada em 1416 milhões de veículos, sugerindo que apenas 0,51% da frota global era atualmente elétrica, 99,49% da a frota global ainda não foi substituída.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Quanto ao sistema energético global, os dados de 2018 estimam que 84,7% dependia de combustíveis fósseis, enquanto as renováveis (solar, eólica, geotérmica e biocombustíveis) representaram apenas 4,05% da geração global de energia. Isso reforça a escala dos desafios que se enfrentam.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">A decisão estratégica global adotada pela maioria das nações para eliminar gradualmente os sistemas de combustíveis fósseis e substituí-los por sistemas de geração de energia renovável é amplamente impulsionada pelas emissões de CO2 e mudanças climáticas associadas e não pela redução dos recursos, embora seja bem conhecido que petróleo, gás e as reservas de carvão são finitas.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">O plano geral pode ser resumido da seguinte forma: os veículos MCI serão eliminados e substituídos por veículos elétricos (VE) e veículos movidos a célula de combustível de hidrogénio (célula H2). Os VE devem ser alimentados com baterias de lítio. A geração de energia elétrica com carvão e gás deve ser eliminada e substituída por energia solar fotovoltaica, turbina eólica, hidroelétrica, nuclear, geotérmica ou biomassa.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">O conhecimento em torno dos recursos minerais conhecidos sugere que as matérias-primas necessárias para a fabricação e manutenção dessas tecnologias renováveis permanecerão de natureza verdadeiramente global. Isto é, não haverá nação ou região geográfica que possa ser verdadeiramente auto-suficiente.<br />(...)</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Os modelos calculados preveem cenários futuros para as próximas décadas. Esta abordagem reconhece os longos tempos de inicialização típicos para a exploração dos recursos desde a descoberta ao início da extração mineral, que podem ser entre 10 a 30 anos e que para cada 1000 depósitos descobertos, apenas um ou dois normalmente se tornam minas viáveis. Mantêm-se ciclos de fabricação igualmente longos desde a invenção até a comercialização.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Cálculos do relatório sugerem que a capacidade anual total adicional de energia elétrica de origem não fóssil seja adicionada à rede global deverá ser em torno de 37 670,6 TWh. Mantendo a mesma composição de energia de origem não fóssil como 2018 isso traduz-se em mais 221 594 novas centrais necessárias encomendar e construir.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">O total de centrais de energia em 2018 (todos os tipos, incluindo de combustível fóssil) era de apenas 46 423 centrais. O número acima reflete a menor proporção de energia disponível relativamente à energia investida (ERoEI) nas centrais de energia renovável em comparação com as de combustíveis fósseis atuais.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">O número de instalações de painéis solares, instalações de turbinas eólicas, centrais de energia nuclear, centrais hidroelétricas e biomassa para centrais de energia para fornecer essa necessidade adicional de energia também foi calculado. O não fóssil existente no sistema de geração de energia elétrica (9 528,7 TWh) teria que ser expandido com capacidade adicional para 4 vezes o total existente.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Cada um dos sistemas de combustível não fóssil modelados tem limitações práticas para expansão, por exemplo, foi proposto desenvolver 16 504 novas centrais hidroelétricas de tamanho médio, mas é claro que a hidroeletricidade só pode ser localizada em condições geográficas muito específicas, e pode não haver novos locais suficientes que sejam viáveis.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">A primeira parte do relatório examina como todas as economias desenvolvidas são altamente dependentes de combustíveis fósseis (em particular quanto ao preço, quantidade de petróleo disponível e produtos derivados), para a atividade industrial, PIB, produção de alimentos.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">A segunda parte do relatório quantifica como os combustíveis fósseis são usados e em que quantidades são consumidos. Os cálculos foram feitos com base na pegada de um ano completo de operação para todo o ecossistema industrial, incluindo o consumo de combustível fóssil (óleo, gás e carvão), aquecimento, fabricação de aço, geração de eletricidade, número de veículos de cada classe e distância percorrida.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">A terceira parte do relatório documenta a escala e a dimensão do sistema de alternativas de combustíveis não fósseis examinando 6 cenários. O cenário A examina a logística e a pegada para eliminar gradualmente os veículos MCI substituindo-os por VE. O Cenário B baseia-se no Cenário A, onde todas as outras aplicações de combustíveis fósseis (aquecimento a gás de edifícios, fabricação de aço a carvão e geração de eletricidade a partir de combustível fóssil) foram substituídos por sistema não fóssil. O cenário C examina a viabilidade de uma economia baseada no hidrogénio. O cenário D analisa a viabilidade dos biocombustíveis, frequentemente considerados a única fonte de energia verdadeiramente renovável. O cenário E procura estabelecer se o total de centrais elétricas nucleares poderiam ser expandidas suficiente rápido para uma capacidade de produção de energia elétrica necessária para substituir os sistemas de combustível fóssil. Finalmente, o cenário F é um solução híbrida com base no que foi aprendido dos Cenários A a E.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Em resumo, constatou-se que cada sistema de combustível não fóssil apresenta vantagens e desvantagens claras quando comparado com todos os outros sistemas. São feitas recomendações para quando deve ser usado um VE alimentado por baterias e quando um veículo de célula de H2 é a melhor tecnologia alternativa, levando em consideração a energia elétrica necessária para carregar as baterias de VE e produzir hidrogénio.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Biocombustíveis são recomendados para abastecer uma pequena parte da indústria de aviação e a biomassa é recomendada para a produção de bioplásticos, substituindo parte da indústria de plásticos existente. A energia nuclear pode ser expandida moderadamente da capacidade atual para suportar algumas operações industriais e aquecimento edifícios durante o inverno, especialmente no hemisfério norte.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Uma vez que a dimensão e o total da pegada de um sistema de transporte e energia de combustível não fóssil sejam desenvolvidos, foi em comparação com estudos estratégicos existentes que foram examinados objetivos futuros para eliminar os combustíveis fósseis. Foi descoberto que trabalhos anteriores subestimaram significativamente o número de veículos a serem substituídos e mantidos, e isso impacta os números projetados de VE, baterias e veículos de célula de H2 a serem fabricados, o que por sua vez corresponde a uma menor estimativa do tamanho da rede elétrica necessária.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Consequentemente, o número de novas centrais de energia necessárias estimado neste estudo é muito maior do que em qualquer relatório anterior. Além disso, as metas da política atual (por exemplo, Parlamento Europeu) apontam para que 30% do sistema global de energia e transporte seja renovável até o ano 2030. Isto é, apenas a 8,5 anos de distância, e o tempo de realização de uma nova central pode variar entre 2 a 5 anos (ou 20 anos para uma central nuclear).</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">A massa das baterias de lítio necessárias para alimentar os 1390 milhões de VE propostos no Cenário F seria de 282,6 milhões toneladas. Cálculos preliminares mostram que as reservas globais do recursos necessários e ainda mais a capacidade de produção global, podem não ser suficientes para recurso a quantidade de baterias exigidas.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Em teoria, existem reservas globais suficientes de níquel e lítio se forem usados exclusivamente para produzir baterias de lítio para veículos. Fazer apenas uma bateria para cada veículo no frota de transporte global (excluindo veículos comerciais pesados), exigiria 48,2% das reservas globais de níquel de 2018 e 43,8% das reservas globais de lítio. Também não há cobalto suficiente nas reservas atuais para atender a esta procura e mais torna-se necessário ser descoberto.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Cada uma das 1390 milhões de baterias de lítio só poderá ter uma vida útil de 8 a 10 anos. Portanto, 8 a 10 anos após a fabricação, novas baterias de reposição serão necessárias, de uma fonte mineral extraída ou uma fonte de metal reciclado. É improvável que isso seja prático, o que sugere que toda a solução de bateria VE pode precisar ser repensada e desenvolvida uma nova solução que não seja tão intensiva em minerais.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">A energia elétrica gerada a partir de fontes solares e eólicas é altamente intermitente nas quantidade fornecidas ao longo das 24 horas e em contexto sazonal. Instalações de armazenamento de energia são necessárias se esses sistemas de geração forem usados em grande escala. O quão grande esse armazenamento de energia precisa ser, é assunto para discussão. Uma estimativa conservadora selecionada para este relatório foi de um armazenamento com capacidade para quatro semanas para energia solar e eólica apenas para gerir a temporada de inverno no hemisfério norte. Do Cenário F, a capacidade de armazenamento de energia para o sistema de energia elétrica global seria 573,4 TWh.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Em 2018, o armazenamento através de bombagem ligado a um sistema de produção de energia hidroelétrica representou 98% da capacidade de armazenamento existente. Se este armazenamento de energia fosse entregue a conjuntos de baterias de lítio, a massa de lítio nas baterias seria 2,5 mil milhões de toneladas. Isso excede em muito as reservas globais e não é prático. Contudo, não está claro como essa energia armazenada pode ser fornecida como um sistema alternativo. Se nenhum sistema alternativo for desenvolvido, a geração de energia eólica e solar pode não ser capaz de ser ampliada para o total global proposto.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">As expectativas atuais são de que estes negócios irão substituir um complexo ecossistema de energia industrial que levou mais de um século para ser construído. O sistema atual foi construído com o suporte do sistema de fonte de energia de maior densidade calorífica que o mundo já conheceu (petróleo) em quantidades abundantes e baratas, com crédito facilmente disponível, e recursos minerais aparentemente ilimitados. A substituição necessita ser feita num momento em que comparativamente há energia muito cara, um sistema financeiro frágil saturado de dívidas, minerais insuficientes e população no mundo sem precedente, inserida num ambiente natural em deterioração. O mais desafiador de tudo, é que isto deve ser feito dentro de um algumas décadas. É opinião do autor, com base nos cálculos aqui apresentados, que isto provavelmente não se irá passar totalmente como planeado.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Em conclusão, este relatório sugere que a substituição do sistema existente funcionando com combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), para tecnologias renováveis, como painéis solares ou turbinas eólicas, não será possível para toda a população global. Simplesmente não há tempo nem recursos suficientes para fazer isso de acordo com os atuais objetivos definidos pelas nações mais influentes.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">O que pode ser necessário, portanto, é uma redução significativa da procura por parte das sociedades dos recursos de todos os tipos. Isto implica um contrato social muito diferente e um sistema de governança radicalmente diferente do que está em vigor atualmente. Inevitavelmente, isto leva à conclusão de que as tecnologias de energia renovável e VE existentes são apenas degraus para outra coisa e não a solução final. É recomendado que algum pensamento seja dirigido a isso e que outra coisa poderá ser.</p><p style="font-size: x-large; text-align: justify;">Simon P. Michaux</p></td></tr></tbody></table></div><div align="right" style="margin-right: 10px;"><h4>20/Agosto/2021</h4></div></div><div align="left" style="font-family: Arial;"><h4><a name="notas"></a>[1] Tera = milhão de milhões (10<sup>12</sup>).</h4><h2 style="padding: 10px;">O texto integral de <i>Assessment of the Extra Capacity Required of Alternative Energy Electrical Power Systems to Completely Replace Fossil Fuels</i> encontra-se em <a href="https://tupa.gtk.fi/raportti/arkisto/42_2021.pdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://tupa.gtk.fi/raportti/arkisto/42_2021.pdf</a> e em <a href="https://resistir.info/livros/michaux_descarbonizacao.pdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://resistir.info/livros/michaux_descarbonizacao.pdf</a></h2><h2 style="padding: 10px;">Esta resenha encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resistir.info</a></h2><div><br /></div></div>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-75298019676790336892021-10-06T12:18:00.002+01:002021-10-06T12:18:22.268+01:00O inventor de vacina mRNA foi apagado dos livros de história<p> Aqui:<a href="https://www.resistir.info/pandemia/mercola_06jul21.html">https://www.resistir.info/pandemia/mercola_06jul21.html</a></p>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-83261321599158478612021-06-17T11:18:00.004+01:002021-06-17T11:18:51.741+01:00As balas de Washington: Uma história dos golpes e assassinatos da CIA<p> </p><center style="font-family: arial;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 95%px;"><tbody><tr><td><h2>– Resenha do livro de Vijay Prashad, com prefácio de Evo Morales</h2><span style="font-size: large;"><div align="right"><b>por Jeremy Kuzmarov <a href="https://www.resistir.info/eua/kuzmarov.html#asterisco">[*]</a></b></div><p align="justify"><img align="right" alt="'Washington Bullets'" src="https://www.resistir.info/eua/imagens/washington_bullets.jpg" />Durante a audiência de confirmação da sua nomeação em fevereiro de 2020, o mais recente diretor da CIA, William J. Burns, continuou a longa tradição da CIA de ameaçar a Rússia e a China juntamente com a Coreia do Norte, disse também que o Irão não deveria ter permissão para obter uma arma nuclear.<br /><br />O novo livro de Vijay Prashad, <a href="https://monthlyreview.org/product/washington-bullets/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Washington Bullets: A History of the CIA, Coups, and Assassinations</i></a> , (New York, Monthly Review Press, 2020) detalha como a invenção de ameaças do estrangeiro tem sido historicamente usada pela CIA para travar guerras contra o Terceiro Mundo, a fim de aumentar o domínio das transnacionais dos EUA. No prefácio, Evo Morales Ayma, ex-presidente da Bolívia que foi deposto por um golpe apoiado pelos EUA em 2019, escreve que o livro de Prashad é sobre "balas que assassinaram processos democráticos, que assassinaram revoluções e que assassinaram esperanças."<br /><br />Vijay Prashad é um distinto analista político que escreveu importantes estudos sobre as intervenções imperialistas, as transnacionais e movimentos políticos do Terceiro Mundo. O seu último livro sintetiza a riqueza dos seus conhecimentos e inclui revelações pessoais de ex-agentes da CIA, como o falecido Charles Cogan, chefe do <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Directorate_of_Operations_(CIA)">Directorate of Operations</a> para o Próximo Oriente e Sul da Ásia (1979-1984), que disse a Prashad que no Afeganistão a CIA tinha desde o início "financiado os piores parceiros, muito antes da revolução iraniana e muito antes da invasão soviética".<br /><br /><img align="right" alt="Jacobo Arbenz." src="https://www.resistir.info/eua/imagens/jacobo_arbenz.jpg" /><i>Washington's Bullets </i>inicia-se na Guatemala com o golpe de 1954 que derrubou, Jacob Arbenz, cuja moderada reforma agrária ameaçava os interesses da United Fruit Company. A sociedade de advogados do secretário de Estado John Foster Dulles, Sullivan & Cromwell, havia representado a United Fruit, e tanto Dulles como seu irmão Allen, diretor da CIA entre 1953 e 1961, eram seus grandes acionistas.<br /><br />O ex-diretor da CIA Walter Bedell Smith tornou-se presidente da United Fruit após a remoção de Arbenz e a secretária pessoal do presidente Dwight Eisenhower, Ann Whitman, era esposa do diretor de publicidade da United Fruit, Edmund Whitman. Depois do golpe, o sucessor de Arbenz, Castillo Armas, afirmou que "se for necessário transformar o país num cemitério para pacificá-lo, não hesitarei em fazê-lo".<br /><br />A CIA ajudou no banho de sangue fornecendo a Castillo listas de comunistas e, como presente, o seu <a href="https://www.bookdepository.com/Secret-CIA-Assassination-Manual-Study-Assassination-Ron-Collins/9781329459663?ref=grid-view&qid=1623185959324&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manual de assassinatos</a> . Este manual foi posteriormente aplicado em operações dirigidas contra nacionalistas do Terceiro Mundo, como Patrice Lumumba do Congo (1961), Mehdi Ben Barka do Marrocos (1965), Che Guevara (1967) e Thomas Sankara do Burkina Faso (1987).<br /><br /></p><center><img align="" alt="'." src="https://www.resistir.info/eua/imagens/rivera_vitoria_gloriosa.jpg" /></center><p align="justify"><img align="right" alt="Thomas Sankara." src="https://www.resistir.info/eua/imagens/thomas_sankara.jpg" />Sankara foi morto numa conspiração executada em estreita coordenação entre um agente da CIA da embaixada dos Estados Unidos em Burkina Faso e o serviço secreto francês, SDECE.<br /><br />De acordo com Prashad, embora "muitas das balas dos assassinos tenham sido disparadas por pessoas que tinham seus próprios interesses paroquiais, rivalidades mesquinhas e ganhos mesquinhos, na maioria das vezes, foram 'balas de Washington'". O seu principal objetivo, diz, era "conter a onda que varreu o mundo a partir da Revolução de Outubro de 1917 e as muitas ondas que se desencadearam para formar o movimento anticolonialista".<br /><br />Prashad, como indicam estes comentários, enraíza os crimes da CIA na história mais ampla do colonialismo e na hostilidade das elites capitalistas mundiais contra o aumento de poder da classe trabalhadora gerado pela revolução russa. O imperialismo, ele lembra-nos, é a tentativa de "subordinar as pessoas para maximizar o roubo de recursos, trabalho e riqueza". Os alvos das balas de Washington foram aqueles que, como Sankara e muitos outros, tentaram afirmar a soberania económica de sua nação.<br /><br />O padrão de comportamento da CIA foi estabelecido logo após a Segunda Guerra Mundial, apoiando na Europa fações políticas que haviam colaborado com os nazis contra os comunistas que lideravam a resistência ao nazismo. O trabalho da CIA, como Prashad escreve, ajudou a trazer de volta o cadáver da política reacionária para o bloco europeu.<br /><br />No Japão, isso significou a criação de um novo partido (Partido Liberal Democrático, LDP) para derrotar os socialistas, absorvendo velhos fascistas (Ichiro Hatoyama e Nobusuke Kishi) e desenvolvendo laços duradouros com as grandes empresas e o crime organizado (Yoshio Kodama). Nobusuke Kishi, um criminoso de guerra de classe A, tornou-se mais tarde primeiro-ministro do Japão graças ao apoio dos EUA.<br /><br />Em 1953, a CIA conseguiu derrubar o primeiro-ministro do Irão, eleito democraticamente, Mohammed Mossadegh, que procedera à nacionalização da indústria petrolífera iraniana. De 1960 a 1965, a agência tentou assassinar o líder revolucionário cubano Fidel Castro pelo menos oito vezes, enviando mafiosos com pílulas de veneno, canetas de veneno, um charuto envenenado, um traje de mergulho com tuberculose, toxina botulínica e outros agentes bacterianos mortais. No total, foram feitas 638 tentativas de assassinato – todas falharam.<br /><br />Ngo Dinh Diem, presidente do Vietname do Sul, era um favorito dos EUA. A CIA também orquestrou um golpe no Vietname do Sul em 1963 contra os irmãos Diem quando eles tentaram uma aproximação à Frente de Libertação Nacional <a href="https://www.resistir.info/eua/kuzmarov.html#nt">[1]</a> .<br /><br />Um outro golpe foi levado a cabo na Indonésia contra o governo socialista de Achmed Sukarno, desencadeando em 1965 um banho de sangue anticomunista. O general Suharto, foi escolhido para liderar o golpe de 1965 apoiado pela CIA. Ele ordenou massacres contra o Partido Comunista da Indonésia (PKI) que resultou em cerca de um milhão de mortos.<br /><br />O golpe indonésio de 1965 – como os precedentes na Guatemala e no Irão e o seguinte no Chile – seguiu um <i>modus operandi </i>envolvendo nove etapas diferentes:<br /><br />1. Criar um grupo de influência para pressionar a opinião pública<br />2. Designar o homem certo no terreno<br />3. Certificar-se de que os generais estão preparados<br />4. Provocar uma crise económica<br />5. Garantir o isolamento diplomático<br />6. Organizar grandes protestos de rua<br />7. Dar o sinal verde<br />8. Assassinato<br />9. Negar<br /><br />Aperfeiçoado e refinado ao longo dos anos, quase todas estas etapas foram aplicadas mais recentemente no golpe Maidan de 2014 na Ucrânia e no golpe de direita contra Evo Morales na Bolívia em 2019.<br /><br />Com respeito à economia, Prashad descobriu um estudo da CIA do início dos anos 1950 sobre como prejudicar a indústria cafeeira da Guatemala a fim de minar o governo Arbenz. Este estudo foi o precursor da campanha mais conhecida do governo Nixon de "fazer sofrer a economia do Chile" depois de os chilenos terem tido a ousadia de eleger um socialista, Salvador Allende, que nacionalizou a indústria do cobre do Chile (indústria antes controlada por duas empresas americanas, Kennecott e Anaconda, que fizeram lóbi pelo golpe).<br /><br />O chefe da estação da CIA na época do golpe chileno de 1973, que levou o general fascista Augusto Pinochet ao poder, era Henry Hecksher. Ele havia trabalhado clandestinamente como comprador de café na Guatemala na época do golpe contra Arbenz e subornou o coronel Hernán Monzon Aguirre, que se tornou o líder da junta que substituiu Arbenz.<br /><br />Depois de ser promovido, Hecksher liderou as operações de subversão da CIA no Laos e na Indonésia no final dos anos 1950 e início dos 1960, antes de, no México, executar um projeto contra a revolução cubana. Hecksher era o equivalente a figuras sinistras como Lincoln Gordon, um anticomunista implacável que ajudou a orquestrar o golpe de 1964 no Brasil; Marshall Green, que ajudou a desencadear o golpe de 1965 na Indonésia; o agente da CIA Kermit Roosevelt ou o funcionário do Departamento de Estado Loy Henderson, que ajudaram a realizar o golpe contra Mossadegh.<br /><br />As embaixadas dos EUA desempenharam um papel tão direto nos golpes em tantos países que durante a Guerra Fria era uma piada popular: "Por que nunca há golpes nos Estados Unidos? Porque lá não há embaixadas dos EUA".<br /><br />Um truque destas ações era o recrutamento de ativistas sindicais que pudessem expurgar comunistas e organizar greves contra governos de esquerda que ajudassem a facilitar o seu fim <a href="https://www.resistir.info/eua/kuzmarov.html#nt">[2]</a> . "Tudo era aceitável", escreve Prashad, "para minar a luta de classe, tanto dentro da Europa quanto na libertação nacional de Estados".<br /><br />A atenção de Prashad às divisões de classe apresenta um antídoto para as habituais histórias de liberais sobre a CIA – como o livro <a href="https://www.bookdepository.com/Legado-de-cenizas-Legacy-Ashes-Tim-Weiner/9788499899343?ref=grid-view&qid=1623181704387&sr=1-5" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Legacy of Ashes</i></a> de Tim Weiner – que apresenta boas informações, mas não consegue analisar o que motivou a atividade desonesta da CIA.<br /><br />Prashad escreve que "seja na Guatemala ou na Indonésia, ou pelo Programa Phoenix de 1967 (ou Chien dich Phung Hong) no Vietname do Sul, o governo dos EUA e seus aliados incitaram os oligarcas locais e seus amigos das forças armadas a dizimar completamente a esquerda". O Programa Phoenix foi um desastre no Vietname como seria no Afeganistão – e o <i>New York Times </i>deveria saber isso.<br /><br />Na América do Sul, a Operação Condor, dirigida pela CIA, matou cerca de 100 mil pessoas e prendeu cerca de meio milhão.<br /><br />A CIA aliou-se com ex-nazis torcionários como Klaus Barbie, um agente altamente graduado dos serviços de segurança do General Hugo Banzer, presidente da Bolivia de 1971 a 1978, e figura chave da operação Condor. Muitas das vítimas da operação Condor eram defensores da teologia da libertação, que procurava aplicar o evangelho cristão às causas de justiça social.<br /><br />A CIA ajudou também a liquidar o progresso em África apoiando atos como o golpe de 1971 no Sudão pelo coronel Gafar Nimiery, que depôs o major comunista Hashem al-Atta e resultou na execução do fundador do Partido Comunista do Sudão, Abdel Khaliq Mahjub.<br /><br />No Médio Oriente, a cruzada da CIA contra o comunismo resultou numa preferência por fundamentalistas islâmicos como a família real saudita e o general paquistanês Zi-al-Huq (1978-1988), que mandou enforcar o seu antecessor Zulfaqir Ali Bhutto e armou violentos fundamentalistas jihadistas para no Afeganistão continuarem a guerra santa contra a União Soviética.<br /><br />Quando um projeto do Terceiro Mundo surgiu na década de 1970 para promover a ideia de uma Nova Ordem Económica Internacional (NOEI) baseada no princípio do nacionalismo económico, Washington trabalhou para minar o seu avanço por meio da deslegitimação da Assembleia Geral da ONU, que havia apoiado a NOEI em 1974. Foi neste período que os EUA começaram a pressionar o FMI para vincular empréstimos a programas de ajuste estrutural que eliminavam serviços do Estado e eram benéficos para as empresas multinacionais.<br /><br />No século XXI, Washington usou descaradamente sanções para tentar minar governos desafiadores. Também ajudou a fabricar escândalos de corrupção, como os que derrubaram os políticos progressistas Lula e Dilma Rousseff no Brasil, cujas políticas tiraram quase 30 milhões de brasileiros da pobreza.<br /><br /><img align="right" alt="Otto René Castillo." src="https://www.resistir.info/eua/imagens/otto_rene_castillo.jpg" />Prashad termina seu livro com uma citação de Otto René Castillo (1936-1967), poeta que levou os seus cadernos para as selvas da Guatemala na década de 1960 para lutar contra a ditadura imposta pelos EUA. Castillo escreveu:<br /><br />"A coisa mais linda<br />Para aqueles que lutaram a vida inteira<br />É chegar ao fim e dizer<br />Acreditámos nas pessoas e na vida,<br />E a vida e as pessoas<br />Nunca nos dececionaram".<br /><a href="https://www.kractivist.org/apolitical-intellectuals-by-otto-rene-castillo-guatemalan-poet-and-activist/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>"Apolitical Intellectuals"</i></a> de Otto Rene Castillo, poeta e ativista guatemalteco.<br /><br />Estas palavras deviam perseguir todas as pessoas que trabalharam para a CIA; uma instituição do lado errado da humanidade desde a sua criação.<br /><br />No cenário político cada vez mais autoritário de hoje, as críticas à CIA são poucas e raras. Muita gente que se considera de esquerda acredita na desinformação da CIA sobre a Rússia – especialmente quando Donald Trump foi acusado de ser um agente russo – e celebram um presidente, Barack Obama, que foi grande apoiante da CIA.<br /><br />O presidente Obama selecionava com John O. Brennan da CIA, alvos a serem mortos em ataques de drones. Os dois são figuras reverenciadas em alguns círculos liberais (considerados de esquerda).<br /><br />O livro de Prashad é neste sentido especialmente importante. Temos esperança, que provoque a emergência de um movimento, que há muito está a faltar, para abolir a CIA e suas ramificações como a National Endowment for Democracy (NED).<br /></p><span style="font-size: small;"><a name="nt"></a>NT<br />[10] <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Ngo_Dinh_Diem" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ngo Dihn Dien</a> : um criminoso utilizado por Washington. Foi afastado e morto no golpe de Estado militar fomentado pelos EUA quando pretendeu seguir uma política menos dependente.<br />[2] Recordemos a intenção de um dos impulsionadores da central sindical divisionista UGT: "quebrar a espinha à Intersindical" (CGTP).</span><br /><br /><b><a name="asterisco">[*]</a> Editor executivo do <i>Covert Action Magazine. </i>É autor de quatro livros sobre a política externa dos EUA, incluindo <a href="https://www.bookdepository.com/Obamas-Unending-Wars-Jeremy-Kuzmarov/9781949762006?ref=grid-view&qid=1623182297632&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Obama's Unending Wars </i></a>(Clarity Press, 2019) e <a href="https://www.bookdepository.com/Russians-Are-Coming-Again-Jeremy-Kuzmarov/9781583676943?ref=grid-view&qid=1623182393162&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>The Russians Are Coming, Again</i></a> , with John Marciano (Monthly Review Press, 2018). Contacto: jkuzmarov2@gmail.com<br /><br />O original encontra-se em <a href="https://covertactionmagazine.com/2021/05/21/manufacturing-consent-for-war-70-years-of-cia-coups-assassinations-false-flag-operations-and-mass-murder/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covertactionmagazine.com/...</a></b><br /><br /><b>Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://resistir.info/</a> .<br /><br /></b></span></td></tr></tbody></table></center>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-53484020924425257892021-06-17T11:18:00.000+01:002021-06-17T11:18:01.339+01:00"Somos cobaias humanas": Taxas alarmantes de acidentes após vacinas mRNA exigem acção urgente<p> </p><center style="font-family: arial;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 95%px;"><tbody><tr><td><span style="font-size: large;"><div align="right"><b>por F. William Engdahl <a href="https://www.resistir.info/pandemia/engdahl_27mai21.html#asterisco">[*]</a></b></div><p align="justify"><img align="right" alt="" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/imunidade2.jpg" /><i>À medida que surgem dados oficiais dos governos na Europa e nos EUA acerca do número alarmante de mortes e com paralisias permanentes, bem como outros efeitos colaterais graves das vacinas experimentais de mRNA, está a ficar claro que nos pedem para sermos cobaias humanas num experimento que poderia alterar a estrutura do gene humano e até muito pior. Enquanto os media convencionais ignoram dados alarmantes, incluindo a morte de incontáveis jovens vítimas saudáveis, a política da vacina corona está a ser promovida por Washington e Bruxelas junto com a OMS e o Cartel de Vacinas com toda a compaixão de uma "oferta da máfia que você não pode recusar".</i><br /><br /><b>O alarmante relatório da EMA</b><br /><br />Em 8 de Maio, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), uma agência da União Europeia (UE) responsável pela avaliação e supervisão de produtos médicos, usando o banco de dados EudraVigilance que colecta notificações de suspeitas de efeitos colaterais de medicamentos, incluindo vacinas, publicou um relatório que mal foi mencionado nos grandes media.<br /><br />Até 8 de Maio de 2021, eles haviam registado 10.570 mortes e 405.259 lesionados após injecções de <a href="https://vaccineimpact.com/2021/10570-dead-405259-injuries-european-database-of-adverse-drug-reactions-for-covid-19-vaccines/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quatro vacinas experimentais do COVID-19</a> : COVID-19 mRNA VACINA da MODERNA (CX-024414); VACINA DE ARNm COVID-19 da PFIZER-BIONTECH; COVID-19 VACCINE da ASTRAZENECA (CHADOX1 NCOV-19); e Janssen COVID-19 VACCINE da Johnson & Johnson (AD26.COV2.S).<br /><br />Uma análise pormenorizada de cada vacina apresenta os seguintes resultados:<br /><br />A vacina com edição do gene do mRNA da Pfizer-BioNTech resultou nas maiores fatalidades – 5.368 mortes e 170.528 feridos ou quase 50% do total para todos os quatro.<br /><br />A vacina de mRNA da Moderna foi a segunda com 2.865 mortes e 22.985 feridos. Ou seja, as duas únicas vacinas experimentais de mRNA com manipulação genética, Pfizer-BioNTech e Moderna, foram responsáveis por 8.233 mortes do total de 10.570 mortes registadas. <b>Isso representa 78% de todas as mortes causadas pelas quatro vacinas actualmente em uso na UE.</b><br /><br />E entre os efeitos colaterais graves ou lesões registadas pela EMA, para as duas vacinas de mRNA que focamos neste artigo, para <b>a vacina "experimental" da Pfizer, a maioria das lesões relatadas incluiu doenças do sangue e do sistema linfático, incluindo mortes; distúrbios cardíacos, incluindo mortes; distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conjuntivos; distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais e distúrbios vasculares.</b><br /><br />Para a vacina de mRNA da Moderna, as lesões mais graves ou as causas de morte incluíram doenças do sangue e do sistema linfático; distúrbios cardíacos; distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conjuntivos; distúrbios do <a href="https://vaccineimpact.com/2021/10570-dead-405259-injuries-european-database-of-adverse-drug-reactions-for-covid-19-vaccines/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema nervoso central</a> . Observe que essas são apenas as lesões mais graves relacionadas a essas duas vacinas de mRNA geneticamente manipuladas. A EMA também observa acreditar-se que apenas uma pequena percentagem das mortes reais por vacinas ou efeitos colaterais graves, talvez apenas 1% a 10%, são relatados por várias razões. Oficialmente, mais de 10.000 pessoas morreram após receber as vacinas contra o coronavírus desde Janeiro de 2021 na UE. Esse é um número assustador de mortes relacionadas à vacina, mesmo que os números verdadeiros sejam muito maiores.<br /><br /><b>CDC também</b><br /><br />Até mesmo os Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC), uma agência notoriamente política e corrupta com laços lucrativos com fabricantes de vacinas, no seu Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS), mostra um total de 193.000 "eventos adversos", incluindo 4.057 mortes, 2.475 deficiências permanentes, 25.603 visitas ao pronto-socorro e 11.572 hospitalizações após injecções [contra o] COVID-19 entre 14 de Dezembro de 2020 e 14 de Maio de 2021. Isso incluiu as duas vacinas de mRNA, Pfizer e Moderna, e a vacina J&J Janssen, muito menos predominante. Das mortes relatadas, 38% ocorreram em pessoas que adoeceram dentro de 48 horas após serem vacinadas. O número oficial de mortes relacionadas à vacina nos EUA é maior em apenas 5 meses do que todas as mortes relacionadas à vacina nos últimos 20 anos combinados. Mesmo assim, os grandes media mundiais e o governo dos Estados Unidos praticamente enterram os <a href="https://vaccineimpact.com/2021/the-cdc-is-suppressing-data-on-deaths-and-injuries-following-covid-bioweapon-shots-how-many-are-actually-dying-from-covid-shots/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">factos alarmantes</a> .<br /><br />Cerca de 96% dos resultados fatais foram das vacinas Pfizer e Moderna, as duas variantes financiadas e promovidas pela Fundação Gates e o NIAID de Tony Fauci com a tecnologia genética experimental de mRNA.<br /><br />Além disso, o Dr. Tony Fauci, o secretário de vacinas da Administração Biden dos EUA e seu Centro de Pesquisa de Vacinas NIAID co-projectaram a vacina da mRNA Moderna e deram à Moderna e à Pfizer US$6 mil milhões para produzi-la. Isso também é um conflito de interesses flagrante, já que Fauci e seu NIAID têm permissão para se beneficiar financeiramente de seus ganhos com patentes na vacina <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC545012/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sob uma curiosa lei dos EUA</a> . O NIAID desenvolveu as proteínas de pico <i>(spike) </i>do coronavírus para o desenvolvimento de vacinas de mRNA da SARS-CoV-2 usando o dinheiro do contribuinte. Eles licenciaram-na para a Moderna e a Pfizer.<br /><br /><b>"Nunca visto na natureza..."</b><br /><br />Num sentido trágico, a experiência com reacções às duas sem precedentes vacinas experimentais de mRNA desde o seu lançamento a uma também sem precedentes "velocidade relâmpago" quando o governo dos Estados Unidos a pediu, só agora começa a ser vista, em testes reais com cobaias humanas. Poucos percebem que as duas vacinas de mRNA usam manipulações genéticas que nunca antes foram utilizadas em humanos. E sob a cobertura da urgência, autoridades de saúde dos EUA e da UE dispensaram os testes normais em animais e nem mesmo aprovaram a sua segurança, mas deram uma "autorização de uso de emergência". Além disso, os fabricantes de vacinas ficaram isentos de danos de litigação a 100%.<br /><br />O público em geral foi tranquilizado sobre a segurança das vacinas quando a Pfizer e a Moderna publicaram relatórios de 94% e 95% de "eficácia" das mesmas. Fauci do NIAID foi rápido a classificar isto como "extraordinário" em Novembro de 2020, e muitíssimo rápido a aproveitar-se do preço das acções da Pfizer e Moderna.<br /><br />Peter Doshi, Editor Associado do <i>British Medical Journal </i>apontou uma enorme falha nos relatórios dos mais de 90% de eficácia para as vacinas da Moderna e da Pfizer. Ele observou que as percentagens são relativas, em relação ao pequeno grupo seleccionado de teste de jovens saudáveis, e não absolutas como na vida real. Na vida real, queremos saber a eficácia da vacina entre a grande generalidade da população.<br /><br />Doshi aponta o facto de que a Pfizer excluiu mais de 3400 "casos suspeitos de COVID-19" que não foram incluídos na análise provisória. Além disso, os indivíduos "em ambos os testes da Moderna e da Pfizer foram considerados positivos para o SARS-CoV-1 – (o vírus asiático de 2003 da SARS), apesar da infecção anterior ser motivo de exclusão", observa Doshi. Ambas as empresas se recusaram a divulgar seus dados primários.<br /><br />Os cientistas empregados pela Pfizer fizeram seus testes. Em suma, 95% é o que a Pfizer ou a Moderna afirmam. Disseram-nos: "Confiem em nós". Uma estimativa mais realista da verdadeira eficácia das duas vacinas para o público em geral, usando dados fornecidos pelos fabricantes de vacinas ao FDA, mostra que a vacina Moderna no momento da análise provisória <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC545012/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demonstrou</a> uma redução de risco absoluto de 1,1%, ao passo que na da Pfizer a redução do risco absoluto da vacina foi de 0,7%. Isso é muito pouco.<br /><br />Peter Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical do Baylor College of Medicine, em Houston, diz: "O ideal é que uma vacina antiviral faça duas coisas ... Primeiro, reduza a probabilidade de você ficar gravemente doente e ir para o hospital e, segundo, previna a infecção e, portanto, interrompa a transmissão da doença". Como observa Doshi, nenhum dos estudos foi "concebido para detectar uma redução em qualquer resultado grave, como internamentos hospitalares, uso de terapia intensiva ou mortes. Nem as vacinas estão a ser estudadas para determinar se podem interromper a transmissão do vírus". O responsável médico chefe da Moderna até admitiu que "O nosso ensaio não demonstrará a prevenção da transmissão".<br /><br /><b>Possíveis efeitos das vacinas de mRNA</b><br /><br />Num importante novo estudo recém-publicado no <i>International Journal of Vaccine Theory, Practice and Research, </i>a Dra. Stephanie Seneff, cientista sénior do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT, e o Dr. Greg Nigh, especialista em oncologia naturopática, analisam em pormenor as possíveis vias pelas quais as vacinas experimentais de mRNA da Pfizer e Moderna poderiam estar a causar tais efeitos adversos nos vacinados. Primeiro, eles apontam que as vacinas editadas por genes da Pfizer e da Moderna são altamente instáveis: "Ambas são administradas por meio de injecção muscular e ambas requerem armazenamento ultracongelado para evitar que o RNA se parta. Isso se verifica porque, ao contrário do DNA de fita dupla, que é muito estável, os produtos de RNA de fita simples podem ser danificados ou ficarem impotentes em temperaturas elevadas e devem ser mantidos extremamente frios a fim de reter a sua <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eficácia potencial</a> . " A Pfizer recomenda 70° Celsius negativos.<br /><br />Os autores apontam que, a fim de evitar que o mRNA se decomponha antes que possa produzir proteína, os dois fabricantes de vacinas substituem a metil-pseudouridina para estabilizar o RNA contra a degradação, permitindo que sobreviva o tempo suficiente para produzir quantidades adequadas de antígeno protéico. O problema que eles apontam é que, "Esta forma de mRNA entregue na vacina nunca é vista na natureza e, portanto, tem potencial para consequências desconhecidas... a manipulação do código da vida pode levar a efeitos negativos completamente imprevistos, potencialmente a longo prazo ou <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mesmo permanente</a> ".<br /><br /><b>Adjuvantes PEG e choque anafilático</b><br /><br />Por várias razões para evitar o uso de adjuvantes de alumínio para aumentar a resposta anticorpo, ambas as vacinas mRNA usam polietileno glicol, ou PEG, como adjuvante. Isto tem consequências. Os autores destacam: "...ambas as vacinas mRNA actualmente implantadas contra COVID-19 utilizam nanopartículas à base de lipídios como veículos de entrega. A carga de mRNA é colocada dentro de um invólucro composto de lipídios sintéticos e colesterol, junto com PEG a fim de estabilizar a molécula de mRNA <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contra a degradação</a> ".<br /><br />O PEG demonstrou produzir choque anafilático ou reacções alérgicas graves. Em estudos de vacinas anteriores sem mRNA, as reacções de choque anafilático ocorreram em 2 casos por milhão de vacinações. Com as vacinas mRNA, o monitoramento inicial revelou que "a anafilaxia ocorreu a uma taxa de 247 por milhão de vacinações. Isto é mais de 21 vezes maior do que o relatado inicialmente pelo CDC. A segunda exposição à injecção pode causar um número ainda maior de reacções anafiláticas". Um estudo observou: "PEG é um alergenio 'oculto' de alto risco, geralmente insuspeito, e pode causar reacções alérgicas frequentes devido à <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">re-exposição inadvertida</a> ". Entre tais reacções estão incluídos o colapso cardiovascular com risco de vida.<br /><br />Isso está longe de constituir a totalidade dos riscos não declarados das vacinas experimentais mRNA contra o coronavírus.<br /><br /><b>Aumento dependente de anticorpos</b><br /><br />O aumento dependente de anticorpos (ADE) é um fenómeno imunológico. Seneff e Nigh observam que "o ADE é um caso especial do que pode acontecer quando níveis baixos e não neutralizantes de ... anticorpos contra um vírus estão presentes no momento da infecção. Esses anticorpos podem estar presentes devido a ... vacinação anterior contra o vírus..." Os autores sugerem que, no caso das vacinas mRNA da Pfizer e da Moderna, "os anticorpos não neutralizantes formam complexos imunes com antígenos virais para provocar secreção excessiva de citocinas pró-inflamatórias, e, em casos extremos, uma tempestade de citocinas causando <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dano generalizado ao tecido local</a> ".<br /><br />Para ser claro, normalmente as citocinas fazem parte da resposta imunológica do corpo à infecção. Mas sua liberação súbita em grandes quantidades, uma tempestade de citocinas, pode causar falência de órgãos de vários sistemas e morte. Nosso sistema imunológico inato sofre uma liberação descontrolada e excessiva das moléculas sinalizadoras pró-inflamatórias chamadas citocinas.<br /><br />Os autores acrescentam que "anticorpos pré-existentes, induzidos por vacinação prévia, contribuem para danos pulmonares graves por SARS-CoV em macacos..." Outro estudo citado mostra que a gama muito mais diversificada de exposições anteriores a coronavírus, como a gripe sazonal experimentada pelos idosos, pode predispô-los a ADE <a href="https://www.resistir.info/pandemia/engdahl_27mai21.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">após a exposição</a> ao SARS-CoV-2". Isto é uma possível explicação para a alta incidência de mortes pós-vacinação de mRNA entre idosos.<br /><br />Os fabricantes de vacinas têm uma maneira inteligente de negar a toxicidade de suas vacinas mRNA. Como afirmam Seneff e Nigh, "não é possível distinguir uma manifestação de doença ADE de uma verdadeira infecção viral não ADE". Mas fazem o destaque revelador: "A esta luz, é importante reconhecer que, quando doenças e mortes ocorrem logo após a vacinação com uma vacina mRNA, nunca se pode determinar definitivamente, mesmo com uma investigação completa, que a reacção da vacina <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não foi uma causa próxima</a> ".<br /><br />Os autores apontam vários outros pontos alarmantes, incluindo o surgimento de doenças auto-imunes, como a doença celíaca, uma doença do sistema digestivo que danifica o intestino delgado e interfere na absorção de nutrientes dos alimentos. Também a síndrome de Guillain-Barré (GBS) que causa fraqueza muscular progressiva e paralisia. Além disso, a trombocitopenia imune (ITP) em que uma pessoa tem níveis anormalmente baixos de plaquetas – as células que ajudam o sangue a coagular – pode ocorrer após a vacinação "por meio da migração de células imunes que transportam uma carga de nanopartículas mRNA através do sistema linfático para o baço... ITP aparece inicialmente como petéquias ou púrpura na pele e / ou sangramento das superfícies mucosas. Tem um alto risco de morte por <a href="https://ijvtpr.com/index.php/IJVTPR/article/view/23" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hemorragia e derrame</a> ".<br /><br />Estes exemplos são indicativos do facto de estarmos literalmente a expor a raça humana – por meio de vacinas mRNA editadas por genes experimentais não testados – a perigos incalculáveis que no fim podem exceder em muito qualquer risco potencial de dano a partir de algo que tem sido chamado de SARS-Cov-2. Longe da tão apregoada substância milagrosa proclamada pela OMS, Gates, Fauci e outros, as vacinas da Pfizer, da Moderna e outras mRNA possíveis claramente possuem consequências imprevistas potencialmente trágicas e até catastróficas. Não é de admirar que alguns críticos acreditem que seja um veículo disfarçado para a eugenia humana.<br /></p><div align="right">27/Maio/2021</div><p></p><b><a name="asterisco">[*]</a> Consultor de risco estratégico. Muitas das suas obras estão <a href="https://www.bookdepository.com/search?searchTerm=F.%20William%20Engdahl&search=Find+book" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqui</a> .<br /></b><br /><b>Ver também:<br /><li><a href="https://resistir.info/pandemia/covid_farmaceuticas_31mai21.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Covid, os governos da UE e as multinacionais farmacêuticas</a></li><li><a href="https://www.globalresearch.ca/pfizer-bullies-nations-put-up-collateral-lawsuits/5739428" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Pfizer obriga países a darem garantias contra acções judiciais</a><br /></li><li><a href="https://www.globalresearch.ca/new-york-times-predicts-massive-population-reduction-alternative-thinking-may-overcome-our-predicament/5746382" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Depopulation and the mRNA Vaccine</a></li><li><a href="https://resistenciafrentealaviolencia.wordpress.com/2020/08/12/las-nuevas-vacunas-basadas-en-la-manipulacion-genetica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Las nuevas vacunas basadas en la manipulación genética</a></li></b></span><li><span style="font-size: large;"><b><a href="https://swprs.org/covid19-facts/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Swiss Policy Research: Facts about Covid-19</a></b><br /><br /><b>O original encontra-se em <a href="https://www.globalresearch.ca/alarming-casualty-rates-mrna-vaccines-warrant-urgent-action/5746343" rel="noopener noreferrer" target="_blank">www.globalresearch.ca/...</a></b><br /><br /><b>Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://resistir.info/</a> .</b></span></li><li></li></td></tr></tbody></table></center>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-1259933569533390622021-03-04T11:11:00.004+00:002021-03-04T11:11:54.460+00:00A grande conspiração do "Carbono Zero"<p> </p><center style="font-family: arial;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 95%px;"><tbody><tr><td><span style="font-size: large;"><div align="right"><b>por F. William Engdahl <a href="https://www.resistir.info/energia/carbono_zero_08fev21.html#asterisco">[*]</a></b></div><br /><center><b>Os globalistas do Fórum Econômico Mundial de Davos proclamam a necessidade de até 2050 atingir o objectivo de zero emissões de carbono em termos líquidos. Isso, para a maior parte das pessoas, soa como um futuro distante e portanto é amplamente ignorado. Mas as transformações em curso desde a Alemanha até aos Estados Unidos, bem como em incontáveis outras economias, estão a preparar o cenário para a criação do que na década de 1970 era chamado de <i>Nova Ordem Económica Internacional.</i><br />Trata-se, na realidade, de planos para um corporativismo totalitário tecnocrático global, que promete enorme desemprego, desindustrialização e colapso económico deliberado. Considerem-se alguns antecedentes.</b></center><p align="justify"><img align="right" alt="Klaus Schwab." height="400" src="https://www.resistir.info/energia/imagens/schwab.jpg" width="353" />O Fórum Económico Mundial (WEF) de <b>Klaus Schwab </b>está a promover o seu tema favorito, a Grande Reinicialização (Great Reset) da economia mundial. A chave para tudo isso é entender aquilo que os globalistas querem dizer com Carbono Líquido Zero até 2050.<br /><br />A UE está liderando a corrida, com um plano ousado para se tornar o primeiro continente "neutro em carbono" do mundo até 2050 e reduzir suas emissões de CO2 em pelo menos 55% até 2030.<br /><br />Em uma mensagem de Agosto de 2020 no seu blog, o autoproclamado czar global das vacinas, <b>Bill Gates, </b>escreveu acerca da crise climática que se aproxima:</p><blockquote><p align="justify">"Por mais terrível que seja esta pandemia, a mudança climática poderia ser pior ... O declínio relativamente pequeno nas emissões deste ano deixa uma coisa clara: Não podemos conseguir emissões zero simplesmente – ou mesmo principalmente – a voar e <a href="https://journal-neo.org/2021/02/05/the-great-zero-carbon-criminal-conspiracy/%20https://www.gatesnotes.com/Energy/Climate-and-COVID-19" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conduzir menos</a> ".</p></blockquote><p align="justify">Com um monopólio virtual dos media convencionais, bem como dos media sociais, o lobby do aquecimento global foi capaz de levar grande parte do mundo a supor que o melhor para a humanidade é eliminar os hidrocarbonetos, incluindo petróleo, gás natural, carvão e até mesmo a electricidade nuclear livre de até 2050, o que esperançosamente poderia evitar um aumento de 1,5 a 2 graus Celsius na temperatura média mundial. Só existe um problema com isso. É que é a cobertura de uma diabólica agenda ulterior.<br /><br /><b>Origens [da hipótese] do 'aquecimento global'</b><br /><br />Muitos já se esqueceram da tese científica original apresentada para justificar uma mudança radical nas nossas fontes de energia. Não era a "alteração climática". O clima da Terra está em constante mudança, correlacionado a mudanças na emissão de erupções solares ou ciclos de manchas solares que afectam o clima da Terra.<br /><br />Por volta da viragem do milénio, quando o ciclo anterior de aquecimento liderado pelo sol não era mais evidente, Al Gore e outros mudaram a narrativa num prestidigitação linguística de "Aquecimento Global" para "Alterações Climáticas", de Aquecimento Global. Agora, a narrativa do medo se tornou tão absurda que todo evento climático estranho é tratado como "crise climática". Cada furacão ou tempestade de Inverno é reivindicado como prova de que os Deuses do Clima estão a punir a nós, seres humanos pecadores, por emitirmos CO2.<br /><br />Mas um momento. Toda a razão para a transição para fontes de energia alternativas, como solar ou eólica, e para o abandono as fontes de energia carbónicas, é a alegação deles de que o CO2 é um gás de efeito estufa que de alguma forma sobe para a atmosfera, onde forma uma capa que supostamente aquece a Terra – o Aquecimento Global. As emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a Agência de Protecção Ambiental dos EUA, vêm principalmente do CO2. Daí o foco nas tais "pegadas de carbono".<br /><br />O que quase nunca se diz é que o <b>CO2 não pode ascender na atmosfera a partir do escape de um carro ou de centrais termoeléctricas a carvão ou outras origens feitas pelo homem. </b>O dióxido de carbono não é carbono ou fuligem. <b>É um gás invisível e inodoro essencial para a fotossíntese das plantas e todas as formas de vida na Terra, </b>incluindo nós. O CO2 tem um peso molecular de pouco mais de 44, enquanto o ar (principalmente oxigénio e nitrogénio) tem um peso molecular de apenas 29.<br /><br />O peso específico do CO2 é cerca de 1,5 vezes maior que a do ar. Isso sugeriria que o CO2 dos gases de escape de veículos ou de centrais eléctricas não ascendem na atmosfera cerca de 12 milhas [19,3 km] ou mais acima da Terra para formar o temido <a href="https://mtidealer.stratumsites.com/images//COAlarmInstallationHeight.pdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> .<br /><br />Para apreciar a acção criminal que hoje se desdobrar em torno de Gates, Schwab e defensores de uma suposta economia mundial "sustentável", devemos remontar a 1968, quando <b>David Rockefeller </b>e amigos criaram um movimento em torno da ideia de que o consumo humano e o crescimento populacional eram principal problema do mundo. Rockefeller, cuja riqueza era baseada no petróleo, criou o Clube neo-malthusiano de Roma na sua <i>villa </i>em Bellagio, Itália. Seu primeiro projecto foi em 1972 quando financiou um estudo inútil no MIT chamado <i>Limites do crescimento (Limits to Growth).</i><br /><br />Um dos principais organizadores da agenda de 'crescimento zero' de Rockefeller no início da década de 1970 foi seu amigo de longa data, um homem do petróleo canadiano chamado Maurice Strong, também membro do Clube de Roma. Em 1971, Strong foi nomeado subsecretário das Nações Unidas e secretário-geral da conferência do Dia da Terra de Estocolmo em junho de 1972. Ele também era um curador da Fundação Rockefeller.<br /><br />Maurice Strong foi um dos primeiros propagadores da teoria cientificamente infundada de que as emissões antropogénicas com veículos de transporte, centrais a carvão e agricultura causavam um aumento dramático e acelerado da temperatura global que ameaça a civilização, o assim chamado Aquecimento Global. Ele inventou a expressão elástica "desenvolvimento sustentável".<br /><br />Como presidente da Conferência do Dia da Terra da ONU em Estocolmo, em 1972, Strong promoveu a redução da população e a diminuição dos padrões de vida em todo o mundo para "salvar o meio ambiente". Alguns anos depois, o mesmo Strong <a href="https://www.infowars.com/maurice-strong-in-1972-isnt-it-our-responsibility-to-collapse-industrial-societies/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">declarou</a> :</p><blockquote><p align="justify">"Não é a única esperança para o planeta que as civilizações industrializadas entrem em colapso? <b>Não é nossa responsabilidade fazer com que isso aconteça?"</b></p></blockquote><p align="justify">Esta é a agenda hoje conhecida como Grande Reinicialização <i>(Great Reset) </i>ou Agenda 2030 da ONU. Strong prosseguiu com a criação do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um órgão político que promove a afirmação não comprovada de que as emissões de CO2 provocadas pelo homem estavam prestes a deitar abaixo o nosso mundo numa catástrofe ecológica irreversível.<br /><br />O co-fundador do Clube de Roma, Dr. Alexander King, admitiu a fraude essencial de sua agenda ambiental alguns anos depois no seu livro <a href="https://www.abebooks.com/products/isbn/9780679738251?clickid=0k5yExy28xyLULywUx0Mo3EJUkETRZQtC17vTs0&cm_mmc=aff-_-ir-_-64682-_-77798&ref=imprad64682&afn_sr=impact" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>The First Global Revolution</i></a> . Ele declarou ali:<br /></p><blockquote><p align="justify">Em busca de um novo inimigo para nos unir, avançamos com a ideia de que a poluição, a ameaça do aquecimento global, a escassez de água, a fome e assim por diante resolveria o problema ... Todos estes perigos são causados pela intervenção humana e só através mudanças de atitudes e comportamentos podem superar-se. <b>O verdadeiro inimigo, então, é a própria humanidade.</b></p></blockquote><p align="justify">King admitiu que a "ameaça do aquecimento global" era simplesmente uma trama para justificar um ataque à "própria humanidade". Isto agora está a ser implementado como a Grande Reinicialização e a falcatrua de emissões líquidas Zero de Carbono.<br /><br /><b>O desastre das energias alternativas</b><br /><br />Em 2011, actuado a conselho de Joachim Schnellnhuber, do Instituto Potsdam para Investigação de Impacto Climático (PIK), Angela Merkel e o governo alemão impuseram a proibição total da electricidade nuclear até 2022, como parte de uma estratégia governamental de 2001 chamada <i>Energiewende </i>ou Viragem Energética, para confiar na energia solar e eólica e outras "renováveis". O objectivo era tornar a Alemanha a primeira nação industrial a ser "neutra em carbono".<br /><br />A estratégia foi uma catástrofe económica. Abandonando uma das redes de produção eléctrica mais estáveis e confiáveis do mundo industrial, a Alemanha hoje tornou-se o produtor eléctrico mais caro do mundo. De acordo com a associação alemã da indústria de energia BDEW, o mais tardar até 2023, quando a última central nuclear for fechada, a Alemanha enfrentará défices de electricidade.<br /><br />Ao mesmo tempo, o carvão, a maior fonte de energia eléctrica, está a ser eliminado para alcançar as tais emissões líquidas zero de carbono. Indústrias tradicionais com uso intensivo de energia, como aço, produção de vidro, produtos químicos básicos, fabricação de papel e cimento, estão a enfrentar custos crescentes e paralisações ou deslocalizações e perda de milhões de empregos qualificados. A ineficiente energia eólica e solar, hoje custa cerca de 7 a 9 vezes <a href="https://stopthesethings.com/2020/07/27/simply-staggering-what-weather-dependent-wind-solar-really-costs/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais</a> do que o gás.<br /><br />A Alemanha tem pouco sol em comparação com os países tropicais, de modo que o vento é visto como a fonte principal de energia verde. Há uma enorme quantidade de betão e alumínio que é necessária para produzir parques solares ou eólicas. Ela exige energia barata – gás, carvão ou nuclear – para produzir. À medida que isso é eliminado, o custo se torna proibitivo, mesmo sem "impostos sobre o carbono" adicionais.<br /><br />A Alemanha já tem cerca de 30 mil turbinas eólicas, mais do que qualquer outro país da UE. As gigantescas turbinas eólicas têm sérios problemas de ruído ou riscos para saúde para os residentes nas proximidades das enormes estruturas devido à emissão de sons de baixa frequência <i>(infrasound), </i>além de danos causados ao clima e a pássaros. Em 2025, cerca de 25% dos moinhos de vento alemães existentes precisarão ser substituídos e a eliminação de resíduos é um problema colossal. As empresas estão a ser processadas porque os cidadãos percebem o desastre que são. Para atingir as metas até 2030, o Deutsche Bank admitiu recentemente que o estado precisará criar uma " <a href="https://www.dw.com/en/german-wind-energy-stalls-amid-public-resistance-and-regulatory-hurdles/a-50280676" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eco-ditadura</a> ".<br /><br />Ao mesmo tempo, o esforço alemão para acabar com o transporte a gasolina ou gasóleo até 2035 em favor dos veículos eléctricos está em curso para destruir a maior e mais lucrativa indústria da Alemanha, o sector automóvel, e eliminar milhões de empregos. <b>Os veículos movidos a bateria de íon-lítio têm uma "pegada de carbono" total </b>quando os efeitos da mineração de lítio e da produção de todas as peças são incluídos, o que é pior do que os automóveis a gasóleo.<br /><br />E a quantidade de electricidade adicional necessária para uma Alemanha carbono zero até 2050 seria muito maior do que hoje, pois milhões de carregadores de bateria precisarão de electricidade da rede com energia confiável. Agora a Alemanha e a UE começam a impor novas "taxas de carbono", alegadamente para financiar a transição para o carbono zero. Os impostos apenas tornarão a energia e a potência eléctricas ainda mais caras, assegurando o colapso mais rápido da indústria alemã.<br /><br /><b>Despovoamento</b><br /><br />Segundo os que defendem a agenda Carbono Zero, isto é exactamente o que desejam: a desindustrialização das economias mais avançadas, uma estratégia calculada desde há décadas, como disse Maurice Strong, para provocar o colapso das civilizações industrializadas.<br /><br />Fazer voltar a presente economia industrial mundial para uma distopia de queima de lenha e moinhos de vento, em que os apagões se tornam a norma, como agora na Califórnia, é uma parte essencial de uma transformação para Grande Reinicialização sob a Agenda 2030: Pacto Global da ONU para a Sustentabilidade <i>(Agenda 2030: UN Global Compact for Sustainability).</i><br /><br />O conselheiro climático de Merkel, Joachim Schnellnhuber, em 2015 apresentou a agenda verde radical do Papa Francisco, a encíclica <i>Laudato Si, </i>quando Francisco o nomeou para a Pontifícia Academia de Ciências. E ele aconselhou a UE sobre a sua agenda verde. Numa entrevista de 2015, Schnellnhuber declarou que a "ciência" determinou agora que a capacidade máxima de carga de uma população humana "sustentável" era com cerca de seis mil milhões de pessoas a menos:</p><blockquote><p align="justify">"De um modo muito cínico, é um triunfo para a ciência porque finalmente estabilizamos alguma coisa – nomeadamente as <a href="https://voiceofthefamily.com/professor-schellnhuber-climate-science-and-the-population-problem/">estimativas</a> para a capacidade biótica máxima <i>(carrying capacity) </i>do planeta, <b>ou seja, abaixo de mil milhões de pessoas".</b></p></blockquote><p align="justify">Para fazer isso, o mundo industrializado deve ser desmantelado. Christiana Figueres, contribuidora da agenda do Fórum Económico Mundial e ex-secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, revelou o verdadeiro objectivo da agenda climática da ONU numa entrevista colectiva em Bruxelas em Fevereiro de 2015, onde afirmou: "Esta é a primeira vez na história humana em que nos propomos à tarefa de mudar intencionalmente o modelo de desenvolvimento económico que tem <a href="https://www.americanthinker.com/blog/2018/10/the_hidden_agenda_behind_climate_change.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reinado</a> desde a Revolução Industrial".<br /><br />As observações de Figueres em 2015 são reflectidas hoje pelo presidente francês Macron na "Agenda de Davos" do Fórum Económico Mundial em Janeiro de 2021, onde afirmou que "nas actuais circunstâncias, o modelo capitalista e a economia aberta já não são viáveis". Macron, um ex-banqueiro Rothschild, afirmou que "a única maneira de sair desta epidemia é criar uma economia mais focada em eliminar o fosso entre ricos e pobres". Merkel, Macron, Gates, Schwab e amigos farão isso reduzindo os padrões de vida na Alemanha e na OCDE aos níveis da Etiópia ou do Sudão. Esta é distopia deles do carbono zero. Limitar severamente viagens aéreas, viagens de carro, movimento de pessoas, fechar a indústria "poluente", tudo para reduzir o CO2. É sinistro quão convenientemente a pandemia de coronavírus prepara o cenário para a Grande Reinicialização e a Agenda 2030 da ONU de emissões líquidas Zero de Carbono.<br /></p><b><a name="asterisco">[*]</a> Autor de numerosas <a href="https://www.bookdepository.com/search?searchTerm=F.+William+Engdahl&search=Find+book" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obras sobre petróleo e geopolítica</a> .<br /><br />O original encontra-se em <a href="https://journal-neo.org/2021/02/05/the-great-zero-carbon-criminal-conspiracy/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">New Eastern Outlook</a> e em<br /><a href="https://www.globalresearch.ca/great-zero-carbon-criminal-conspiracy/5736707" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://www.globalresearch.ca/great-zero-carbon-criminal-conspiracy/5736707</a></b><br /><br /><b>Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://resistir.info/</a> .<br /><br /></b></span></td></tr></tbody></table></center>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-20110514647197872012021-03-04T11:02:00.002+00:002021-03-04T11:02:25.040+00:00A construção da realidade <p> por Josep Cónsola [*]</p><p><br /></p><center style="font-family: arial;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 95%px;"><tbody><tr><td><span style="font-size: large;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody><tr><td width="50%"><div align="right"><b><i>"Perante a realidade podem-se adoptar várias atitudes, a saber: 1) ignorá-la, evadir-se dela; 2) reproduzi-la; 3) descobrir seu outro lado: a verdade</i><br />Alfonso Sastre. Manifiesto contra el pensamiento débil.<br /><br /><i>"Quando aprendí as respostas, foram alteradas todas as minhas perguntas".</i><br />Mario Benedetti</b></div></td></tr></tbody></table></span><p align="justify"><span style="font-size: large;"><img align="right" alt="Tragédia de Gruaro." height="305" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/gruaro.jpg" width="400" />O verdadeiro depende da criação mental do homem chamada lógica. Entretanto, real refere-se ao que alguém crê que é real apesar de qualquer lógica que se utilize ou do que se raciocine, ou sem saber como funciona este algo. No instante que vemos, ou nos fazem ver, cremos que é real sem ainda questionarmos se é verdadeiro ou falso.<br /><br />René Descartes cunhou a frase <i>Cogito ergo sum </i>("penso, portanto sou") mas perante o descalabro mundial orquestrado com origem na propaganda pandémica poderíamos estabelecer outra frase: <i>Ego sum, sed non cogito </i>("sou, mas não penso") à vista da credibilidade dada ao discurso oficial por uma parte importante da população.<br /><br />Será real que milhares de pessoas idosas e com patologias prévias tenham falecido durante o segundo trimestre de 2020? Podemos dizer que sim. Será verdade que estes milhares de pessoas tenham falecido por causa de um vírus catalogado como SARS-Cov2? Podemos dizer que não.<br /><br />Será real que um pânico insano se tenha desencadeado entre a população? Podemos dizer que sim. O referido pânico é resultado da verdade? Podemos dizer que não.<br /><br />Mas, como na metáfora escrita por Robert Havemann: "Quando quero acertar num alvo, tenho um procedimento muito simples para aumentar a possibilidade de atingi-lo, a saber: o procedimento de engrandecer o alvo, e se declaro que tudo o que me rodeia é alvo, terei a miserável satisfação de não errá-lo nunca" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[1]</a> .<br /><br />O catedrático de Sociología da Universidade de Oviedo, José Mª García Blanco, no seu interessante artgo "La construcción de la realidad y la realidad de su construcción" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[2]</a> destaca que: "A cada manhã, ao ligar nosso aparelho de radio, a televisão ou ao ler nosso diario habitual, nos pomos ao corrente do que se passa no mundo. Todos estes meios estão a reproduzir incessantemente a rede de noticias que configura nossa imagem da realidade. São eles, seguindo sua propia lógica operativa, que proporcionam hoje à sociedade sua própria imagem e a do mundo em que ela se produz e reproduz como sistema de comunicação… O produto deste funcionamento recursivo dos mass media é a constituição da única coisa que hoje se pode denominar com fundamento empírico suficiente Opinião Pública, a saber: una imensa redundância informativa, que torna desnecessário perguntar o que cada concreto individuo sabe e pensa".<br /><br />A partir daqui o conhecimento que possuímos da realidade é limitado e acostumamo-nos a ver a "realidade" a partir das mensagens subjectivas que chegam ao nosso conhecimento sobre esta realidade. A construção dos referidos conhecimentos tem, entre outros, os objectivo de criar "confiança" para com as estruturas de poder que são em definitivo as que concebem o discurso para tornar possível que um determinado objecto ou objectivo exista, cumpra certas funções e estabeleça o que é positivo ou negativo, bom ou mau.<br /><br />Bertrand Russell dizia que para chegar a estabelecer uma lei científica são necessárias três etapas: a primeira consiste em observar os factos significativos; a segunda, assentar hipóteses que, se forem verdadeiras, explicam aqueles factos; a terceira, deduzir destas hipóteses consequências que possam ser postas a prova para a observação. Significa que o processo da sua formulação deve ser justificado e explicado passo a passo, para desta forma construir e formular hipóteses que sejam contrastáveis.<br /><br /><b>"INFOXICAÇÃO"</b><br /><br />Ao invés disto temos sofrido, estamos a sofrer e, se não houver uma resposta contundente, continuaremos a sofrer não uma intoxicação por um vírus e sim uma "infoxicação" mediática resultante da construção da realidade, afastada do que deveria ser uma busca da verdade. Não há ciência nas versões mediáticas hegemónicas e sim percepções, especulações, opiniões e espectáculos visuais montados à imagem e semelhança de uma grande farsa teatral.<br /><br />O Dr. Carlos Alberto Díaz, professor Titular da Universidade Isalud de Buenos Aires <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[3]</a> , é contundente: "As burocracias profissionais geraram-se para conter e reproduzir os conhecimentos gerados nas suas próprias organizações. Nos rincões de toda a administração existem alguns reservatórios que, quando purgas, encontras inteligências e opiniões que nunca foram ouvidas. Não é a saúde um tema de agenda. Sim quais são os números de contagiados, de mortos ou de vacinas".<br /><br />Encontramo-nos perante a necessidade de analisar a sociedade e os fenómenos sociais que estamos a viver com os estados de sítio, emergência, alarme, etc e os consequentes confinamentos domiciliares, sanções, repressões... a partir de um conhecimento que não se apoia num determinismo e num reducionismo do conhecimento, no sentido de que um conhecimento do todo sirva de ponto de partida para um conhecimento das partes que o compõem. Edgar Morin sugere a "necessidade de recompor o todo", ou seja, o questionar da racionalidade abstracta e unidimensional hegemónica" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[4]</a> . Numa multidão de ocasiões nossa realidade não é senão a nossa ideia da realidade cunhada por uma educação baseada na aceitação de um conformismo cognitivo no qual é normalizada a eliminação do que possa discutir-se ou contrapor-se ao discurso hegemónico.<br /><br />Giulio Girardi, uma referência da Teologia da Libertação, membro do Tribunal Russell II sobre a América Latina desde 1974 até a sua morte em 2012, membro do Tribunal dos Povos, a partir da sua perspectiva do conhecimento como instrumento de transformação social, denuncia a falsa neutralidade da ciência e do conhecimento, uma vez que todo sujeito no momento da observação faz parte de uma série de condicionantes internalizadas: "Não há interesse teórico que esteja desvinculado da interesses práticos. O ocultamento de interesses que não se querem confessar" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[5]</a> .<br /><br />Quanto ao ocultamento destes interesses a que Girardi faz referência, numa tentativa de buscar uma possível explicação Máximo Sandin pergunta-se que "talvez seja que não se pode esperar que alguém compreenda algo quando o seu salário depende da sua não compreensão" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[6]</a> .<br /><br />Como se constrói o 'real'?<br /><br />María-Celina Ramos-Álvarez, aproxima-nos uma reflexão sobre os papel dos meios de comunicação com as seguintes palavras: "Na medida em que os meios mostram-me suas construções de significado como um ser natural das coisas, tendo a pensar que as coisas são assim, como eles as apresentam e portanto concedo-lhes um estatuto ontológico independente do labor humano, já que eu não tenho opção alguma para actuar em outro sentido senão o assinalado ao meu status que me foi criado, o qual impede-me de exercer a dialéctica entre o que faço e o que penso... Os meios de comunicação seleccionam aspectos do mundo que desta forma aparece filtrado diante dos meus sentidos. O conhecimento que me proporcionam não só põe em jogo minhas capacidades cognoscitivas como também emocionais... Minha realidade subjectiva em determinadas situações choca-se frontalmente com aquela objectiva que os media me apresentam. Sou uma pessoa adulta e possuo capacidade de crítica e discernimento, mas em situações nas quais não posso exercer tais capacidades por não possuir os dados suficientes para isso, ou em situações que os significados mediáticos não são relevantes para mim, a realidade que se me apresenta constitui-se na minha realidade" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[7]</a> .<br /><br />Os media jornalísticos actuam como mediadores entre a fabricação de uma recriação manipulada da realidade e a audiência. Os media nos preparam, nos elaboram e nos apresentam uma realidade social determinada. Mas quais são os critérios para formar essa realidade? Em que se baseia a interpretação jornalística?<br /><br />Hoje sabemos tanto do vírus e da pandemia e estamos tão "infoxicados" que não sabemos nada, não há diálogo nem debate científico com evidências em mãos, só hipóteses, ocorrências, suposições, opiniões ou percepções. A justificação pandémica avança, a economia quebra e a gente vive com medo e incerteza. Em síntese, a verdade sobre a pandemia do Covid-19 é a seguinte: "Instrumentalizou-se a enfermidade de modo político e eleitoral; 2) Sabemos muito e nada ao mesmo tempo, não há ciência e sim percepções, teorias falsas e especulação; 3) Ignorou-se a história e os antecedentes médicos e epidemiológicos. Esta é a grande verdade da qual não duvidamos" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[8]</a> .<br /><br />A realidade social constrói-se por meio de declarações, as que tornam possível que um determinado objecto exista, cumpra certas funções e disponha de certos poderes positivos e negativos de maneira convencional. "A força que se assinala a esses actos permite que surjam no mundo entidades que, sem mediar estas declarações mediáticas, não chegariam a existir" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[9]</a> .<br /><br />Nas XXII Jornadas de Investigación e XI Encuentro de Investigadores en Psicología del Mercosur organizados pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires, Romina Ailín Urios, realiza uma análise acerca da "criminologia mediática" que agora podemos aproveitar à luz dos estereótipos concebidos para estabelecer o perfil das pessoas perigosas na voragem pandémica (reuniões de mais de seis pessoas, não usar máscara, por em causa a bondade das vacinas, ignorar os toques de recolher, romper o confinamento domiciliar, etc), os apelos à delação a partir das "polícias de varanda", a criação de "patrulhas sanitárias" semelhantes à antiga guarda de Franco nos tempos da ditadura para perseguir e denunciar os contraventores das leis ditadas, por irracionais que sejam.<br /><br />Podemos dizer que o que faz a "criminologia mediática" é criar uma realidade e apresentá-la como "a" realidade, onde aparecem confrontadas as "pessoas decentes" e o grupo de "criminosos", os quais são identificados pelo estereótipo que permite essa distinção. E para que esta diferenciação se sustenha no tempo e se torne crível, não resta outra opção senão "inchar" as características negativas de quem porta o estereótipo na base da periculosidade e é aí em que o conceito de perigo se une ao de segurança. "Como reverter os efeitos na subjectividade da população e, sobretudo, de certos sectores que foram seleccionados pelos meios de comunicação como os futuros criminalizados? Se tivermos em conta o que coloca Foucault quanto à complexa malha em que uma pequena mudança num extremo gera um movimento em toda a trama, podemos pensar que para gerar uma modificação que chegue até todos os extremos faz-se necessário que a mudança seja suficientemente forte para que chegue a toda a estrutura. Do contrário, a modificação não será nem total nem duradoura" <a href="https://www.resistir.info/pandemia/guerra_psicologica.html#notas">[10]</a> .<br /><br />Assim, como dizia Gabriel Celaya no seu poema "La poesía es un arma cargada de futuro":<br /><br /></span></p><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 95%px;"><tbody><tr><td><b><i>Às ruas! que já é hora<br />de passearmos a corpo inteiro<br />e mostrar que, como vivemos,<br />anunciamos algo novo.</i></b></td><td><b><i>¡A la calle! que ya es hora<br />de pasearnos a cuerpo<br />y mostrar que, pues vivimos,<br />anunciamos algo nuevo.</i></b></td></tr></tbody></table><p align="justify"><span style="font-size: large;"><br /><br /><span style="font-size: small;"><a name="notas"></a>(1) Robert Havemann. Dialéctica sin dogma. Ariel. 1967. pág. 142<br />(2) <a href="https://repositorioinstitucional.ceu.es/bitstream/10637/6036/1/N_I_pp149_170.pdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">repositorioinstitucional.ceu.es/bitstream/10637/6036/1/N_I_pp149_170.pdf</a><br />(3) <a href="https://saludbydiaz.com/2021/02/03/la-realidad-no-es-la-verdad-que-es-entonces-la-verdad/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saludbydiaz.com/...</a><br />(4) Edgar Morin. Los siete saberes para una educación del futuro, 2000<br />(5) Fede cristiana e materialismo storico, Edizioni Borla, 1977. pág.101.<br />(6) Máximo Sandín. Trilogía del coronavirus. Cauac. 2020<br />(7) María-Celina Ramos-Álvarez. Los medios de comunicación, constructores de lo real, <a href="https://www.revistacomunicar.com/indice/articulo.php?numero=05-1995-20" rel="noopener noreferrer" target="_blank">www.revistacomunicar.com/indice/articulo.php?numero=05-1995-20</a><br />(8) Óscar Picardo <a href="https://www.disruptiva.media/la-verdad-detras-del-covid-19/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">www.disruptiva.media/la-verdad-detras-del-covid-19/</a><br />(9) María S. Krause Muñoz y Rodrigo González Fernández. La confianza en la construcción de la realidad social. Revista de Filosofía Universidad católica de Chile. vol. 41, núm. 1. 2016<br />(10) <a href="https://www.aacademica.org/000-015/553.pdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">www.aacademica.org/000-015/553.pdf</a></span><br /><br /><b><a name="asterisco">[*]</a> da Universitat Comunista dels Països Catalans.<br /><br />O original encontra-se em <a href="https://mpr21.info/la-construccion-de-la-realidad/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mpr21.info/la-construccion-de-la-realidad/</a></b><br /><br /><b>Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">https://resistir.info/</a> .</b></span></p><div><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div></td></tr></tbody></table><br /></center>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-48994106125880993162021-01-05T18:41:00.000+00:002021-01-05T18:41:05.256+00:00O arbítrio e a censura estão de regresso ao Ocidente<p>por <span style="background-color: white; color: #848080; font-family: Georgia; font-size: 20px; font-style: italic; text-align: center;">Thierry Meyssan</span></p><div class="article-chapo crayon article-chapo-211890 entry-content" style="background-color: white; color: #3a3a3a; font-family: "Segoe UI", "Source Sans Pro", Bitter, Tahoma, Georgia, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 30px 0px 0px;"><p style="font-family: "Source Sans Pro"; font-size: 20px; letter-spacing: 0.9px; line-height: 28px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;">Com a invenção da imprensa, inúmeros autores contestaram os <i style="margin: 0px; padding: 0px;">a priori</i> da sua época. Foram necessários quatro séculos de lutas para que o Ocidente acabasse por garantir a liberdade de expressão. No entanto, com a invenção da Internet a qualidade de autor democratizou-se e a liberdade de expressão foi imediatamente posta em causa. Serão precisos talvez vários séculos para absorver este choque e restabelecer esta liberdade. Enquanto isso, a censura está de volta.</p><p style="font-family: "Source Sans Pro"; font-size: 20px; letter-spacing: 0.9px; line-height: 28px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><br /></p><p style="font-family: "Source Sans Pro"; font-size: 20px; letter-spacing: 0.9px; line-height: 28px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px;"><br /></p><div class="article-text-images crayon article-texte-211890 " style="margin: 0px; padding: 0px;"><dl class="spip_document_182290 spip_documents spip_documents_center" style="clear: both; margin: auto; padding: 0px 0px 20px; text-align: center; width: 403.188px;"><dt style="margin: 0px; padding: 0px;"><img alt="JPEG - 83.2 kb" height="300" src="https://www.voltairenet.org/local/cache-vignettes/L400xH300/211877-4-43813.jpg" style="border: 1px solid rgb(84, 84, 84); box-sizing: border-box; height: 300px; margin: 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.4s ease-in-out 0s; width: 400px;" width="400" /></dt></dl><p class="lettrine" style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify;">Quando em 1994 fundamos a Rede Voltaire, a nossa primeira preocupação era a de defender a liberdade de expressão em França e depois no mundo.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Ora, hoje em dia esse conceito está, na nossa opinião, deformado e é atacado. Vamos, portanto, tentar definir outra vez esse ideal.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">A circulação de ideias conheceu um impulso considerável com a invenção da tipografia moderna, no fim do século XV. Já não era possível acreditar mais cegamente nas autoridades, cada um podia formar a sua opinião.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Acordou-se afirmar que, muito embora o debate seja indispensável para a evolução do pensamento humano, certas ideias seriam prejudiciais à sociedade e deveriam, portanto, ser censuradas. As autoridades deviam determinar o que era útil e o que era prejudicial. Mas a criação do célebre <i style="margin: 0px; padding: 0px;">Index librorum proibitorum</i> (Índice de Livros Proibidos) pelo Papa Paulo IV não impediu a difusão de ideias anti-papistas.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">O nosso ponto de vista, pelo contrário, é que, na maior parte dos casos, a censura é mais nociva do que as ideias que proíbe. Todas as sociedades que praticam a censura acabam estagnando. É por isso que todas as autoridades que usam censura acabaram um dia derrubadas.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Neste assunto, confrontam-se duas grandes escolas. O Artigo 11 da <i style="margin: 0px; padding: 0px;">Declaração</i> [Francesa] <i style="margin: 0px; padding: 0px;">dos Direitos do Homem e do Cidadão</i> (1789) estipula que a lei deverá determinar e reprimir os abusos da liberdade de expressão, enquanto a <i style="margin: 0px; padding: 0px;">1ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos</i> (1791) ) afirma que nenhuma lei poderá limitar esta liberdade.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Os Estados Unidos eram uma nação em formação que acabava de se emancipar da monarquia britânica. Eles não tinham ainda consciência sobre as dificuldades de viver em sociedade, mas haviam já sofrido com os abusos do Poder de Londres. Portanto, tinham uma concepção de liberdades sem limite.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Foi preciso quase um século para que o legislador francês conseguisse determinar os limites da liberdade de expressão: a provocação para cometer delitos ou crimes, a injúria e a difamação. Em relação ao regime de censura, o controle não será mais exercido antes da publicação, mas depois.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Os países latinos consideram difamação o facto de se relatar elementos depreciativos sem poder produzir a sua prova, entendendo-se que certos factos não podem ser provados (por exemplo, factos amnistiados, crimes prescritos ou simplesmente elementos da vida privada) e que, portanto, não serão publicáveis. Pelo contrário, os países anglo-saxões apenas consideram como difamação imputações das quais se pode provar a falsidade. Na prática, as leis latinas exigem que o autor prove aquilo que afirma, enquanto as leis anglo-saxónicas exigem, ao contrário, que cabe à pessoa difamada provar que o autor conta coisas à toa.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Num caso como noutro, os tribunais só podem proteger a liberdade de expressão se forem constituídos por júris populares (como na Bélgica) e não por magistrados profissionais (como em França) susceptíveis de defender a sua classe social. Esse foi o grande combate de Georges Clémenceau, reduzida a nada aquando da Segunda Guerra Mundial, no decurso da qual os governos retomaram o controle dos procedimentos.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">A liberdade de expressão que o Ocidente havia levado quatro séculos a desenvolver foi totalmente posta em causa com o aparecimento das novas técnicas informáticas de difusão que aumentaram o número de autores. Tal como no século 16, após um curto período de liberdade florescente, ela está em vias de ser totalmente controlada.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">No passado, os Franceses e os Norte-Americanos falavam simultaneamente da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa (quer dizer, da possibilidade de exercer a liberdade de expressão nos jornais). <i style="margin: 0px; padding: 0px;">A contrario</i>, hoje em dia a liberdade de imprensa é muitas vezes invocada para negar a liberdade de expressão aos simples mortais acusados, eles, de serem «conspiracionistas», quer dizer, incultos, irresponsáveis e perigosos para a sociedade.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Geralmente os partidários da censura prévia não invocam a sua vontade de controlar as opiniões políticas das massas, mas colocam-se no terreno da religião (para proteger a sociedade da heresia) ou da moral (para prevenir a corrupção da juventude pela pornografia). O aparecimento das «redes sociais» oferece um novo contexto para voltar a sacar os velhos argumentos.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Estando as religiões estabelecidas em declínio progressivo no Ocidente contemporâneo, são substituídas por uma noticiário sem Deus, mas com os seus dogmas (o consenso) e seus clérigos (antes os jornalistas, hoje os donos do Twitter, do Facebook, do Instagram, do YouTube, etc.). Por exemplo, devia-se convocar um referendo em França para inscrever na Constituição a seguinte frase: «A República garante (1) a preservação da biodiversidade, (2) do meio ambiente e (3) luta contra as alterações climáticas». Três propostas destituídas de senso, uma vez que a biodiversidade não é um estadio, mas um processo; que o meio ambiente jamais foi preservado, antes sempre modificado ; e que o clima não está submetido a nenhum regulamento. Já se fala em censurar esta observação que perturba o consenso, primeiro nas redes sociais, depois na sociedade em geral.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Cada um de nós fica chocado com a pornografia impingida às crianças e desejaria espontaneamente mantê-los afastados dela. Claro, mas no passado os pequenos camponeses observavam os animais da quinta (xácara-br) —nem sempre muito ternos e morais— hoje em dia os pequenos estudantes estão convencidos de que os animais só se acasalam para perpetuar a espécie e assistem a filmes —nem sempre muito ternos e morais— nos seus “smartphones” (celulares-br). Historicamente, a maior parte dos regimes autoritários começaram por censurar a pornografia antes de se dedicarem a atacar as ideias políticas. Ora, é muito menos arriscado para todos instituir procedimentos de controlo parental do que abrir caminho à perda das nossas liberdades.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Notas finais: um grande passo atrás foi dado em 1990 com as leis europeias reprimindo o «negacionismo», depois nos anos 2000 com os privilégios acordados às redes sociais, e por fim nos anos 2010 com as agências de notação (ou rating)</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Ter-se-ia compreendido que existissem leis reprimindo formas de reabilitação do regime racial nazista, mas não que elas se erijam em guardiãs da Verdade. Sobretudo, e esse é o ponto mais importante, estas restabeleceram penas de prisão para os transgressores. É, pois, possível hoje na Europa acabar na prisão por causa das suas ideias.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Os fóruns Internet (entre os quais o Twitter, Facebook, Instagram ou YouTube) obtiveram um incrível privilégio nos Estados Unidos a fim de conquistar o mundo. São considerados simultaneamente como portadores de informação (como os Correios) e reguladores da informação que veiculam; como se os Correios tivessem o direito de ler o que encaminham e de censurar o que lhes desagrada. Assegurando que não passam de portadores neutros, estes fóruns protegem o anonimato dos seus clientes. Segue-se que eles veiculam entre as suas mensagens algumas que dão origem à prática de crimes e de delitos, injuriosos e difamatórios, e dos quais encobrem os autores. Enquanto em matéria de imprensa escrita, o editor que recuse revelar o nome do seu cliente é considerado como responsável pelas declarações que imprimiu, estes «portadores de informação» erigem-se como «reguladores» das mesmas. Por um lado, recusam continuamente revelar os nomes dos culpados, por outro destroem soberanamente as contas que julgam contrárias às suas ideias. Ao fazê-lo, erigem-se em juízes, sem leis, sem debates, nem apelos.</p><p style="line-height: 23px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">Em 28 de Maio de 2020, o Presidente Donald Trump retirou-lhes este privilégio abrindo a via para uma regulação pela Justiça, mas é pouco provável que o Congresso dos Estados Unidos transforme esta decisão do Executivo em lei. Tanto mais porque os proprietários destes fóruns criaram já com a OTAN agências de classificação dos sítios Internet que escapam ao seu controle (entre elas a NewsGuard). Trata-se, para eles, de enterrar as más línguas nas profundezas dos motores de busca até os fazer desaparecer. A arbitrariedade e a censura estão de volta.</p></div><div class="clear" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;"></div><div class="article-text-author" style="margin: 7px 0px 10px; padding: 0px; text-align: right;"><a href="https://www.voltairenet.org/auteur29.html?lang=pt" style="color: #848080; font-family: Georgia; font-size: 16px; font-style: italic; line-height: 18px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none;"><span lang="fr" style="margin: 0px; padding: 0px;">Thierry Meyssan</span></a></div><div class="clear" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;"></div><div class="article-text-translator" style="font-size: 13px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 7px 0px; width: 403.188px;">Tradução<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><a href="https://www.voltairenet.org/auteur125500.html?lang=pt" style="border-bottom: 1px dotted rgb(179, 179, 179); color: #3a3a3a; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none;" title="Alva">Alva</a></div><div class="article-text-translator" style="font-size: 13px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 7px 0px; width: 403.188px;"><br /></div><div class="article-text-translator" style="font-size: 13px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 7px 0px; width: 403.188px;">aqui:<a href="https://www.voltairenet.org/article211890.html">https://www.voltairenet.org/article211890.html</a></div></div>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-5413859326078024892020-10-16T11:04:00.001+01:002020-10-16T11:04:24.785+01:00A agenda global de Bill Gates – Como podemos resistir à sua guerra contra a vida <p> <span style="font-size: large;">
</span></p><div align="right"><span style="font-size: large;">
<b>
por Vandana Shiva
<a href="https://resistir.info/pandemia/agenda_bill_gates.html#asterisco">[*]</a>
</b>
</span></div><span style="font-size: large;">
<p align="justify">
<img align="right" alt="Bill Gates, cartoon de Ben Garrison." height="292" src="https://resistir.info/pandemia/imagens/bill_gates_vacinas.jpg" width="400" />
<i>
Ao olhar para o futuro, num mundo de Gates e dos Barões da Tecnologia,
vejo uma humanidade que está ainda mais polarizada, com grande
número de pessoas "descartáveis", que não
têm lugar no novo Império. Aqueles que estão
incluídos no novo Império serão pouco mais do que escravos
digitais.
</i>
<br />
<br />
Em março de 2015, Bill Gates mostrou uma imagem de uma espécie
viral de gripe, durante uma
<i>
TED Talk
</i>
[Conversas sobre Tecnologia, Entretenimento e Planeamento, realizadas por uma
fundação dos EUA], e disse à audiência que era assim
que seria a maior catástrofe do nosso tempo. A verdadeira ameaça
à vida, disse ele, "
<i>
<a href="https://www.ted.com/talks/bill_gates%20_the_next_outbreak_we_re_not_ready" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> não são os mísseis, mas os micróbios</a>
</i>
". Quando, cinco anos depois, a pandemia do coronavírus varreu a
Terra como um tsunami, ele reviveu a linguagem de guerra, descrevendo a
pandemia como
<i>
"uma guerra mundial".
</i>
<br />
<br />
<i>
"A pandemia do coronavírus coloca toda a humanidade contra o
vírus",
</i>
disse ele.
<br />
<br />
Na verdade, a pandemia não é uma guerra. A pandemia é uma
<i>
consequência
</i>
da guerra. Uma guerra contra a vida. A mente mecânica ligada à
máquina de extração de dinheiro criou a ilusão dos
humanos como separados da natureza, e a natureza como matéria-prima
morta e inerte a ser explorada. Mas, na verdade, fazemos parte do bioma. E
somos parte do viroma. O bioma e o viroma somos nós. Quando travamos uma
guerra contra a biodiversidade das nossas florestas e das nossas fazendas e nos
nossos nervos, travamos uma guerra contra nós mesmos.
<br />
<br />
A emergência sanitária do coronavírus é
inseparável da emergência sanitária da
extinção, da emergência sanitária da perda de
biodiversidade e da emergência sanitária da crise
climática. Todas essas emergências estão enraizadas numa
visão mecanicista, militarista e antropocêntrica do mundo, que
considera os humanos separados de – e superiores a – outros seres.
Seres que podemos possuir, manipular e controlar. Todas essas emergências
estão enraizadas num modelo económico baseado na ilusão de
um crescimento e uma ganância ilimitados, que violam as fronteiras
planetárias e destroem a integridade dos ecossistemas e das
espécies individuais.
<br />
<br />
Novas doenças surgem porque uma agricultura globalizada, industrializada
e ineficiente invade habitats, destrói ecossistemas e manipula animais,
plantas e outros organismos, sem respeitar a sua integridade ou a sua
saúde. Estamos ligados em todo o mundo através da
disseminação de doenças como o coronavírus, porque
invadimos as casas de outras espécies, manipulamos plantas e animais
para obter gananciosos lucros comerciais e cultivamos monoculturas. À
medida que cortamos florestas, transformamos fazendas em monoculturas
industriais que produzem produtos tóxicos e nutricionalmente vazios,
à medida que as nossas dietas se degradam por meio do processamento
industrial, com produtos químicos sintéticos e engenharia
genética, e à medida que perpetuamos a ilusão de que a
terra e a vida são matérias-primas a serem exploradas para obter
lucros, estamos de facto a conetarmo-nos. Mas em vez de nos conetarmos numa
continuidade saudável, protegendo a biodiversidade, a integridade e a
auto-organização de todos os seres vivos, incluindo os humanos,
estamos a conetarmo-nos através de doenças.
<br />
<br />
<a href="https://resistir.info/pandemia/agenda_bill_gates.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> De acordo com a Organização Internacional do Trabalho</a>
<i>
, "1.600 milhões de trabalhadores da economia informal
(representando os mais vulneráveis no mercado de trabalho), de um total
mundial de 2.000
milhões, e uma força de trabalho global de 3.300 milhões
sofreram danos massivos na sua capacidade de ganhar a vida. Isto deve-se a
medidas de confinamento e/ou porque trabalham nos setores mais afetados".
</i>
De acordo com o Programa Alimentar Mundial,
<a href="https://www.washingtonpost.com/opinions/2020/04/22/covid-19-could-detonate-hunger-pandemic-with-millions-risk-world-must-act/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> 250 milhões de pessoas serão empurradas para a fome e 300 mil poderão morrer todos os dias</a>
. Estas também são pandemias que estão a matar pessoas.
Matar não pode ser uma receita para salvar vidas.
<br />
<br />
A saúde tem a ver com vida e os sistemas vivos. Não há
<i>
"vida"
</i>
no paradigma da saúde que Bill Gates e o seu gangue estão
a promover e a impor ao mundo inteiro. Gates criou alianças globais para
impor, de cima a baixo, análises e prescrições para
problemas de saúde. Ele dá dinheiro para definir os problemas e,
então, usa a sua influência e dinheiro para impor as
soluções. E, no processo, ele fica mais rico. O seu
<i>
"financiamento"
</i>
resulta numa erosão da democracia e da biodiversidade, da
natureza e da cultura. A sua
<i>
"filantropia"
</i>
não é apenas
<i>
filantrocapitalismo.
</i>
É
<i>
filantroimperialismo.
</i>
<br />
<br />
A pandemia do coronavírus e o confinamento revelaram ainda mais
claramente como estamos a ser reduzidos a objetos, para sermos controlados, com
os nossos corpos e mentes como novas colónias a serem invadidas. Os
impérios criam colónias, as colónias cercam os bens comuns
das comunidades indígenas e transformam-nos em fontes de
matéria-prima a ser extraída para dar lucros. Esta lógica
linear e extrativa é incapaz de ver as íntimas
relações que sustentam a vida no mundo natural. É cega
para com a diversidade, os ciclos de renovação, os valores de dar
e partilhar e para com o poder e o potencial da auto-organização
e da mutualidade. É cega para o desperdício que cria e para a
violência que desencadeia. O prolongado confinamento do
coronavírus tem sido um laboratório experimental para um futuro
sem humanidade.
<br />
<br />
Em 26 de março de 2020, num pico da pandemia do coronavírus e no
meio do confinamento, a Microsoft obteve uma patente da
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). A patente
WO 060606 declara que
<i>
"A atividade do corpo humano associada a uma tarefa proporcionada a um
utilizador pode ser usada num processo de procura de um sistema de
criptomoeda...".
</i>
<br />
<br />
A
<i>
"atividade corporal"
</i>
que a Microsoft deseja usar inclui a radiação emitida pelo
corpo humano, atividades cerebrais, fluxo de fluidos corporais, fluxo
sanguíneo, atividade orgânica, movimentos corporais, tais como o
movimento dos olhos, os movimentos faciais e musculares, bem como quaisquer
outras atividades que possam ser detetadas e representadas por imagens, ondas,
sinais, textos, números, graus ou qualquer outra
informação ou dado.
<br />
<br />
<img align="right" alt="Sistema de criptomoeda utilizando dados da actividade corporal." height="400" src="https://resistir.info/pandemia/imagens/criptomoeda.jpg" width="308" />
A patente é uma afirmação de propriedade intelectual sobre
os nossos corpos e mentes. No colonialismo, os colonizadores atribuem a si
próprios o direito de tomar as terras e os recursos dos povos
indígenas, de extinguir as suas culturas e soberania e, em casos
extremos, de os exterminar. A patente
<a href="https://patentscope.wipo.int/search/en/detail.jsf?docId=WO2020060606" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> WO 060606</a>
é uma declaração da Microsoft de que os nossos corpos e
mentes são as suas novas colónias. Somos minas de
<i>
"matéria-prima"
</i>
– os dados extraídos dos nossos corpos. Em vez de seres
soberanos, espirituais, conscientes e inteligentes, tomando decisões e
escolhas com sabedoria e valores éticos sobre os impactos das nossas
ações no mundo natural e social do qual fazemos parte, e com o
qual estamos intimamente relacionados, somos
<i>
"utilizadores".
</i>
Um
<i>
"utilizador"
</i>
é um consumidor sem escolha no império digital.
<br />
<br />
Mas essa não é a visão total de Gates. Na verdade,
é ainda mais sinistra – colonizar as mentes, os corpos e os
espíritos dos nossos filhos ainda antes de terem tido a oportunidade de
compreender como é e como se sente a liberdade e a soberania,
começando pelos mais vulneráveis.
<br />
<br />
Em maio de 2020, o governador Andrew Cuomo, de Nova York, anunciou uma parceria
com a Fundação Gates para "
<i>
reinventar a educação
</i>
". Cuomo chamou visionário a Gates e argumentou que a pandemia
criou
<i>
"um momento na história em que podemos realmente incorporar e
promover as ideias [de Gates] ... todos esses prédios, todas essas salas
de aula físicas – por que não, com toda a tecnologia que
possuímos?"
</i>
<br />
<br />
Na verdade, Gates tem tentado desmantelar o sistema de educação
pública dos EUA, desde há duas décadas. Para ele, os
estudantes são minas de dados. É por isso que os indicadores que
promove são a frequência, a matrícula na faculdade e as
notas num teste de matemática e leitura, porque estes podem ser
facilmente quantificados e pesquisados. Na (re)imaginação da
educação, as crianças serão monitorizadas por meio
de sistemas de vigilância para verificar se estão atentas enquanto
são forçadas a ter aulas remotamente, sozinhas em casa. A
distopia é aquela em que as crianças nunca voltam às
escolas, não têm oportunidade de brincar, não têm
amigos. É um mundo sem sociedade, sem relacionamentos, sem amor e sem
amizade.
<br />
<br />
Ao olhar para o futuro, num mundo de Gates e dos Barões da Tecnologia,
vejo uma humanidade que está ainda mais polarizada, com grande
número de pessoas "
<i>
descartáveis
</i>
", que não têm lugar no novo Império. Aqueles que
estão incluídos no novo Império serão pouco mais do
que escravos digitais.
<br />
<br />
Ora, podemos resistir. Podemos semear um outro futuro, reforçar as
nossas democracias, reivindicar os nossos bens comuns, regenerar a terra como
membros vivos de uma Família Terrestre Única, rica na nossa
diversidade e liberdade, unida na nossa unidade e inter-relacionamento.
É um futuro mais saudável, pelo qual devemos lutar e reivindicar.
<br />
<br />
Estamos à beira da extinção. Permitiremos que a nossa
humanidade como seres vivos, conscientes, inteligentes e autónomos seja
extinta por uma máquina de ganância que não conhece limites
e é incapaz de interromper a sua colonização e
destruição? Ou vamos parar a máquina e defender a nossa
humanidade, liberdade e autonomia para proteger a vida na Terra?
<br />
</p>
<b>
<a name="asterisco">[*]</a>
Autora de
<a href="https://www.bookdepository.com/Oneness-vs-1-Vandana-Shiva/9781780265131?ref=grid-view&qid=1602693112821&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> <i>Oneness vs. the 1%: Shattering Illusions, Seeding Freedom </i></a>
<i>
(Unidade contra os 1%: Estilhaçando ilusões, semeando
liberdade),
</i>
Chelsea Green Publishing, 2020.
<br />
<br />
O original encontra-se em
<a href="https://www.counterpunch.org/2020/09/24/bill-gates-global-agenda-and-how-we-can-resist-his-war-on-life/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.counterpunch.org/...</a>
e a tradução de PAT em
<br />
<a href="https://pelosocialismo.blogs.sapo.pt/a-agenda-global-de-bill-gates-e-como-109981" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> pelosocialismo.blogs.sapo.pt/a-agenda-global-de-bill-gates-e-como-109981</a>
</b>
<br />
<br />
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.
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</span><p></p>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-27036311474007865542020-10-06T21:38:00.005+01:002020-10-06T21:38:39.361+01:00<p><a href="https://www.corbettreport.com/i-am-a-conspiracy-theorist/">https://www.corbettreport.com/i-am-a-conspiracy-theorist/</a><br /></p>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-27818558777834604742020-09-07T10:22:00.002+01:002020-09-07T10:22:30.339+01:00O CONCÍLIO DOS PREDADORES OU O VÍRUS COMO “JANELA DE OPORTUNIDADE”<p> </p><div itemprop="image" itemscope="" itemtype="https://schema.org/ImageObject">
<figure class="mb30"><img alt="" class="img-fluid" height="277" src="https://www.oladooculto.com/noticias/1599336616_davos2001.jpg" width="491" />
<figcaption></figcaption></figure>
</div>
<p class="small"> 2020-09-05</p><span><p><strong>José Goulão, Exclusivo O Lado Oculto/AbrilAbril</strong></p><p><strong>Quando
a elite dos predadores que conduziram o mundo ao estado desgraçado em
que se encontra se propõem agora salvá-lo tirando proveito da “janela de
oportunidade” que é a pandemia de COVID-19 podemos deduzir que há
nuvens ainda mais negras no horizonte.</strong></p><p>The Great Reset, o
Grande Reinício ou a Grande Restauração, como preferirem, é o tema da
próxima reunião do Fórum Económico Mundial (FEM), a grande cimeira dos
principais agentes globais do neoliberalismo que decorre anualmente em
Davos na Suíça, a realizar em Janeiro de 2021.</p><p>“Precisamos de
renovar todos os aspectos das nossas sociedades e da economia, desde a
educação aos contratos sociais e condições de trabalho”, explica o
presidente do FEM, o multimilionário alemão Klaus Schwab, a propósito do
tema central da próxima reunião. O anúncio da agenda aconteceu em Junho
passado e teve a colaboração de figuras extremamente recomendáveis para
a sanidade do planeta como são o príncipe Carlos, herdeiro do trono de
Inglaterra, o secretário-geral da ONU, António Guterres, a chefe em
funções do FMI, Kristalina Georgieva, os presidentes da BP, da
Mastercard, da Microsoft, entre outros. “Precisamos de um grande
reinício do capitalismo”, resume Schwab em nome do FEM, entidade que se
considera uma “organização internacional para a cooperação
público-privada”; uma definição que assenta também muito bem a outras
instâncias como o Grupo de Bilderberg e até o Evento 201, acontecimento
com dotes de adivinhação pois conseguiu em Outubro de 2019 prever a
pandemia de um “coronavírus SARS-CoV-2” que só veio a ser proclamada
mais de três meses depois.</p><p><strong>“Business as usual já não funciona”</strong></p><p>Depois
de no início de 2020 ter discutido as repercussões pandémicas do novo
coronavírus quando na altura havia apenas 150 casos confirmados –
revelando dotes de presciência absolutamente esmagadores – o Fórum
Económico Mundial prepara agora o “grande reset” do capitalismo
neoliberal.</p><p>“A pandemia”, explica Schwab, “representa uma rara mas
estreita janela de oportunidade para reflectir, reimaginar e redefinir o
nosso mundo de modo a criar um futuro mais saudável, mais justo, mais
próspero”. E recorrendo a um relatório do FEM sobre o tema da próxima
cimeira do neoliberalismo, intitulado “Futuro da Natureza e dos
Negócios”, fica a saber-se que o COVID-19 é “uma oportunidade para mudar
a forma como comemos, vivemos, crescemos, construímos e alimentamos as
nossas vidas de modo a alcançar uma economia neutra em carbono,
‘positiva para a natureza’ e contra a perda de biodiversidade até 2030”.
Óptimas intenções, sem dúvida, manifestadas por grandes responsáveis
pela destruição do planeta.</p><p>O suposto combate às alterações
climáticas e o aproveitamento das potencialidades da chamada “Quarta
Revolução Industrial” – conceito exposto pelo próprio presidente do FEM
em 2015 – são plataformas essenciais para relançamento do capitalismo
para lá dos grandes negócios realizados segundo as abordagens habituais,
uma vez que, de acordo com um outro relatório do mesmo Fórum, a máxima
do “business as usual já não funciona”.</p><p>Pelo que depois de
admitirem a falência do ultraliberalismo e consequente apodrecimento do
planeta em várias frentes, incluindo a ambiental, os grandes predadores
preparam-se agora para surgir como seus salvadores em pleno Inverno
negro decorrente das segunda, terceira, quarta ou enésimas vagas de
COVID-19 e respectiva exploração em termos de pânico social.</p><p>Os
que depauperam a Terra e os seus habitantes ao mesmo tempo que
enriquecem de maneira obscena – nunca as fortunas dos predadores
cresceram tão rapidamente como nestes tempos de pandemia – são os mesmos
que vão surgir como salvadores prometendo um futuro risonho construído
por um capitalismo autorregenerado. Acredite quem quiser, quem não
pensa, quem se deixa intoxicar pela comunicação corporativa.</p><p><strong>“Bem-vindos a 2030”</strong></p><p>Já existem visões desse futuro localizado à escassa distância de dez anos.</p><p>“Bem-vindos
a 2030! Sou dono de nada, não tenho privacidade e a vida nunca foi
melhor” – eis o título de um texto exposto no website oficial do Fórum
Económico Mundial, bastante anterior à pandemia mas partindo do
princípio de que “janelas de oportunidade” como esta iriam surgir.</p><p>Um
futuro erguido através da “Quarta Revolução Industrial”, isto é,
supercomputação, robotização, inteligência artificial e utilização sem
entraves dos dados pessoais dos cidadãos, que assim abdicariam da sua
privacidade em troca de uma “vida melhor” onde cada bem é transformado
num serviço comercial tutelado, naturalmente, pelos predadores de
sempre. Novos negócios, sem dúvida.</p><p>O artigo citado remete, aliás,
para uma sessão da reunião do Fórum de Davos de 2017 na qual o tema em
debate foi “…E se a privacidade se tornar um bem de luxo?”</p><p>Através
destes caminhos não é difícil deduzir aonde irão desaguar os milhentos
exercícios de caça aos dados pessoais, de identificação centralizada, de
perseguição de todos nós e de que a aplicação “Stay Away COVID”, tão
recomendada pelo senhor primeiro-ministro como exercício “de cidadania”,
é apenas uma faixa de uma muito ampla autoestrada sem fim.</p><p>Novos
negócios vão sucedendo assim aos velhos e desgastados, ao ritmo da
apropriação da vertiginosa inovação tecnológica por uma rede
público-privada com malha cada vez mais fina na qual os cidadãos são
apanhados até deixarem de se debater, submetidos então à tal prometida
“vida que nunca foi melhor”.</p><p>E o Fórum Económico Mundial é a grande feira global onde se centraliza a construção desse “novo futuro”.</p><p><strong>Como funciona?</strong></p><p>O
FEM é uma realidade muito mais vasta do que a cimeira anual
propriamente dita. A organização tem uma “inteligência estratégica”
elaborada com a participação de instituições de cariz global, algumas
das quais têm estado particularmente em evidência nestas eras de
pandemia, o que torna obrigatório reflectir muito para lá das peripécias
do vírus e respectivos aproveitamentos. Entre essas entidades figuram,
por exemplo, a Universidade de Harvard, o Instituto de Tecnologia do
Massachusetts (MIT), o Imperial College de Londres, o Centro John
Hopkins, a Universidade de Oxford, o Conselho Europeu de Relações
Externas e os plutocratas/filantropos/fundações do costume como Bill
Gates, George Soros, Rockfeller, Ford, Johnson & Johnson e alguns
outros – instituições que estão presentes em tudo o que mexe no mundo à
escala global, desde a guerra das vacinas às “revoluções coloridas” ou
mesmo até ao “damos o golpe quando e onde for preciso”. A frase,
recorda-se, pertence a Elon Musk, o fundador da Tesla e, por sinal, o
plutocrata cuja fortuna tem crescido a maior velocidade durante a
pandemia.</p><p>O FEM tem, portanto, os seus “parceiros”, empresas e
outras instituições que “moldam o futuro por meio de ampla colaboração
para o desenvolvimento e implementação das propostas do Fórum e do
diálogo público-privado”. Os “parceiros”, para o serem, devem “alinhar
com os valores do Fórum”, leia-se as normas do ultraliberalismo
estatuídas no “Consenso de Washington” nas suas versões clássica ou
“regenerada”.</p><p>Os materiais e iniciativas do FEM não escondem o
potencial representado pela pandemia de COVID-19 como “janela de
oportunidade”. A rede de inteligência estratégica do Fórum produziu uma
extensa e pormenorizada Plataforma de Acção COVID, definida como
“governo global para resposta à pandemia (…) moldando o futuro no século
XXI desde os media às vacinas”. Ou, por outras palavras, de como levar
as pessoas pelos caminhos que interessam aos predadores transformados em
salvadores enquanto refinam e ampliam a exploração e o controlo
centralizado da sociedade globalizada.</p><p>O Fórum Económico Mundial
não actua por sua conta e risco na definição das agendas das cimeiras,
mesmo tratando-se de uma ampla rede que interliga os principais agentes
do neoliberalismo global.</p><p>O anúncio do “Great Reset” do
capitalismo como tema da reunião de Janeiro de 2021 em Davos, feito em 3
de Junho deste ano, foi seguido, seis dias depois, pelo lançamento de
um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) intitulado “da
grande quarentena à grande transformação”.</p><p>Conhecendo-se, através
de vasta experiência, como actua o FMI, percebe-se de que “grande
transformação” fala e do papel desempenhado pela “grande quarentena” no
seu lançamento.</p><p>Quando lhe disserem, caro leitor, que as
abordagens críticas da narrativa oficial da pandemia de coronavírus são
frutos “de teorias de conspiração” recorde-se de que o neoliberalismo vê
nela uma “janela de oportunidade” para novos e rentáveis negócios que
assentam ainda mais na especulação e no controlo dos cidadãos do que na
economia real.</p><p>Se ainda assim tiver dúvidas lembre-se do que o Fórum Económico Mundial e o FMI andam a tramar.</p><p> </p><p>aqui:<a href="https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=853">https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=853</a></p></span>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-75008652512468628232020-08-21T11:42:00.000+01:002020-08-21T11:42:26.100+01:00OPERAÇÃO “MUDANÇA DE REGIME” EM CURSO NA BIELORRÚSSIA<p> </p><div itemprop="image" itemscope="" itemtype="https://schema.org/ImageObject">
<figure class="mb30"><img class="img-fluid" height="224" src="https://www.oladooculto.com/noticias/1597689878_russosemminsk01.jpg" width="400" />
<figcaption>Polícia bielorrussa prende alguns dos 33 mercenários da
empresa de segurança russa Wagner já detidos em Minsk entre os
manifestantes "pacíficos"</figcaption></figure>
</div>
<p class="small"> 2020-08-17</p><span><p><strong>Louise Nyman, Minsk; Exclusivo O Lado Oculto</strong></p><p><strong>Obviamente
é uma “revolução colorida” posta em movimento pelas habitais agências
norte-americanas de “mudança de regime”, com apoio activo da União
Europeia. Nada do que acontece actualmente em Minsk, na Bielorrússia, é
novo: já foi observado na Geórgia, no Cazaquistão, na Moldávia, nas
“primaveras árabes”, durante mais de vinte anos na Venezuela, na
Nicarágua e, claro, sobretudo na Praça Maidan, em Kiev. Não se trata,
mais uma vez, de instaurar a “democracia”, como proclamam os
manifestantes, certamente muitos na sua ingenuidade manipulada por
eficazes e dispendiosos instrumentos de propaganda; pretende-se criar um
regime ao serviço do Departamento de Estado de Washington, de Bruxelas e
da NATO para instalar um novo posto avançado do cerco à Federação Russa
nas suas próprias fronteiras. Nem que essa “democracia” seja imposta
por forças militarizadas nazis, como acontece na Ucrânia e já se
vislumbra em Minsk.</strong></p><p>As eleições presidenciais na
Bielorrússia realizadas em 9 de Agosto e que deram a vitória ao actual
titular do cargo, Alexandre Lukachenko, foi o pretexto para o
relançamento do velho plano de Washington e Bruxelas no sentido de
desestabilizar a região e o país. Como se esperava mesmo muito antes de
anunciados os resultados, e até da realização das eleições, os Estados
Unidos e a União Europeia apressaram-se a descredibilizar os números
apresentados, abstendo-se até de apresentar quaisquer provas dos seus
pareceres definitivos e contribuindo para acelerar os protestos de uma
oposição fragorosamente derrotada. Mesmo que os 80% de Lukachenko
anunciados oficialmente sejam fruto de manipulações grosseiras – o que
está ainda longe de provado, nem parece ser uma prioridade dos sectores
que já contestavam os resultados antes de os conhecer – a prestação da
candidata oposicionista ficou muito longe de uma situação que lhe
permita proclamar vitória.</p><p>Os Estados Unidos e os seus aliados
directamente envolvidos neste processo de mudança de regime,
designadamente a Polónia, a Lituânia e a República Checa, preparam há
meses o processo de desestabilização com os olhos postos na oportunidade
criada pela realização de eleições presidenciais. Agências
norte-americanas que servem de base para as “revoluções coloridas”, como
a USAID e a NED, há muito que actuam em Minsk criando as plataformas
favoráveis à “democracia” e à “liberdade” capazes de convergir numa
mudança de regime que sirva essencialmente os interesses militares
expansionistas da NATO.</p><p>As campanhas contra a Bielorrússia têm
sido constantes, pois há muitos anos que Lukachenko é qualificado pela
propaganda ocidental, reflectida na comunicação social corporativa, como
o “último ditador da Europa”. Este slogan ignora o apoio popular do
presidente e do governo em eleições sucessivas, uma prova flagrante da
lógica oportunista que caracteriza os frequentes processos
intervencionistas: se os resultados eleitorais agradam a Washington, o
acto eleitoral é considerado impecável; caso contrário, correspondem à
manipulação efectuada por governos que têm de ser afastados. Nada de
diferente, aliás, do que tem acontecido nos últimos tempos na Venezuela e
na Nicarágua, onde aliás vêm agora a lume novas provas de tentativas
golpistas em curso com os suspeitos do costume.</p><p><strong>O neoliberalismo não admite ser contrariado</strong></p><p>Uma
das obsessões que tem inquietado Washington e Bruxelas ao longo dos
anos é o facto de a Bielorrússia ser um país que preservou sistemas
sociais soviéticos, designadamente nos domínios da saúde, educação e
segurança social, além de ter mantido a propriedade pública sobre as
principais estruturas produtivas do país. Isto é, Minsk tem resistido às
“reformas” que estão agregadas ao Consenso de Washington e às actuações
do FMI e do Banco Mundial para instauração do regime neoliberal. Esse é
um dos grandes problemas criados por Lukachenko, independentemente de a
sua gestão ter vindo a dar sinais de estagnação.</p><p>Acresce que os
planos neoliberais em relação a este país não são de agora. Na
Bielorrússia, as sanções económicas, as pressões e os efeitos
decorrentes de decisões adversas dos países ocidentais já remontam aos
tempos das administrações Bush, prosseguindo com Obama e Trump. A
Bielorrússia fez sempre parte da lista dos países-alvo de “revoluções
coloridas” que entretanto foram acontecendo na Geórgia, na Ucrânia, no
Quirguistão, na Moldávia – onde a maioria eleitoral absoluta do Partido
Comunista foi invalidada pela imposição da arbitrariedade política – no
Cazaquistão e em outras antigas repúblicas soviéticas.</p><p>A
implicação da Polónia, da Lituânia e da República Checa nesta crise
artificial é evidente e sustentada pela acção dos Estados Unidos com
base nas citadas USAID e NED e pelo aparelho de propaganda da Rádio
Europa Livre, que vem dos primórdios da guerra fria e que chega ao
desplante de considerar o banqueiro corrupto e financiador da oposição,
Viktar Babarika, como um “filantropo”. Aliás, os “filantropos” estão na
moda e associados a todos os caminhos para o globalismo neoliberal, em
que se insere agora a tentativa de golpe na Bielorrússia.</p><p><strong>Onde se irmanam o liberalismo e o “iliberalismo”</strong></p><p>Neste
processo em Minsk actuam de maneira geminada as expressões políticas do
“liberalismo” e do “iliberalismo”, este associado a grupos saudosos do
nazismo, tal como aconteceu na Ucrânia, no projecto para criação do
habitual “caos criativo” de onde possa sair a pretendida “democracia”.
Um dos elementos mais interessantes da situação resulta do facto de
serem precisamente os sectores “iliberais” e nazis os que mais defendem o
envolvimento da NATO na “solução da crise”. Situação que levou o
governo de Lukachenko a tomar medidas de prevenção militar nas suas
fronteiras com a Lituânia e a Polónia.</p><p>O processo é alimentado
pela campanha de propaganda montada através da Rádio Europa Livre e que
encontra correspondência na imprensa corporativa global. É de notar a
perfeita sintonia pela mudança de regime manifestada pela rede de
jornais europeus corporativos ditos “de referência”, sem excepção, de
Portugal à Polónia – funcionando assim como braço da “revolução
colorida”.</p><p>Essa comunicação social, tanto “de referência” como
tabloide é unânime em apresentar as manifestações contra os resultados
eleitorais como pacíficas, o que não corresponde à realidade. Além de
outras situações que necessitam de clarificação, designadamente o
envolvimento de mercenários da empresa russa Wagner (detidos em Minsk), o
que deverá estar associado a uma acção planeada pelos serviços secretos
ucranianos, os governos ocidentais exigem a absoluta paralisação da
polícia partindo do princípio de que todo o processo é pacífico. No
entanto, tornaram-se flagrantes as acções terroristas de grupos nazis e
outros destacamentos de extrema-direita, em paralelo com os
manifestantes “liberais”, para criação do caos em Minsk e outras cidades
influentes. Entre as simbologias importadas de outras acções de
protesto não faltam sequer as “mulheres de branco” normalmente
associadas a movimentos contra Cuba.</p><p>O objectivo de criar
acontecimentos idênticos aos da Praça Maidan em Kiev, onde veio a
verificar-se que atiradores nazis foram responsáveis por vítimas
atribuídas à polícia, é cada vez mais evidente.</p><p>Todos estes
caminhos convergem na probabilidade de agravamento das sanções impostas
pelos governos ocidentais, combinada com um cerco diplomático e pressões
políticas sem limites para forçar o afastamento do governo de
Lukachenko. </p><p>Quanto à União Europeia, que contribuiu para levar
forças nazis ao governo da Ucrânia, que se absteve de condenar as
constantes acções terroristas de Kiev contra as populações russófonas,
que não se inquieta com as acções evidentemente antidemocráticas dos
regimes da Geórgia e do Azerbaijão, por exemplo, não tem grande
autoridade – nem provas - para partir do princípio de que as eleições na
Bielorrússia “não foram justas nem equilibradas”. Trata-se da mesma
União Europeia que não teve uma única atitude perante a
institucionalização da xenofobia de Estado nos países bálticos, onde as
comunidades de origem russa são consideradas de segunda, sem os mesmos
direitos que os habitantes “originários”.</p><p>A crise artificial na
Bielorrússia e a repetição do processo Maidan nada têm a ver com
liberdade e democracia. Na base dos desenvolvimentos desencadeados a
pretexto das eleições, e planeados com muita antecipação, estão o avanço
militar da NATO no Leste da Europa e o cerco à Rússia, em paralelo com a
multiplicação de centros de crise nas fronteiras russas; o desejo de
travar a aproximação entre a Rússia e a Bielorrússia no sentido de
restabelecer laços históricos e culturais; e evitar que a Bielorrússia
venha a ser, como está previsto, um dos principais ramos da Iniciativa
Cintura e Estrada (ICE) ou “Nova Rota da Seda” promovida pela China para
o desenvolvimento comercial entre o Oriente e o Ocidente.</p><p> </p><p>aqui:<a href="https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=846">https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=846</a> <br /></p></span>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-67198997556077948082020-08-04T18:59:00.005+01:002020-08-04T18:59:58.802+01:00A economia do medo e suas consequências<h2>
– Aumento significativo do desemprego
<br />
– Redução do apoio aos desempregados
<br />
– Queda de 16,5% no PIB do 2º trimestre
<br />
– Uma opinião contra a corrente
</h2>
<font size="5">
<div align="right">
<b>
por Eugénio Rosa
<a href="https://www.resistir.info/e_rosa/economia_do_medo_01ago20.html#asterisco">[*]</a>
</b>
</div>
<p align="justify">
O INE acabou de divulgar os dados da economia portuguesa referentes ao 2º
trimestre de 2020, tendo-se verificado uma quebra no PIB
<i>
(riqueza produzida no país)
</i>
de 14,1% quando comparado com a do 1º trimestre deste ano, e de 16,5%
quando comparado com o 2º Trimestre de 2019
<i>
(menos 8.760 milhões € de riqueza não criada só num
trimestre, e menos 3.200 milhões € de remuneração
não recebidas pelos trabalhadores).
</i>
E logo se levantou um coro de surpresas e de críticas quer na
comunicação social quer por parte de dirigentes políticos
por causa do descalabro económico.
<br />
<br />
As perguntas que surgem de imediato para reflexão são as
seguintes: O que poderia acontecer de diferente quando se fecham empresas e
estabelecimentos, se paralisa a economia e se manda para casa quase dois
milhões de trabalhadores? O que poderia acontecer de diferente quando se
espalha e difunde sem um mínimo de racionalidade e de equilíbrio
o medo e o pânico? Quando se assiste ao massacre diário pelos
media da população confinada em casa, de manhã à
noite, com noticias de mortes e de milhares de infetados, como se não
existissem mais doenças e mais mortes em Portugal que, com falta de
assistência médica, se multiplicaram, mas de que os media
não falam e logo não existem? E quando os números de
mortes em Portugal não eram suficientes para aumentar o medo juntava-se
os de outros países, com muito mais população? O que
poderia acontecer de diferente quando se trata uma crise de saúde desta
dimensão sem um mínimo de equilíbrio e de racionalidade? O
que estava em jogo era demasiadamente importante e sério, e com
consequências dramáticas em todas as áreas da vida dos
portugueses, que merecia ter sido tratada de uma forma mais racional, rigorosa,
equilibrada e planeada, e não deixada às "caixas"
chocantes da comunicação social nem às
declarações contraditórias dos "especialistas" e
dos responsáveis da Direção Geral da Saúde.
<br />
<br />
Embora Bernard-Henry Lévy seja um filosofo francês com quem
não me identifico, ouso transcrever algumas das suas
afirmações feitas numa entrevista recente ao semanário
<i>
Expresso,
</i>
correndo o risco de desagradar alguns leitores, pois obrigam à
reflexão por serem diferentes das ideias dominantes. Afirmou ele:
<b>
<i>
"acho ignóbil" que se ponha a questão "entre
saúde e economia. "A economia ou a vida. A bolsa ou a vida.
Voltamos a essa máxima antiga dos salteadores de estrada. É
ignóbil. Porque a economia é a vida. É a vida contra a
vida. Sabemos bem que se pararmos a economia durante demasiado tempo isso leva
ao desemprego, o desemprego leva à miséria, e a miséria
leva à morte. Portanto, não é a economia ou a vida.
É a vida contra a vida".
</i>
</b>
<br />
<br />
Em Portugal tudo isto ganhou uma gravidade maior porque para o combate ao
COVID-19, da forma como foi feito, a assistência medica a outras
doenças foi reduzida drasticamente, como os números divulgados
sobre o numero de consultas, de exames e de operações que se
deixaram de fazer provam, o que causou um aumento significativo de mortes que,
quando forem divulgadas, chocarão todos os portugueses. E BHL
acrescentou:
<i>
"o medo foi excessivo, havia uma parte desse medo irracional, insensata. E
ao
medo irracional chama-se pânico, cujos efeitos sociais não
são bons".
</i>
<b>
Na economia, afirmamos nós, os efeitos são nefastos e
dramáticos como os dados do INE já revelam.
</b>
<br />
<br />
Estamos agora com um pais – Portugal – em que o medo e o pânico
se alastrou, em que os portugueses têm medo de sair de casa e de
regressar mesmo com a segurança possível ao trabalho e em que o
teletrabalho, isolado e individualizado na maioria dos casos é trabalho
desorganizado
<i>
(segundo BHL, "o trabalho à distância é a
solidão, o tédio, a mistura do publico e privado, a ideia que
não há esfera privada fora do imperativo produtivo, é o
produtivismo, é a espionagem eletrónica dos empregados pelos
patrões").
</i>
A Administração Pública é um exemplo de
improvisação e de incapacidade do governo para dar
orientações claras, deixando tudo ao arbítrio das chefias.
O teletrabalho tornou-se a panaceia e se criou a ilusão de que o
país poderá funcionar e recuperar desta forma. Mas não
funciona nem é verdade que recuperará –. os dados do INE
acerca do PIB já provam isso
<br />
<br />
<b>
A REDUÇÃO DA RIQUEZA CRIADA NO PAÍS NO 2º TRIMESTRE
DE 2020 É DE 16,5%
<br />
DESTRUIÇÃO CRESCENTE DO APARELHO PRODUTIVO NACIONAL E DO EMPREGO
</b>
<br />
<br />
Uma das ilusões que o governo e muitos jornalistas estão
a difundir é que a crise é passageira
<i>
(para o ministro Siza Vieira: "já atingimos o pico da crise")
</i>
e que o país após a pandemia tem o seu aparelho produtivo
intacto
<i>
(diretor do ECO)
</i>
e rapidamente recuperará
<i>
(seria uma saída em
<b>
V
</b>
o que não é verdade, talvez em
<b>
U
</b>
ou
<b>
W
</b>
longos).
</i>
<br />
<br />
Ora tudo isso é uma ilusão, quando não mesmo uma mentira.
Com o medo que se instalou na sociedade portuguesa
<i>
(e o medo tem um efeito enorme na economia pois leva a quebra significativa da
produção e do consumo),
</i>
com a quebra generalizada de rendimentos dos trabalhadores
<i>
(lay-off, horários reduzidos, e desemprego)
</i>
e com o fecho de mercados externos, é evidente que a crise vai ser
prolongada e vai causar uma enorme destruição de empresas
<i>
(fecho)
</i>
que não se aguentarão por falta de vendas
<i>
(alguns chamam a isso "destruição criativa" pois
só se aguentarão as empresas mais fortes)
</i>
e também uma enorme destruição de emprego que
levará muito tempo a recuperar e muitos trabalhadores serão
excluídos definitivamente do mercado de trabalho e muitas empresas
desaparecerão.
<br />
<br />
Não compreender isto é estar cego, não tomar medidas
imediatas para reativar a economia é suicídio. O aumento do
desemprego e o fecho definitivo de muitas empresas que já se verificou
é apenas o sinal de uma crise social e económica que não
sabemos quando terminará e cuja recuperação será
mais difícil devido à desorganização que
está a causar em toda a Administração Pública.
Esta, um instrumento vital no combate à crise, antes da crise já
enfrentava graves deficiências e problemas que a crise só
multiplicou
<i>
(são necessário objetivos claros, decisões rápidas,
medidas implementadas urgentemente, investimento, nomeadamente público,
elevado, tudo isto era necessário por parte do Estado para vencer a
crise mas nada disto está a acontecer nem vai acontecer a breve trecho).
</i>
<br />
<br />
Os dados da evolução do desemprego real em Portugal do INE
<i>
(quadro 1),
</i>
que é apenas o sinal inicial da crise que vamos enfrentar, confirmam a
gravidade da situação que se procura iludir.
<br />
<br />
</p><center>
<img align="" alt="Quadro 1." height="146" src="https://www.resistir.info/e_rosa/imagens/economia_do_medo_1.gif" width="600" />
</center>
<p align="justify">
Entre março e junho de 2020, em apenas três meses,
<b>
o desemprego oficial aumentou em 4.100, mas o desemprego real subiu em 109.600,
</b>
ou seja, em 26,7 vezes mais. E isto porque o INE não considera para
cálculo do "desemprego oficial" todos os desempregados que no
período em que fez o inquérito não procuraram emprego,
apesar de serem trabalhadores no desemprego
<i>
(os chamados "inativos disponíveis" que em junho de 2020
já somavam 305.000 quase tanto como desemprego oficial),
</i>
que incluímos no cálculo do desemprego real, por serem
verdadeiros desempregados. O desemprego real atingia, no fim de jun/2020,
já 636.200 trabalhadores. O desemprego oficial do INE oculta à
opinião pública o desemprego real. O número dos que
estão a receber subsídio de desemprego é muito reduzido
como mostra o gráfico 1
<i>
(Segurança Social).
</i>
<br />
<br />
</p><center>
<img align="" alt="Gráfico 1." height="262" src="https://www.resistir.info/e_rosa/imagens/economia_do_medo_2.gif" width="604" />
</center>
<p align="justify">
Em jun/2020, o número de trabalhadores desempregados já atingia
636.200, mas o número destes que recebiam subsidio de desemprego eram
apenas 221.701. E entre maio-junho 2020 diminuiu em 3.652 apesar do
número de desempregados ter aumentado nesse mês em 20.300.
<b>
Somente 35 em cada 100 desempregados recebem subsídio de desemprego.
</b>
E o
<b>
subsídio médio de desemprego pago neste mês foi, segundo
dados da Segurança Social apenas de 504,70€.
</b>
<br />
<br />
É a miséria que se está a alastrar no país perante
a inação de um governo que nada faz de concreto para reativar a
economia
<i>
(só promete "bazucas" da UE que continuam sem disparar).
</i>
Não é com
<i>
lay-offs,
</i>
com reduções de horários de trabalho e dos
rendimentos dos trabalhadores, e moratórias que se consegue a
recuperação. Isso só prolonga a agonia e torna o final
muito mais doloroso e destrutivo.
<br />
</p><div align="right">
01/Agosto/2020
</div>
<b>
<a name="asterisco">[*]</a>
edr2@netcabo.pt
</b>
<br />
<br />
<b>
Este artigo encontra-se em
<a href="https://resistir.info/" target="_new"> https://resistir.info/</a>
.
</b>
</font>
<font size="-2">
</font>Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-13446124424296456472020-07-28T18:21:00.002+01:002020-07-28T18:21:36.554+01:00O êxito enorme mas "secreto" do Vietname socialista<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-size: large;">
</span><br />
<div align="right">
<span style="font-size: large;">
<b>
por Andre Vitchek
<a href="https://www.resistir.info/vltchek/vietname_jul20.html#asterisco">[*]</a></b></span></div>
<div align="right">
<span style="font-size: large;"><b>
</b>
</span></div>
<span style="font-size: large;">
<div align="justify">
<img align="right" alt="Hanoi." height="286" src="https://www.resistir.info/vltchek/imagens/hanoi.jpg" width="400" />
Há cerca de vinte anos, quando me mudei para Hanói, a cidade
estava sombria, cinzenta, coberta de fumaça. A guerra terminara, mas
permaneciam terríveis cicatrizes.
<br />
<br />
Eu trouxe o meu veículo com tração às quatro rodas
do Chile e insisti em conduzi-lo pessoalmente. Foi um dos primeiros SUV da
cidade. Cada vez que conduzia, era atingido por scooters, que voavam como
projéteis pelas amplas avenidas da capital.
<br />
<br />
Hanói era linda, melancólica, mas claramente marcada pela guerra.
Havia histórias, histórias terríveis do passado. Nos
"meus dias", o Vietname era um dos países mais pobres da
Ásia.
<br />
<br />
Muitos patrimónios históricos, incluindo o Santuário My
Son, no Vietname Central, eram basicamente vastos campos de minas, mesmo muitos
anos após os terríveis bombardeios dos EUA. A única
maneira de visitá-los era em veículos militares de propriedade do
governo.
<br />
<br />
O prédio onde eu morava literalmente surgiu do infame "Hanói
Hilton", a antiga prisão francesa onde os patriotas e
revolucionários vietnamitas eram torturados, violentados e executados e
onde alguns pilotos americanos capturados foram mantidos durante o que é
chamada no Vietname a Guerra Americana. Da minha janela, podia ver uma das duas
guilhotinas no pátio do que então se tinha tornado um museu do
colonialismo.
<br />
<br />
Em 2000, Hanói não tinha um único centro comercial e,
quando chegámos, o terminal do aeroporto Noi Bai era apenas um pequeno
edifício, do tamanho de uma estação de ferroviária
da província.
<br />
<br />
Naqueles dias, para o povo vietnamita, uma viagem a Bangkok parecia uma viagem
a uma galáxia diferente. Para jornalistas como eu, que moravam em
Hanói, uma viagem regular a Bangkok ou Singapura era uma necessidade
absoluta, pois quase nenhum equipamento profissional ou peças de
substituição estavam disponíveis no Vietname.
<br />
<br />
Duas décadas depois, o Vietname tornou-se um dos países mais
confortáveis da Ásia. Um lugar onde milhões de ocidentais
adorariam viver.
<br />
<br />
Sua qualidade de vida cresce continuamente. Seu modelo socialista e de
planeamento central são claramente bem-sucedidos. O Vietname parece a
China, há cerca de vinte anos. Existem magníficos passeios nas
cidades de Hue e Danang, há a construção de modernas redes
de transporte público, além de instalações
desportivas. Tudo isto contrasta fortemente com a extrema tristeza capitalista
de países como a Indonésia e mesmo a Tailândia. O povo
vietnamita conta com a melhoria constante do saneamento, assistência
médica, educação e vida cultural. Com um orçamento
relativamente pequeno, o país está em muitas
situações a par de nações muito mais ricas da
Ásia e do mundo.
<br />
<br />
Seu povo está entre os mais otimistas do mundo. Nos três anos em
que morei no Vietname, o país mudou drasticamente. A tremenda
força e determinação do povo vietnamita ajudaram a
colmatar o vazio deixado após a destruição da União
Soviética e dos outros países socialistas da Europa Oriental.
Assim como a China, o Vietname optou, com êxito, por uma economia mista,
sob a liderança do Partido Comunista.
<br />
<br />
As intensas tentativas dos EUA e de países europeus de desviar o
país do sistema socialista, usando ONGs e indivíduos patrocinados
pelo Ocidente dentro do país, foi identificada e derrotada
decisivamente. Facções pró-comunistas e
pró-chinesas dentro do governo e do Partido dominaram aqueles que
tentavam empurrar o Vietname para o Ocidente. O que se seguiu foi um sucesso
significativo, em muitas frentes.
<br />
<br />
De acordo com o relatório
<i>
Southeast Asian Globe,
</i>
publicado em 1 de outubro de 2018, "o Vietname obteve o melhor desempenho
em 151 países num estudo que
avaliou a qualidade de vida versus sustentabilidade ambiental".
<br />
<br />
Esta não é a primeira vez que o Vietname tem um desempenho
excecional, quando comparado a outros países da região e do
mundo. O artigo explica mais adiante:
<br />
<br />
"O amplo estudo, chamado "Uma boa vida para todos dentro dos limites
planetários", publicado por um grupo de investigadores da
Universidade de Leeds, argumenta que precisamos repensar dramaticamente a
maneira como vemos o desenvolvimento e a sua relação com o meio
ambiente.
<br />
<br />
"Estávamos a trabalhar basicamente com vários indicadores e
relações diferentes entre resultados sociais e indicadores
ambientais", disse Fanning ao
<i>
Southeast Asia Globe.
</i>
"Tivemos a ideia de que se estávamos a analisar indicadores
sociais, poderíamos definir um nível que seria equivalente a uma
vida boa".
<br />
<br />
A pesquisa incluiu 151 países e o Vietname mostrou os melhores
indicadores.
<br />
<br />
"Os investigadores estabeleceram 11 indicadores sociais que
incluíam satisfação com a vida, nutrição,
educação, qualidade democrática e
emprego"."Surpreendeu-nos que o Vietname se tenha saído
tão bem no geral", disse Fanning. "Podia esperar -se que fosse
a Costa Rica ou Cuba, pois o Vietname normalmente não aparece como um
herói da sustentabilidade". Fanning estava a referir-se a dois
países que os pesquisadores esperavam ter bom desempenho, já que
geralmente fornecem um bom apoio social e não viram o mesmo dano
ambiental que muitos países tiveram".
<br />
<br />
Mas este não é o único relatório que celebra o
grande sucesso do modelo socialista do Vietname. Na região do sudeste da
Ásia, o Vietname já ganhou a reputação de uma
estrela económica e social. Em comparação com o
fundamentalismo pró-mercado da Indonésia ou mesmo das Filipinas,
as elegantes cidades socialistas do Vietname projetadas e mantidas para o povo,
bem como a paisagem cada vez mais ecológica, mostram claramente qual dos
dois sistemas é superior e adequado para o povo asiático e sua
cultura.
<br />
<br />
Em tempos de graves emergências, de desastres naturais e médicos,
o Vietname também está bastante à frente de outros
países do Sudeste Asiático. Tal como Cuba e a China, tem
investido fortemente na prevenção de calamidades.
<br />
<br />
Segundo a
<i>
New Age,
</i>
os estados socialistas, incluindo o Vietname, fizeram um excelente trabalho
lutando contra o recente surto da pandemia do Covid-19:
<br />
<br />
"Países em desenvolvimento como Cuba e Vietname, com estruturas e
filosofia socialistas ou comunistas, lidam com sucesso com a pandemia do
Covid-19. Quais as as estratégias económicas e de saúde de
longo prazo por trás desse sucesso? O médico Talebur Islam Rupom
faz essa pergunta e estipula que é mais do que tempo dos Estados
investirem fortemente nos sectores da saúde para garantirem
assistência médica para todos".
<br />
<br />
"Os países com sistemas de saúde subsidiados centralmente ou
totalmente financiados estão a enfrentar a crise do Covid-19 melhor do
que qualquer outro país. Existem também várias outras
razões pro-ativas que permitem diminuir as mortes e os casos positivos.
<br />
<br />
Cuba e Vietname são dois países em desenvolvimento que se
mobilizaram rapidamente para lidar com a ameaça emergente. Apesar do
embargo e das restrições dos Estados Unidos e dos recursos
limitados, o tratamento da pandemia por Cuba pode ser um exemplo para outros.
<br />
<br />
Com uma economia menor que o Bangladesh, o Vietname também ganha
credibilidade para reiniciar a sua economia depois de erradicar o Covid-19 do
país, apesar de partilhar uma fronteira crucial com a China."
<br />
<br />
No final de maio de 2020, quando este ensaio estava a ser escrito, a
República Socialista do Vietname, com 95,5 milhões de habitantes,
registava apenas 327 infeções e zero mortes, segundo dados
fornecidos pela Universidade Johns Hopkins.
<a href="https://www.resistir.info/vltchek/vietname_jul20.html#nt"><b>[NT]</b></a>
<br />
<br />
Mesmo a revista britânica de direita,
<i>
The Economist,
</i>
não podia ignorar o grande sucesso na luta contra o Covid-19 em Estados
comunistas, como o indiano Kerala e o Vietname:
<br />
<br />
"…Com 95 milhões de pessoas, o Vietname é um lugar
muito maior. Ao lidar com o Covid-19, no entanto, seguiu um roteiro
surpreendentemente semelhante, com um resultado ainda mais impressionante. Como
Kerala, foi exposto ao vírus mais cedo e viu uma onda de
infeções em março. Os casos ativos também atingiram
o pico mais cedo, no entanto, caíram para apenas 39. Exclusivamente
entre países de tamanho remotamente semelhante e, em contraste com
histórias de sucesso mais conhecidas como Taiwan e Nova Zelândia,
ainda não sofreu uma única confirmação de
fatalidade. As Filipinas, um país próximo com aproximadamente a
mesma população e riqueza, sofreram mais de 10 000
infeções e 650 mortes.
<br />
<br />
Assim como Kerala, o Vietname recentemente enfrentou epidemias mortais, durante
os surtos globais do Sars em 2003 e da gripe suína em 2009. O Vietname e
Kerala beneficiam de um longo legado de investimentos em saúde
pública e, particularmente, nos cuidados primários, com uma
gestão forte e centralizada, um alcance institucional desde bairros da
cidade a vilas remotas, com abundância de pessoal qualificado. Não
por coincidência, o comunismo tem sido uma forte influência, como
ideologia incontestada no Vietname e como uma marca divulgada pelos partidos de
esquerda que dominam Kerala desde os anos 50".
<br />
<br />
Algumas análises, mesmo produzidas no Ocidente, chegam ao ponto de
afirmar que o Vietname já ultrapassou muitos países da
região, incluindo aqueles que são, pelo menos no papel, muito
mais ricos.
<br />
<br />
A
<i>
Deutsche Welle (DW),
</i>
por exemplo, relatava em 22 de maio de 2020:
"Adam McCarty, economista-chefe da empresa de pesquisa e consultoria
Mekong Economics, espera que o Vietname beneficie amplamente da forma como
lidou com o Covid-19. Talvez este seja um ponto de viragem no qual o Vietname
deixa o grupo de países como Camboja e Filipinas e se junta a
países mais sofisticados como Tailândia e Coreia do Sul, mesmo que
o Vietname ainda não tenha um PIB semelhante", disse McCarty
à DW de Hanói.
<br />
<br />
"Com o resto do mundo ainda sofrendo com o Covid-19, as
exportações realmente serão prejudicadas", disse
McCarty. O economista enfatizou que as coisas não podem simplesmente
voltar ao que eram. Embora o consumo interno possa aumentar nos próximos
meses, um crescimento de 5% para 2020 pode ser muito ambicioso.
"Provavelmente será mais como 3%, mas ainda é bom nestas
circunstâncias. Ainda significa que o Vietname é um vencedor".
<br />
<br />
Volto periodicamente ao Vietname. Uma coisa impressionante que noto é
que o país não tem favelas, a miséria extrema tão
comum no capitalismo brutal da Indonésia e Filipinas, mas também
no Camboja e na Tailândia. Não há miséria nas
cidades, vilas e campos vietnamitas. Isto por si só é um enorme
sucesso.
<br />
<br />
O planeamento comunista significa que a maioria dos desastres naturais e de
saúde são bem prevenidos. Quando morava em Hanói, as
vastas e densamente povoadas áreas entre o rio Vermelho e a cidade eram
inundadas anualmente. Gradualmente, o bairro foi realojado e vastas
áreas verdes foram reintroduzidas, impedindo que a água chegue
à cidade.
<br />
<br />
Passo a passo lógico, o Vietname vem implementando mudanças
projetadas para melhorar a vida dos cidadãos. Os meios de
comunicação de massa no Ocidente e na região escrevem
muito pouco sobre este "milagre vietnamita", por razões
óbvias.
<br />
<br />
Com tremendo sacrifício, os cidadãos vietnamitas derrotaram os
colonizadores franceses e depois os ocupantes dos EUA. Milhões de
pessoas desapareceram, mas uma nação nova, confiante e poderosa
nasceu. Literalmente ressuscitou das cinzas. Construiu o seu próprio
"modelo vietnamita". Agora, mostra o caminho aos países muito
mais fracos e menos determinados do sudeste da Ásia; aqueles que ainda
estão a sacrificar os seus próprios cidadãos, em
obediência aos ditames da América do Norte e da Europa.
<br />
<br />
De um dos países asiáticos mais pobres, o Vietname tornou-se um
dos mais fortes, determinados e otimistas.
<br />
</div>
<center>
</center>
</span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/HMT3NHD8x1k/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/HMT3NHD8x1k?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<span style="font-size: large;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><br />
<span style="font-size: medium;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="nt"></a> </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-size: medium;">(NT] Segundo a OMS, Situation Report de 18 de julho, o número de
casos no Vietname é de 382 e o de mortes de 0.
</span>
<br />
<br />
<b>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="asterisco">[*]</a>
Filósofo, romancista, cineasta e jornalista de
investigação.
Fez a cobertura de guerras e conflitos em dezenas de países.
Pode ser contactado através do
<a href="https://andrevltchek.weebly.com/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> seu site</a>
, do
<a href="https://twitter.com/AndreVltchek" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Twitter</a>
e do seu
<a href="https://www.patreon.com/andrevltchek" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Patreon</a>
. Escreve especialmente para a revista online
<a href="https://journal-neo.org/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> <i>New Eastern Outlook</i></a>
. As obras de Vltchek podem ser encomendadas
<a href="https://www.bookdepository.com/search?searchTerm=Andre+Vltchek&search=Find+book" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> aqui</a>
.
<br />
<br />
O original encontra-se em
<a href="http://www.informationclearinghouse.info/55358.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.informationclearinghouse.info/55358.htm</a>
</b>
<br />
<br />
<b>
Este artigo encontra-se em
<a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> https://resistir.info/</a>
.
</b>
</span>
<span>
</span></div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-23252785706212461232020-06-12T11:55:00.003+01:002020-06-12T11:55:42.115+01:00De jornalistas comprados a cientistas comprados<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-size: large;">
</span><br />
<div align="right">
<span style="font-size: large;">
<b>
por Stephen Karganovic</b></span></div>
<div align="right">
<span style="font-size: large;"><b> </b>
</span></div>
<span style="font-size: large;">
<div align="justify">
<img align="right" alt="." height="251" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/ciencia_lucrativa.jpg" width="400" />
Ambos vão em parceria, é claro. Quando, há vários
anos, o falecido Udo Ulfkotte publicou suas
revelações sobre o funcionamento interno dos corrupto media
ocidentais (impressa em inglês por uma editora menor em 2017, mas
"indisponível" desde então
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/cientistas_comprados_10jun20.html#nr">[NR]</a>
, seguida logo após pela morte conveniente por ataque cardíaco do
aparentemente saudável autor alemão de 57 anos) quem suspeitaria
que no fabuloso Ocidente processos idênticos estavam a corroer outras
áreas importantes da vida pública?
<br />
<br />
<img align="left" alt="." height="400" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/presstitutes.jpg" width="278" />
Apenas como um lembrete, como a editora aponta no seu anúncio: "O
Dr. Udo Ulfkotte, antigo editor do principal jornal diário
alemão,
<i>
Frankfurter Allgemeine Zeitung
</i>
(FAZ), tem conhecimento em primeira mão de como a CIA e a
inteligência alemã (BND) subornam jornalistas para escreverem
artigos livres da verdade e com um viés decididamente
pró-ocidental, a favor da NATO ou, por outras palavras, propaganda. No
seu livro best-seller
<i>
Jornalistas comprados ("Gekaufte Journalisten"),
</i>
o Dr. Ulfkotte explica em pormenor o funcionamento da campanha de propaganda
dos EUA e da NATO e como a falta de conformidade com ela por parte de um
jornalista pode custar-lhe a carreira".
<br />
<br />
A pandemia em curso do Coronavírus, seja lá o que for que se
pense dela, expôs uma situação na ciência ocidental
que é sinistramente análoga à que Ulfkotte descreveu
naquilo que passa como "jornalismo".
<br />
<br />
Um dos poucos cientistas nos EUA com integridade para
resistir àa intensaa pressões – que podem custar uma carreira
– para distorcer dados científicos e adaptá-los aos
requisitos de marketing de enormes empresas farmacêuticas é a
renomada microbiologista Dra. Judy Mikovits. A Dra. Mikovits desempenhou um
papel de liderança na pesquisa de HIV nos anos 80 e foi muito elogiada
na época pela sua contribuição para suprimir aquela
epidemia. Mas, apesar das suas notáveis credenciais científicas,
ela rapidamente se tornou
<i>
persona non grata
</i>
para o establishment científico comprado
<i>
(gekaufte)
</i>
quando começou a questionar algumas das verdades sagradas da actual
comoção de Corona.
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=HHpljMy9jFY" rel="noopener noreferrer" target="_blank">
"O martelo começou a cair", ela explica, "e disseram-me para negar os
dados, deturpá-los, jogá-los fora e, quando me recusei, fui demitida.
Meu laboratório foi fechado em 29 de Setembro [2019] e meus dois
gabinetes e toda a minha carreira de 30 anos e tudo, meus cadernos de
notas, foram confiscados"</a>
.
<br />
<br />
A simbiose da "Big Science"–"Big Pharma" e seu
comité executivo (infelizmente a expressão leninista funciona
melhor aqui), também conhecido como "governo", manifestou-se
vividamente no fiasco de Neil Ferguson do Oxford College, usando um modelo
matemático manipulado e desconsiderando dados concretos para fazer
aparecer um cenário de desastre fantasmagórico de pandemia que
posteriormente resultou em um genuíno desastre económico, social
e, para infelizes milhões de pessoas, de magnitude incalculável.
Numa peça desavergonhada dedicada ao charlatão Ferguson,
<a href="https://www.businessinsider.com/neil-ferguson-transformed-uk-covid-response-oxford-challenge-imperial-model-2020-4?r=MX&IR=T" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> ele foi elogiado pelo <i>Business Insider</i></a>
por ter "modelado a disseminação de todos aqueles surtos,
aconselhando cinco primeiros-ministros do Reino Unido no processo. Mas tudo
isso parece como um ensaio para 2020". Na verdade, foi isso
mesmo, como estamos a descobrir. Ficando por mencionar, é claro, o
registo assustador das consultas infelizes de Ferguson, todas as suas
previsões em epidemias anteriores (assim como a actual) que se mostraram
sempre totalmente erradas. No fim, cercado por factos irrefutáveis,
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=dBzxqSoH2Uw" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Ferguson foi obrigado a admitir</a>
, com o "maior respeito" pelos cientistas suecos, que a
Suécia havia conseguido suprimir o vírus Corona sem recorrer a
restrições severas, e ele até teve o descaramento de
acrescentar – depois de os danos causados pelas suas
recomendações se terem tornado irreversíveis – que a
Suécia havia usado "a mesma ciência que o Reino Unido"
para alcançar um resultado bem-sucedido de saúde pública a
um custo social muito menor. Mas, como disse recentemente o amigo de Ferguson,
<a href="https://www.fort-russ.com/2020/05/george-soros-coronavirus-is-a-revolutionary-opportunity-to-complete-our-goals/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> George Soros, inequivocamente e com incrível franqueza</a>
, "mesmo antes da pandemia, percebi que estávamos num momento
revolucionário em que aquilo que seria impossível ou mesmo
inconcebível em tempos normais não só se tornara
possível como provavelmente absolutamente necessário". A
agenda na verdade deve ser avançada a qualquer custo e, como observou
não há muito tempo outra pessoa do mesmo círculo
desagradável:
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Pb-YuhFWCr4" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> "ninguém quer que uma crise séria seja desperdiçada"</a>
.
<br />
<br />
E agora chegamos a uma das fontes do sistema científico comprado
<i>
(gekaufte Wisterenschaft)
</i>
da actual histeria global, revelada inesperadamente pela mais
improvável autoridade jornalística,
<a href="https://www.theguardian.com/world/2020/jun/03/covid-19-surgisphere-who-world-health-organization-hydroxychloroquine" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> <i>The Guardian</i></a>
: "Uma investigação do
<i>
Guardian
</i>
pode revelar que a companhia Surgisphere, com sede nos EUA, cujos poucos
funcionários parecem incluir um escritor de ficção
científica e um modelo de conteúdos para adultos, forneceu dados
para múltiplos estudos sobre o Covid-19, em co-autoria com o seu
director executivo, mas até agora não conseguiu explicar
adequadamente seus dados ou metodologia".
<br />
<br />
Verifica-se que o impacto desta empresa obscura sobre as políticas e
práticas de governos e organizações internacionais foi
nada menos que espectacular: "Os dados que ela afirma ter obtido
legitimamente de mais de um milhar de hospitais em todo o mundo
constituíram a base de artigos científicos que levaram a
mudanças nas políticas de tratamento do Covid-19 em países
latino-americanos. Ela também esteve por trás de uma
decisão da OMS e institutos de investigação de todo o
mundo de suspender os ensaios do controverso medicamento hidroxicloroquina.
Na quarta-feira, a OMS anunciou que estes ensaios seriam agora
retomados". Por outras palavras, o que
<i>
The Guardian
</i>
descobriu dentro do nexo científico e governamental ocidental foi um
enorme e absolutamente vergonhoso caso de fraude.
<br />
<br />
Mas não foi fraude apenas no sentido abstracto da palavra. Ela teve
consequências tangíveis no mundo real, afectando directamente a
vida e a saúde de incontáveis seres humanos.
<br />
<br />
Como quando, em 22 de Maio de 2020, e inteiramente baseado nas descobertas
"científicas" apresentadas pela Surgisphere Corporation, a
prestigiada revista médica britânica
<a href="https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)31180-6/fulltext" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>The Lancet</i>
publicou "Hidroxicloroquina ou cloroquina com ou sem um macrolídeo para
tratamento do COVID-19: uma análise de registos multinacionais"</a>
.
Isto foi descrito (e mais tarde o artigo foi
<a href="https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)31180-6/fulltext" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> desmentido</a>
misericordiosamente) como sendo um estudo observacional envolvendo
alegadamente mais de 96 mil pacientes Covid-19 hospitalizados em 671 hospitais
em seis continentes. O que não foi divulgado é o facto de que os
dois principais co-autores têm significativos e relevantes conflitos de
interesse financeiros que podem ter influenciado o que foi relatado.
<br />
<br />
Como se fosse o momento oportuno, poucos dias após a
publicação pela
<i>
Lancet
</i>
desses dados falsos, o Dr. Anthony Fauci, chefe do National Institute of
Allergy and Infectious Diseases (NIAID), referindo-se à
hidroxicloroquina, declarou na CNN: "Agora os dados
científicos são realmente bastante evidentes sobre a falta de
eficácia".
Uma campanha dos media contra a hidroxicloroquina (HCQ) criou
pânico:
ensaios clínicos destinados a testar a hidroxicloroquina para o COVID-19
foram suspensos por instituições internacionais de saúde
pública, incluindo a Organização Mundial da Saúde,
a agência reguladora do Reino Unido e o governo francês. Como
destacou Stephen Smith, médico dos EUA com integridade profissional:
<a href="http://www.stationgossip.com/2020/06/dr-stephen-smith-covid-19-patients-died.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> "pacientes com COVID-19 morreram por causa do estudo falso da <i>Lancet</i> que desacreditou a hidroxicloroquina"</a>
.
<br />
<br />
Tudo isto tem um sólido sentido financeiro, é claro. A
hidroxicloroquina é um remédio extremamente barato e amplamente
disponível, cujas receitas de vendas não encheriam os cofres de
ninguém e que não se presta a nenhuma das outras agendas de
"exploração de crises" que os srs. Soros, Gates,
Ferguson et al. podem ter em mente. A vacina injectada em processamento com que
ameaçam globalmente, no entanto, atende a todos os seus requisitos
sinistros e oferece a perspectiva de lucros sumarentos praticamente ilimitados.
Caso encerrado.
<br />
<br />
Mas isso é só uma das coisas que acontecem quando
nações e seus governos comprados permitem que patifes e
charlatães os trapaceiem.
<br />
</div>
<div align="right">
10/Junho/2020
</div>
<b> </b></span><br />
<span style="font-size: large;"><b>Ver também:
<br />
</b></span><br />
<li><span style="font-size: large;"><b>
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/surgisphere_04jun20.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">
A pressa em descartar a hidroxicloroquina com base em dados defeituosos
da Surgisphere revela falhas fundamentais da "ciência" médica baseada
no lucro</a>
<br />
</b></span></li>
<span>
</span><br />
<table border="0" cellpadding="3" cellspacing="3" style="width: 95%px;"><tbody>
<tr><td>
<li><span style="font-size: large;"><b>
<a href="https://dissidentvoice.org/2020/06/rushing-a-vaccine-to-market-for-a-vanishing-virus/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Rushing a Vaccine to Market for a Vanishing Virus – When Profits and Politics Drive Science</a>
<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">
[NR] Está disponível em
<a href="https://www.bookdepository.com/Presstitutes-Embedded-Pay-CIA-Dr-Udo-Ulfkotte/9781615770175?ref=grid-view&qid=1591836203621&sr=1-2" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Presstitutes Embedded Pay CIA</a>
(em inglês)
e em
<a href="https://www.bookdepository.com/Gekaufte-Journalisten-Udo-Ulfkotte/9783864451430?ref=grid-view&qid=1591837021050&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Gekaufte Journalisten</a>
(em alemão)
</span>
<br />
<br />
O original encontra-se em
<a href="https://www.strategic-culture.org/news/2020/06/10/from-gekaufte-journalisten-to-gekaufte-wissenschaftler/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.strategic-culture.org/...</a>
</b>
<br />
<br />
<b>
Este artigo encontra-se em
<a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> https://resistir.info/</a>
.
</b>
</span>
</li>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-45819648966421041182020-06-04T10:42:00.004+01:002020-06-04T10:42:37.501+01:00Meet Bill Gates<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/DSvhPnUgyz8/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/DSvhPnUgyz8?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
There can be no doubt that Bill Gates has worn many hats on his
remarkable journey from his early life as the privileged son of a
Seattle-area power couple to his current status as one of the richest
and most influential people on the planet. But, as we have seen in our
exploration of Gates' rise as unelected global health czar and
population control advocate, the question of who Bill Gates really is is
no mere philosophical pursuit. Today we will attempt to answer that
question as we examine the motives, the ideology, and the connections of
this man who has been so instrumental in shaping the post-coronavirus
world.</div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-83080930718242683782020-06-04T10:41:00.005+01:002020-06-04T10:41:48.610+01:00Bill Gates' Plan to Vaccinate the World<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/o7A_cMpKm6w/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/o7A_cMpKm6w?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<span class="style-scope yt-formatted-string" dir="auto">In January of 2010, Bill and Melinda Gates announced a $10 billion pledge to usher in a decade of vaccines. But far from an unalloyed good, the truth is that this attempt to reorient the global health economy was part of a much bigger agenda. An agenda that would ultimately lead to greater profits for big pharma companies, greater control for the Gates Foundation over the field of global health, and greater power for Bill Gates to shape the course of the future for billions of people around the planet.</span></div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-41272941330375038992020-06-04T10:40:00.002+01:002020-06-04T10:40:55.727+01:00How Bill Gates Monopolized Global Health<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/wQSYdAX_9JY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/wQSYdAX_9JY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
Who is Bill Gates? A software developer? A businessman? A
philanthropist? A global health expert? This question, once merely
academic, is becoming a very real question for those who are beginning
to realize that Gates' unimaginable wealth has been used to gain control
over every corner of the fields of public health, medical research and
vaccine development. And now that we are presented with the very problem
that Gates has been talking about for years, we will soon find that
this software developer with no medical training is going to leverage
that wealth into control over the fates of billions of people.</div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-24501018672190531782020-06-04T10:39:00.001+01:002020-06-04T10:39:39.539+01:00Bill Gates and the Population Control Grid<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/igx86PoU7v8/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/igx86PoU7v8?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span class="style-scope yt-formatted-string" dir="auto">The takeover of public health that we have documented in How Bill Gates Monopolized Global Health and the remarkably brazen push to vaccinate everyone on the planet that we have documented in Bill Gates' Plan to Vaccinate the World was not, at base, about money. The unimaginable wealth that Gates has accrued is now being used to purchase something much more useful: control. Control not just of the global health bodies that can coordinate a worldwide vaccination program, or the governments that will mandate such an unprecedented campaign, but control over the global population itself.</span></div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-26123709751448011462020-05-17T10:25:00.002+01:002020-05-17T10:25:28.680+01:00O papel da OMS do mundo <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h2>
– Uma organização da ONU capturada pelo capital monopolista
<br />
– O interesse da Big Pharma na vacina para o Covid-19 & o seu desinteresse
na cura dos infectados
<br />
– A medicina torna-se <i>big business</i>
<br />
– O neo-malthusianismo camuflado de Bill Gates e da classe dominante
mundial
</h2>
<span style="font-size: large;">
<div align="right">
<b>
por Larry Romanoff
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#asterisco">[*]</a></b></div>
<div align="right">
<b>
</b>
</div>
<div align="justify">
<img align="right" alt="" height="214" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/who_logo.jpg" width="400" />
Parece não haver falta de argumentos de diversas fontes bem informadas e
independentes de que a OMS tem duas funções principais, a
primeira é ser uma ferramenta para a redução da
população mundial em nome dos seus mestres e a segunda é
ser um poderoso agente de marketing para as grandes empresas
farmacêuticas – especificamente, para os fabricantes de vacinas.
Muitos
críticos apontaram que os 'especialistas em vacinação' da
OMS estão "dominados pelos fabricantes de vacinas, que se
beneficiam com os contratos enormemente lucrativos de vacinas e antivirais,
concedidos pelos governos". E, de facto, as comissões consultivas e
outras envolvidas nos programas de vacinas da OMS parecem bastante povoadas
pelos que lucram directamente com esses mesmos programas.
<br />
<br />
Também, hoje, as justificações e as
preocupações com o controlo e redução da
população estão longe de ser teorias da
conspiração, com muitas provas, algumas delas assustadoras de que
actualmente essa é, de facto, a principal agenda da OMS. Já
vimos muitos indícios concretos do envolvimento desse
órgão em ambas as áreas para justificar que devemos
ignorá-los como sendo medos inaceitáveis. Além de que
existe uma lista perturbadora de indivíduos intimamente associados
à OMS, que tiveram como projecto favorito, a redução da
população ou a vacinação em massa;
indivíduos como David Rothschild, David Rockefeller, George Soros,
Donald Rumsfeld, Bill Gates e muitos mais, e a lista inclui
organizações nacionais como o CDC, FEMA, Departamento de
Segurança Interna dos EUA, Rockefeller e Carnegie Institutes, CFR e
outros.
<br />
<br />
Baseados em todas as evidências, não é difícil
concluir que a OMS é uma empresa criminosa internacional sob o controlo
de um grupo notável, com dinastias corporativas europeias no seu centro
que, como observou um escritor, "fornece liderança
estratégica e financia o desenvolvimento, fabrico e
libertação de vírus sintéticos fabricados pelo
homem, apenas para justificar vacinas em massa imensamente lucrativas".
Vimos muitos casos de um vírus não comum e produzido,
aparentemente, em laboratório, surgir sem aviso prévio, sendo o
início seguido imediatamente por declarações urgentes e
preocupadas da OMS, de mais uma vacinação em massa
obrigatória.
<br />
<br />
Temos a produção desenfreada de vírus mortais em
laboratórios secretos ao redor do mundo e a repetida
libertação "acidental" deles em várias
populações (pensem no ZIKA) – ao que parece,
inevitavelmente, sem explicações, desculpas ou mesmo com a
aparência de ser uma investigação real, e muito menos uma
censura, acusações criminais ou civis. Também temos a
imunidade legal geral de todas as empresas farmacêuticas na
criação e propagação de agentes patogénicos
mortais através da vacinação. Quando adicionamos a esta
mistura, a história de criminalidade da OMS, como no famoso programa
internacional de esterilidade através da vacina do tétano/hCG, o
curioso momento do início da SIDA/AIDS e as múltiplas
ocorrências dos programas de vacinação da OMS que coincidem
perfeitamente com um surto repentino de outra doença invulgar nas mesmas
áreas e populações, seria necessário sermos
idealistas inabaláveis para não nos surgirem grandes suspeitas.
<br />
<br />
<b>
Vacinação da OMS e controlo da população
</b>
<br />
<br />
No início dos anos 90, a OMS esteve a supervisionar campanhas
maciças de vacinação contra o tétano na
Nicarágua, México, Filipinas, Tanzânia e Nigéria.
Todas contam uma história semelhante, uma narrativa que quase exige a
crença, mas com factos claros demais para serem refutados. O
tétano é uma doença cujo início costumamos associar
a pisar um prego enferrujado ou algo deste tipo. Deveria ficar claro que os
homens teriam maior probabilidade de defrontar-se com esta circunstância
do que as mulheres, e talvez as crianças descuidadas mais do que os
adultos, mas o programa de vacinação da OMS foi aplicado apenas a
mulheres entre os 15 e os 45 anos de idade – por outras palavras, a idade
fértil feminina. Na Nicarágua, os alvos eram mulheres dos 12 aos
49 anos.
<br />
<br />
Mais ainda, uma única injecção de tétano é
universalmente aceite como sendo suficiente para fornecer uma
duração protectora de dez anos ou mais, mas a OMS –
inexplicavelmente – insistiu em vacinar essas mulheres cinco vezes,
durante um
período de vários meses. Logo após o início desses
programas, começaram a surgir preocupações sobre abortos
espontâneos e outras complicações decorrentes
exclusivamente nas populações vacinadas. Devido a uma suspeita,
um grupo no México analisou o soro da vacina e descobriu que continha a
hormona gonadotrofina coriónica humana (hCG). Esta hormona é
fundamental para o corpo feminino durante a gravidez. Causa a
libertação de outras hormonas que preparam o revestimento uterino
para a implantação do óvulo fertilizado. Sem ela, o corpo
da mulher é incapaz de sustentar uma gravidez e o feto será
abortado. Esta hormona foi injectada nos indivíduos de sexo feminino
juntamente com o soro do tétano, fazendo com que o corpo feminino os
reconhecesse como agentes estranhos e desenvolvesse anticorpos para destruir
se, no futuro, aparecessem no corpo.
<br />
<br />
Ao engravidar, o corpo de uma mulher deixaria de reconhecer a hormona hCG como
benigna e produziria anticorpos anti-hCG, estando agora, a
vacinação anterior a induzir o sistema imunológico do seu
corpo a atacar a hormona necessária para levar o feto a termo, impedindo
gravidezes subsequentes e matando a hormona hCG necessária para
sustentá-las. O que significa que cada mulher que recebeu a
inoculação da OMS foi vacinada não só contra o
tétano, mas também contra a gravidez.
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[1]</a>
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[2]</a>
<br />
<br />
No início, a OMS negou os factos e menosprezou os resultados dos testes
iniciais, mas depois desta revelação cada país realizou
testes extensivos e, em todos os casos, a hormona hCG foi identificada como
existente no soro da vacina contra o tétano. A OMS finalmente ficou em
silêncio e interrompeu o seu programa, mas nessa altura muitos
milhões de mulheres já tinham sido vacinadas – e tornadas
estéreis.
<b>
Um facto importante é que as três marcas diferentes da vacina
anti-tetânica usadas neste projecto foram desenvolvidas, produzidas e
distribuídas em sigilo e nenhuma delas jamais tinha sido testada ou
licenciada para venda ou distribuição em qualquer lugar do mundo.
As empresas que as produziram foram os Laboratórios Connaught e
Intervex, do Canadá, e os Laboratórios CSL da Austrália.
</b>
A Connaught é a mesma empresa que, juntamente com a Cruz Vermelha
Canadiana, distribuiu conscientemente durante vários anos, produtos de
sangue contaminados pela SIDA/AIDS, na década dos anos 80, uma
organização criminosa que deveria ter sido processada
judicialmente, juntamente com os seus proprietários.
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[3]</a>
<br />
<br />
Outra prova culpabilizante que a comunicação mediática
ocidental censurou foi o facto de a OMS estar activamente envolvida durante mais
de 20 anos, no desenvolvimento de uma vacina anti-fertilidade utilizando a hCG
ligada ao toxóide tetânico como portador – precisamente a
mesma
combinação usada nessas vacinas. Segundo os próprios
relatórios da OMS, eles gastaram quase 400 milhões de
dólares neste tipo de pesquisa de "saúde reprodutiva".
Foram escritos mais de 20 artigos de pesquisa sobre este assunto, muitos deles
pela própria OMS, que documentam detalhadamente as tentativas da OMS de
criar uma vacina contra a fertilidade utilizando o toxóide
tetânico. E não foram só eles; o UNFPA, o PNUD, o Banco
Mundial e, é claro – sempre que encontramos esforços
secretos no
controlo da população – a omnipresente
Fundação
Rockefeller, estão todos aliados nesta causa, como estava o Instituto
Nacional de Saúde dos EUA. O governo da Noruega também foi
parceiro nesta farsa, contribuindo com mais de 40 milhões de
dólares para desenvolver esta vacina contra o tétano e contra o
aborto.
<br />
<br />
A Fundação Bill & Melinda Gates tem financiado fortemente a
distribuição da vacina contra o tétano em África,
através da UNICEF, que é a agência que forneceu ao
Quénia a vacina com hCG. Gates disse: "Hoje o mundo tem 6,8
mil milhões de pessoas. Está a encaminhar-se para cerca de nove
mil milhões. Se fizermos agora um trabalho excelente com novas vacinas,
serviços de saúde e serviços de saúde reprodutiva,
poderíamos diminuir esse número talvez em dez ou quinze por
cento."
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[4]</a>
A Fundação Rockefeller também financiou poderosamente
esta pesquisa e distribuição de vacinas.
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[5]</a>
Todo este procedimento traduz-se num genocídio à escala
planetária.
<br />
<br />
Examinei detalhadamente o site da OMS e descobri que havia dezenas de artigos,
muitos escritos por pesquisadores da OMS, a documentar em pormenor as
tentativas da OMS de criar uma vacina anti-fertilidade utilizando o
toxóide tetânico como transportador.
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[6]</a>
Alguns dos artigos principais incluem:
</div>
<span style="font-size: medium;">
<ul>
<li>
<a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1245131" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Clinical profile and Toxicology Studies on Four Women Immunized with Pr-B-hCG-TT</a>
,
<i>
Contraception,
</i>
February, 1976, pp. 253-268.
<br />
</li>
<li>
<a href="https://europepmc.org/article/med/7418885" rel="noopener noreferrer" target="_blank">
Observations on the antigenicity and clinical effects of a candidate
antipregnancy vaccine:B-subunit of human chorionic gonadotropin linked
to tetanus toxoid, Fertility and Sterility</a>
, October 1980, pp. 328-335.
<br />
</li>
<li>
<a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0140673688921174" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Phase1 Clinical Trials of a World Health Organisation Birth Control Vaccine</a>
,
<i>
The Lancet,
</i>
11 June 1988, pp. 1295-1298.
<br />
</li>
<li>
<a href="https://apps.who.int/iris/handle/10665/61301" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Vaccines for Fertility Regulation</a>
, Chapter 11, pp. 177-198, Research in Human Reproduction, Biennial
Report (1986-1987), WHO Special Programme of Research, Development and Research
Training in Human Reproduction (WHO, Geneva 1988) .
<br />
</li>
<li>
<a href="https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365-3083.1992.tb01634.x" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Anti-hCG Vaccines are in Clinical Trials</a>
,
<i>
Scandinavian Journal of Immunology,
</i>
Vol. 36, 1992, pp. 123-126.
</li>
</ul>
</span>
<div align="justify">
Já em 1978, a OMS estava a explorar activamente maneiras de erradicar
grande parte da população do Terceiro Mundo. Um artigo publicado
pela OMS
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[7]</a>
foi intitulado "Avaliando ... vacinas de antígeno
placentário para regulação da fertilidade". O
documento reconhecia um "progresso substancial" no seu programa
mundial de eugenia de abate de indivíduos que não pertenciam
à raça branca, mas ainda identificava "uma necessidade
urgente de uma maior variedade de métodos" para impedir a
fertilidade e declarava, com grande entusiasmo, o facto de que "a
imunização como medida profilática está agora
tão amplamente aceite", que o emprego de vacinas de
esterilização seria bastante atraente (para os que disponibilizam
as vacinas) e ofereceria "grande facilidade de
inoculação".
<br />
<br />
Se o acima mencionado não for claro, a OMS está a dizer que as
vacinas para outros fins – protecção contra doenças
– são tão comuns e amplamente aceites, que a
inoculação é provavelmente a maneira mais fácil de
esterilizar as populações dos países não
desenvolvidos. O artigo observa a acumulação de provas de que
"existem proteínas específicas do sistema reprodutivo"
que "poderiam ser bloqueadas" pelas vacinas e fornecem um novo
método de "regulação da fertilidade". Uma das
vantagens declaradas de uma vacina de esterilização é que
ela pode impedir ou interromper a implantação do óvulo
fertilizado na parede do útero e, assim, garantir que toda
concepção (não branca) resultaria num desmancho ou aborto
espontâneo, ou seja, pela utilização de uma vacina
anti-hCG. O artigo continua:
</div>
<blockquote>
<div align="justify">
"O ensaio clínico ... revelará se uma única
injecção é suficiente para atingir o nível desejado
de imunização ou se serão necessárias várias
injecções de reforço. O principal efeito desejado é
atingir um grau de imunização suficiente para: (a) neutralizar a
actividade da hormona do hCG in vivo e (b) impedir ou interromper o implante do
feto numa fase muito inicial da gravidez. Ainda não está
estabelecido se a imunização com o conjugado peptídico
βhCG causará uma neutralização biológica
irreversível do hCG ... Provavelmente, varia de indivíduo para
indivíduo. No primeiro caso, a indicação para a
imunização será restrita à
esterilização, enquanto na segunda eventualidade ... a
imunização pode ser considerada uma medida anti-fertilidade
duradoura, porém reversível".
</div>
</blockquote>
<div align="justify">
Em 17 e 18 de Agosto de 1992, a OMS elaborou um relatório intitulado
"Vacinas Reguladoras da Fertilidade", resultante de uma grande
reunião de cientistas e 'defensores da saúde das mulheres', em
Genebra, "para rever o estatuto actual do desenvolvimento de vacinas
reguladoras da fertilidade." A reunião foi uma iniciativa de um
Programa Especial conjunto de pesquisa em reprodução do PNUD,
UNFPA, OMS e do Banco Mundial. O relatório declarava: "... a
pesquisa aplicada sobre as VRF (vacinas reguladoras da fertilidade) já
dura há mais de vinte anos ..." e abordava não só as
vacinas anti-hCG que já estavam a ser submetidas a ensaios
clínicos, mas também o desenvolvimento de outras vacinas, como
uma vacina anti-GnRH, que aumentaria a infertilidade temporária devido
à amamentação.
<br />
<br />
Esta vacina também estava a ser testada em campo, na época, com a
possível intenção de empregar os dois antígenos na
mesma vacina, supondo que uma única vacina não esterilizasse
todas as vítimas. Reconheceram, igualmente, os perigos de administrar
esta vacina a mulheres que já estavam grávidas e estavam
conscientes de que, quase de certeza, os anticorpos estariam presentes no leite
e, portanto, também podiam tornar os bebés permanentemente
estéreis – com o enorme eufemismo de que essa
situação
"podia não acontecer" a todos os utentes em potencial ...
"Desde o início, os planeadores da OMS perceberam que durante as
campanhas de vacinação em massa, muitas mulheres grávidas
também seriam inoculadas com o soro anti-hCG, o que inevitavelmente
resultaria não só em esterilização, desmanchos e
abortos espontâneos, como também em distúrbios auto-imunes
incuráveis e defeitos congénitos.
<br />
<br />
O mesmo artigo continuava a afirmar: "Além das mulheres serem
imunizadas inadvertidamente durante uma gravidez estabelecida, os fetos podem
ser expostos a potenciais efeitos teratológicos da
imunização ...". Por outras palavras, a equipa da OMS
inocularia livremente mulheres grávidas e os embriões ou fetos
que não abortassem espontaneamente experimentariam um crescimento
patológico do qual resultariam vários defeitos congénitos
indefinidos. A OMS não está a pesquisar a 'saúde
reprodutiva', mas a impossibilidade reprodutiva e a sua vacina contra o
tétano-hCG não está, de forma alguma, a 'regular' a
fertilidade das mulheres, mas a tornar a sua fertilidade biologicamente
impossível, o que não é a mesma coisa. O seu
próprio artigo afirmava que a vacinação provavelmente
"provocará uma neutralização biológica
irreversível do hCG", o que significa a esterilização
permanente de mulheres inocentes que concordaram em receber
injecções da vacina de tétano.
<br />
<br />
<b>
130 MILHÕES DE MULHERES ESTERILIZADAS
</b>
<br />
<br />
Tentem compreender o que isto significa: a OMS recebeu, durante décadas,
milhões de dólares de financiamentos para pesquisas e ensaios
clínicos, a fim de produzir uma vacina anti-fertilidade que faria o
sistema imunológico de uma mulher atacar e destruir os seus
próprios bebés no útero, uma vacina que eles combinariam
secretamente com uma vacina contra o tétano, sem informar as
vítimas. Dizer que o seu engano foi bem-sucedido seria um eufemismo. A
OMS inoculou mais de 130 milhões de mulheres em 52 países com
esta vacina, esterilizando permanentemente uma percentagem muito grande delas
sem o seu conhecimento ou consentimento. Somente quando um número enorme
de mulheres em todos os países experimentou sangramento vaginal e aborto
espontâneo imediatamente após a vacinação, é
que o aditivo hormonal foi descoberto como sendo a causa. Surgiram suspeitas
quando a OMS seleccionou apenas mulheres em idade fértil e especificou
ainda a prática inédita de cinco injeções
múltiplas ao longo de um período de três meses, mas as
autoridades de saúde nesses países não desenvolvidos ainda
acreditavam nos remédios do homem branco.
<br />
<br />
Após a descoberta da hormona na vacina, os médicos nigerianos
declararam que os médicos da OMS disseram que a hormona hCG
"não teria efeito sobre a reprodução humana",
afirmações que sabiam serem falsas. Quando estas
informações chegaram a público, a OMS assumiu uma
posição ofensiva e repugnante, zombando e ridicularizando as
nações que realizaram os ensaios clínicos e revelaram a
contaminação, condenando-as como sendo incompetentes, que
possuiam laboratórios de teste "inadequados" e que utilizavam
amostras ou procedimentos inadequados. As autoridades da OMS alegaram que essas
nações não tinham "o tipo certo de laboratório
para fazer o teste. Esses laboratórios sabem, somente, como testar
amostras de urina ...". Esta é a resposta padrão das
agências, dos governos e das empresas ocidentais, quando são
apanhados com produtos adulterados.
<b>
Quando se descobriu que as bebidas da Coca-Cola, na China, continham
níveis assustadores de pesticidas e cloro, a acusação
imediata foi que os laboratórios biológicos da China eram todos
incompetentes. Quando se descobriu que o macarrão da Nestlé, na
Índia, continha quantidades perigosamente tóxicas de chumbo, os
laboratórios da Índia eram todos incompetentes.
</b>
O passo seguinte é produzir cuidadosamente algumas amostras que se
saibam não estar contaminadas, fornecê-las a um laboratório
"independente" que, inevitavelmente, as declara limpas e depois
afastar a história da primeira página.
<br />
<br />
Quando a descoberta foi consumada, muitas nações promulgaram
decretos judiciais imediatos contra os programas de vacinas da OMS e da UNICEF.
Funcionários da OMS e da UNICEF disseram que as "graves
alegações" não foram "apoiadas com provas",
o que não faz sentido. A UNICEF, a USAID e a OMS recusaram-se a
reconhecer como provas, o sangramento vaginal, as perdas e os abortos
espontâneos. Recusaram-se, igualmente, a discutir os motivos de uma
série de cinco vacinas com um espaçamento reduzido, quando uma
dose foi sempre suficiente, ignorando o conteúdo dos seus
próprios documentos publicados, que declara que seriam
necessárias várias injecções de uma vacina contra o
tétano-hCG para obter uma esterilização eficaz.
<br />
<br />
Quando confrontados com os resultados documentados, os funcionários da
OMS admitiram que a hormona existia, realmente, "em pequenas
quantidades" em "alguma parte" do material da vacina, mas que
foi o resultado inconsequente de "contaminação
acidental". Ninguém na OMS tentou explicar a fonte da hormona hCG
em quantidade suficiente para contaminar 130 milhões de doses de uma
vacina, nem como essa "contaminação" se poderia inserir
"acidentalmente" em todas essas vacinas. O
<i>
Lancet
</i>
informou que o Instituto Nacional de Saúde dos EUA forneceu grande
parte da hormona hCG para as experiências e testes da OMS.
<b>
Os meios de comunicação ocidentais estavam, obviamente, ocupados
demais na época, dizendo-nos como o Irão era malvado, para notar
o pequeno número de 130 milhões de mulheres que foram
deliberadamente vacinadas contra a gravidez, sem o seu conhecimento.
</b>
Como já mencionei noutros lugares, a comunicação
mediática ocidental gosta excessivamente de demonizar Hitler,
<b>
mas Hitler não esterilizou 130 milhões de mulheres sem o seu
conhecimento ou consentimento; então, onde está a ofensa moral
contra a OMS? A indignação está enterrada no facto de que
nenhuma dessas 130 milhões de mulheres esterilizadas era branca.
</b>
<br />
<br />
<b>
A OMS ficou em silêncio durante um tempo, mas em 2015, a Rádio
Vaticano acusou as organizações da ONU, OMS e UNICEF de estar a
executar, novamente, enormes programas internacionais de despovoamento da
Terra, ao usar sub-repticiamente vacinas para esterilizar mulheres, nos
países do Terceiro Mundo, desta vez no Quénia.
</b>
Afirmou que "os bispos católicos do Quénia se opuseram
à campanha nacional de vacinação contra o tétano,
que visa 2,3 milhões de mulheres e meninas quenianas em idade
reprodutiva entre 15 e 49 anos, denominando a campanha como sendo um plano
secreto do Governo para esterilizar as mulheres e controlar o crescimento da
população".
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[8]</a>
Em Maio de 2018, foi relatado que estavam a ser usadas na Índia,
vacinas reguladoras da fertilidade.
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[9]</a>
<br />
<br />
<b>
E TAMBÉM A POLIOMIELITE
</b>
<br />
<br />
Em 2009, houve um surto de poliomielite na Nigéria, resultado directo de
mais um programa de vacinação da OMS, desta vez diretamente
relacionado à vacina que foi produzida a partir de um vírus vivo
da poliomielite, que apresenta sempre o risco de causar poliomielite, em vez de
proteger contra ela – como os americanos aprenderam há muitos anos,
para seu desgosto. Hoje, no Ocidente, as vacinas contra a poliomielite
são feitas a partir de um vírus morto que não pode causar
a poliomielite. Este último surto, patrocinado pela OMS, começou
realmente há vários anos, e a OMS atribuiu ao vírus vivo
existente nas suas vacinas que, de alguma forma, tinha "sofrido
mutações". Então, mais uma vez, a OMS está a
causar a poliomielite no mundo subdesenvolvido, devido a provas de que, para
todos os casos de poliomielite identificada, existem centenas de outras
crianças que não desenvolvem a doença, mas permanecem
portadoras e transmitem-na a outras.
<b>
Reconhece-se, há muito tempo, que a vacina oral viva usada pela OMS pode
provocar facilmente as mesmas epidemias que pretende eliminar e, é
claro, não há evidências publicadas de que o vírus
da poliomielite tenha realmente "sofrido uma mutação".
O mesmo aconteceu no Quénia, desta vez usando a hormona hCG associada
às vacinações contra a poliomielite, com os mesmos
resultados trágicos.
</b>
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[10]</a>
<br />
<br />
<b>
No final de 2013, a Síria sofreu um súbito surto de poliomielite,
o primeiro naquele país em cerca de 20 anos, e numa área que
estava sob controlo de mercenários rebeldes,
apoiados pelos EUA.
</b>
O governo sírio alegou ter provas de que esses estrangeiros trouxeram a
doença, de agências ocidentais (EUA) para o país, a partir
do Paquistão. A OMS estava activa no Paquistão, a aplicar mais um
dos seus "programas de vacinação humanitária"
que, estranhamente, coincidiu na área geográfica com um grave
surto de poliomielite, e as autoridades sírias estavam convencidas de
que o Ocidente a transmitiu para a sua nação quando foram
compradas pela UNICEF 1,7 milhão de doses da vacina contra a
poliomielite, apesar de não haver casos de poliomielite desde 1999.
<b>
Após o início do programa de vacinação em massa, os
casos de poliomielite começaram a reaparecer na Síria.
</b>
<br />
<br />
A UNICEF iniciou um programa semelhante de vacinação em massa com
500.000 doses de vacina viva contra a poliomielite nas Filipinas, apesar de
não haver casos relatados de poliomielite nas Filipinas desde 1993. Isto
encaixar-se-ia no padrão de outros casos de emergências repentinas
de doenças. Ainda não consegui reconstruir a
vacinação da OMS e outros programas em todos os locais, mas os
surtos repentinos de vírus sempre são suspeitos, pois não
podem ser criados a partir do nada e têm de ser introduzidos na
população, e com uma regularidade surpreendente aparecem no rasto
de alguns Programas de vacinação da OMS. O aparecimento repentino
e inexplicável da peste bubónica no Peru e em Madagáscar
são dois desses acontecimentos e, cada vez mais, os agentes
patogénicos não parecem ser de origem natural. Em particular, o
vírus do camelo relacionado à SARS, no Médio Oriente,
apresentava alguns sinais óbvios de engenharia humana, assim como o
próprio coronavírus da SARS. Existem muitos outros casos, que
estão frequentemente associados à presença de algum
programa da OMS.
<br />
<br />
A OMS também está a tornar-se activa na China, com um potencial
alarmante de desastre. Como exemplo, no final de 2013, vários
bebés chineses recém-nascidos morreram imediatamente após
serem inoculados pela OMS contra a hepatite B. O representante da OMS na China,
Dr. Bernhard Schwartlander, designou o programa da China como "muito bem
sucedido", mas sou roido por desconfianças quanto à sua
definição de 'sucesso'. As mortes dos bebés podem, de
facto, ter sido um acidente infeliz, mas não fiquei convencido com o
comentário de Schwartlander de que é "difícil
estabelecer uma ligação de causalidade entre as vacinas e as
mortes dos bebés". Conhecendo a história passada da OMS e as
suas inoculações infecciosas, a "dificuldade de estabelecer
uma associação de causa e efeito entre as vacinas da OMS e as
mortes de civis" pode ter sido a parte que foi "bem sucedida".
<br />
<br />
<b>
Estudo do caso da Pfizer – A epidemia perfeitamente cronometrada
</b>
<br />
<br />
É bem sabido que muitos medicamentos novos são acompanhados
de efeitos colaterais graves, tais como danos irreversíveis do
fígado e, geralmente, são fatais para as crianças. Em
1996, a Pfizer desenvolveu um novo antibiótico chamado Trovan para
tratar uma variedade de infecções – sendo um exemplo, a
meningite. Muitos desses antibióticos novos são muito poderosos e
com efeitos colaterais que, normalmente, os tornam muito perigosos para as
crianças, causando frequentemente danos permanentes no fígado,
doenças nas articulações e muitas outras
complicações debilitantes. Inexplicavelmente, a Pfizer decidiu
realizar testes em bebés. No entanto, a Pfizer tinha o problema
padrão de que a certificação da FDA, nos EUA, exigia
ensaios clínicos em seres humanos, e isso é quase
impossível de ser realizado em países desenvolvidos, porque
nenhum pai está disposto a permitir que os seus filhos participem nesses
ensaios clínicos de risco, para não falar nos processos de
acções judiciais resultantes de ensaios clínicos que deram
um resultado errado. Portanto, essas empresas farmacêuticas tendem quase
universalmente, a proceder a ensaios clínicos nos países pobres
da África, da Ásia e da América do Sul, onde as leis
não estão preparadas e as pessoas não compreendem os
riscos dos medicamentos não testados e não aprovados. Portanto,
as empresas farmacêuticas americanas (e europeias) transformaram o
mundo em desenvolvimento num enorme laboratório de ensaios
clínicos que não tem capacidade para as poder responsabilizar
financeiramente.
<br />
<br />
Por sorte, precisamente no momento em que a Pfizer estava pronta para iniciar
os ensaios clínicos deste novo medicamento, a Nigéria foi
repentina e inexplicavelmente atingida por uma das piores epidemias de
meningite da História. E, claro, a Pfizer estava lá para ajudar o
governo nigeriano a lidar com o surto. Mas a Pfizer não lidou
exactamente com o surto – o que fez foi realizar um ensaio clínico
condenável do seu novo medicamento, num grupo de vítimas que
provavelmente não reclamaria. Em vez de "ajudar", como alegou,
a Pfizer reuniu um grupo de ensaio e um grupo de controlo, dando ao grupo os
novos medicamentos da Pfizer e o produto de um concorrente. Tornou-se
óbvio, de imediato, que os americanos não estavam numa
missão humanitária, mas estavam a poupar despesas de ensaios ao
vivo. Depois de experimentar em cerca de 200 vítimas, recolheram as
informações do ensaio e regressaram ao seu país – bem
no auge da epidemia de meningite, sem salvar nenhuma vida. O governo nigeriano
calculou as mortes em cerca de 11.000.
<br />
<br />
Este seria o final deste episódio, mas surgiu uma controvérsia
logo depois, sobre a relação entre a necessidade dos testes da
Pfizer e o surto de meningite. Por acaso, a OMS estava na Nigéria
imediatamente antes deste período, noutro dos seus programas de
vacinação para "salvar vidas", desta vez para a
poliomielite, e o momento e o local do surto de meningite aparentemente,
combinavam bem com o programa de vacinação da poliomielite da
OMS. E, é claro, correspondia perfeitamente à necessidade da
Pfizer de grande número de seres humanos para aplicar esse ensaio
clínico. Houve acções judiciais e pagamentos,
acusações e negações, mas até hoje a
Nigéria recusa a entrada da OMS no país e não
participará em mais nenhuma ajuda "humanitária" da ONU
ou da OMS. Não podemos dizer definitivamente que a OMS criou,
deliberadamente, a epidemia de meningite para benefício dos testes da
Pfizer, mas é a única teoria que se encaixa em todos os factos
conhecidos e é o tipo de acção que a OMS parece fazer
regularmente. Devemos observar a intenção da Pfizer de
comercializar o Trovan nos EUA e na Europa, após efectuar os testes
nessas crianças africanas, mas a FDA [Food and Drug Administration]
recusou-se a aprovar o Trovan para administrar em crianças americanas,
devido aos consideráveis perigos inerentes.
<br />
<br />
O comportamento da Pfizer após acabarem estes "ensaios no
campo" foi ainda mais perverso. Os processos judiciais eram baseados em
alegações de que a Pfizer não tinha o consentimento
apropriado dos pais para usar um medicamento experimental nos seus filhos, cujo
uso não só deixou muitas crianças mortas, mas outras com
danos cerebrais, paralisia ou fala arrastada. A Pfizer chegou, finalmente, a um
acordo com o governo da Nigéria, de pagar 75 milhões de
dólares em danos e criar um fundo de 35 milhões de dólares
para compensar as vítimas. Isto aconteceu depois daquilo que o
<i>
Guardian
</i>
descreveu como "uma batalha judicial de 15 anos contra a Pfizer, devido a
um julgamento de drogas ferozmente controverso". A Pfizer não
só resistiu até ao fim, forçando as famílias pobres
durante 15 anos ao inferno antes de finalmente ceder, mas recorreu à
extorsão e à chantagem de funcionários do governo
nigeriano, na tentativa de evitar fazer qualquer pagamento às
famílias das crianças, vítimas do seu ensaio ilegal de
drogas. O
<i>
Guardian,
</i>
do Reino Unido, relatou que as fugas de informações
diplomáticas do governo dos EUA revelaram que "a Pfizer contratou
investigadores para procurar provas de corrupção contra o
Procurador Geral da Nigéria, num esforço para convencê-lo a
desistir da acção judicial", com o conhecimento,
visível e completo e, possivelmente, com a ajuda do Departamento de
Estado dos EUA.
<br />
<br />
O
<i>
Guardian
</i>
afirmou que os telegramas diplomáticos registaram reuniões entre
o gerente da Pfizer na Nigéria,
<b>
Enrico Liggeri,
</b>
e responsáveis dos EUA na Embaixada de Abuja, em 9 de Abril de 2009,
afirmando: "Segundo Liggeri, a Pfizer contratou investigadores para
descobrir ligações de corrupção ao Procurador Geral
Federal, Michael Aondoakaa, a fim de expô-lo e pressioná-lo a
desistir dos casos federais. Ele disse que os investigadores da Pfizer estavam
a passar estas informações para a comunicação
mediática local". O
<i>
Guardian
</i>
também informou que não havia sugestões ou provas de que
o Procurador Geral da Nigéria tenha sido influenciado por esta
pressão. É claro que a Pfizer alegou que toda a
noção era "absurda", mas podemos considerar que os
telegramas – que foram classificados como "Confidenciais" –
não mentiram.
<br />
<br />
Parece que a Pfizer estava a ocultar todas as suas declarações,
não só com reivindicações de ter a
aprovação do governo e o conhecimento dos pais, mas com a
alegação de que um médico nigeriano estava no comando e
dirigiu os ensaios clínicos. O estudo do Governo descobriu que o
médico local era director "apenas de nome" e, na maioria das
vezes, nem era informado dos procedimentos do estudo e era tipicamente
"mantido às escuras". A Pfizer também usou uma carta
forjada de um departamento inexistente para obter a aprovação do
FDA para esses ensaios clínicos. A Pfizer admitiu, finalmente, que a
carta falsificada estava "incorreta", mas não tenho certeza de
que este seja o adjectivo mais apropriado a ser usado. A Pfizer também
fez a declaração irritantemente desonesta de que o seu
antibiótico "Trovan tinha demonstado a maior taxa de
sobrevivência de qualquer tratamento no hospital. Indiscutivelmente, o
Trovan salvou vidas". Bem, talvez, mas os dados nos quais a Pfizer baseou
esta afirmação foram o facto de que, num local cinco pacientes
morreram após o uso da droga da Pfizer, enquanto seis pacientes morreram
após o uso de outro medicamento, sem dados da gravidade da
infecção ou qualquer outra coisa. Na melhor das hipóteses,
uma alegação vazia e, fundamentalmente, desonesta.
<br />
<br />
Para desviar a questão de o Trovan da Pfizer ser letal para as
crianças, a empresa alegou que o organismo internacional Médicos
Sem Fronteiras
<i>
(Médecins sans Frontières)
</i>
estava a administrar o medicamento da Pfizer no seu programa de tratamento,
uma afirmação que os MSF negaram veementemente, dizendo:
"Nunca trabalhamos com essa família de antibióticos.
Não o usamos para a meningite. Esta é a razão pela qual
ficamos chocados ao ver este ensaio no hospital". Foi
<b>
Liggeri,
</b>
da Pfizer, que alegou que os processos contra a Pfizer "eram de natureza
totalmente política", e foi Liggeri também, que inventou a
acusação de que os MSF tinham administrado o Trovan da Pfizer
às crianças.
<br />
<br />
Em 2006, o
<i>
Washington Post
</i>
publicou um longo estudo do governo nigeriano que concluía que a Pfizer
violava o Direito Internacional ao testar o seu medicamento não aprovado
em crianças com infecções cerebrais. Visivelmente, o
<i>
Washington Post
</i>
obteve uma cópia do relatório confidencial que esteve escondido
durante cinco anos e afirmava que a Pfizer nunca tinha recebido
autorização do governo para o seu ensaio clínico, tendo a
aparente carta de autorização sido forjada em papel timbrado de
um departamento inexistente e datada com uma data anterior ao estudo. Segundo o
artigo do
<i>
Post,
</i>
o governo alegou que o 'esforço humanitário' da Pfizer era
"um ensaio ilegal de uma droga não registada e um caso claro de
exploração de pessoas ignorantes".
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/romanoff_10mai20.html#notas">[11]</a>
<br />
<br />
A resposta americana não foi de vergonha por participar nesta fraude,
nem o Departamento de Estado condenou a Pfizer por conduzir ensaios
clínicos de drogas ou tentar a extorsão e a chantagem. Pelo
contrário, o Embaixador dos EUA condenou a fuga dos telegramas da
Embaixada dos EUA, como se a revelação pública do crime
constituísse uma acção pior do que o próprio crime.
O Departamento de Estado apressou-se a basear-se na moral elevada, para
condenar o acto de "pôr em perigo criaturas inocentes" e
"sabotar as relações pacíficas entre as
nações", ignorando os factos de que os ensaios da Pfizer
puseram muito mais em risco "as criaturas inocentes" e as
"relações de sabotagem" do que teria acontecido se
tivesse havido a revelação de um crime. Mas, aos olhos do Governo
dos EUA, os americanos não cometem crimes e, de qualquer maneira, as
vítimas não eram de raça branca. Os telegramas alegaram
ainda que a Pfizer pagou só porque os honorários judiciais e de
'investigação' custaram à empresa mais de 15
milhões de dólares por ano, o que nos leva a imaginar o que
acontecerá na mente dessas pessoas que irão gastar 15
milhões de dólares por ano, durante 15 anos, para evitar pagar
metade dessa quantia para compensar as vidas que destruíram.
<br />
<br />
E ainda há mais. Temos visto tantos exemplos documentados de tribunais
dos EUA a assumir jurisdição onde não têm nenhuma,
concordando em julgar casos sem qualquer envolvimento dos EUA que tenham
ocorrido totalmente fora dos EUA, em violações flagrantes do
Direito Internacional e que são só indícios de
arrogância imperial. Mas quando a Nigéria tentou registar
acções contra a Pfizer, nos EUA, os tribunais americanos
recusaram-se a ouvir os casos, alegando estranhamente que não tinham
autoridade legal para aplicar as leis ou administrar a justiça. E
não é a primeira vez que o Governo dos EUA, o Departamento de
Estado e os tribunais dos EUA, se unem em defesa de um interesse comum, para
proteger uma multinacional dos EUA, negando o acesso a tribunais.
<br />
<br />
Em 2004 e 2007, a comunicação mediática nigeriana divulgou
relatórios que foram fortemente proibidos nos media americanos e
ocidentais de que o país estava a recusar permitir que as autoridades de
saúde da ONU realizassem uma administração adicional de
vacinas contra a poliomielite, culpando a OMS de ter iniciado a epidemia de
meningite, em 1996, que resultou no ensaio de drogas altamente
questionável da Pfizer naquele país. Os dirigentes nigerianos
também estavam preocupados que a poliomielite e outras vacinas
estrangeiras fossem deliberadamente contaminadas com esterilizadores e outros
agentes, como aconteceu nas Filipinas e noutras nações, na mesma
época. Em grande parte de África, parece que pouco resta da
confiança que existia nas agências internacionais e nas empresas
farmacêuticas dos EUA e da Europa. Hoje, são vistas principalmente
como predadores imperiais com uma agenda distintamente anti-humana ou, pelo
menos, uma agenda contra os que não pertencem à raça
branca. As partes da Nigéria e de outras nações africanas
que ainda permitem as vacinas, insistem agora que elas sejam preparadas num
país não ocidental confiável, sem o envolvimento da OMS ou
de outras agências ocidentais.
<br />
<br />
Hoje, muitas nações insistem que a OMS é uma ferramenta
destinada a reduzir as populações muçulmanas, uma
afirmação cada vez mais difícil de ser afastada como
simples paranóia. Na verdade, a Nigéria também descobriu
esterilizantes nas vacinas da OMS, naquele país, que eram claramente
capazes de reduzir a fertilidade nas mulheres. A comunicação
mediática ocidental ignora firmemente o conjunto de evidências que
apoiam essas afirmações e suspeitas e concentra-se numa
preocupação moralista de que "o mundo pode estar a
escorregar nos seus esforços para acabar com a
póliomielite", catalogando as preocupações
válidas de tantas nações como sendo ignorantes e de
suspeita mal informada. É obvio que toda a comunicação
mediática ocidental está a ler a mesma página dos autores
deste ultraje.
<br />
<br />
Também temos os apologistas corporativos sempre presentes, a tecer as
suas tapeçarias de informações erradas, a tentar
confundir, irreversivelmente, um problema com irrelevâncias e a colocar
dúvidas na mente do público. Uma afirmação
constante é a de que "estes ataques às empresas
farmacêuticas poderiam incentivar os países a aprovar uma
legislação que reduzisse os lucros dos medicamentos, o que, por
sua vez, poderia dificultar o desenvolvimento de novos medicamentos". Esta
declaração imbecil de Roger Bate, "membro" da
International Policy Network, que é um grupo lobby das grandes empresas
farmacêuticas, é financiada pelas fundações e
corporações habituais e mencionada, respeitosamente, pelo
<i>
Daily Telegraph
</i>
de Londres, na sua campanha para confundir o público desinformado. A
declaração é realmente bastante inteligente, sugerindo que
a nossa condenação das atrocidades e ilegalidades das grandes
empresas farmacêuticas são, de alguma forma, "ataques"
violentos injustificados contra empresas que não as merecem. No caso da
Pfizer e dos seus ensaios clínicos nigerianos com o Trovan, o
<i>
The Telegraph
</i>
dá-nos um incentivo adicional para simpatizar com as grandes empresas
farmacêuticas, dizendo-nos –
sem provas ou documentação – que "os motivos do
governo nigeriano (ao condenar a Pfizer) também eram
questionáveis", sendo o assunto transformado, a partir dos
julgamentos de drogas censuráveis que resultaram na morte de
crianças, num problema de um governo não confiável, com
motivos políticos discutíveis. Desta maneira, a
comunicação mediática ocidental irá girar e tecer
mentiras até que a verdade, em todas as suas formas, desapareça
para sempre da paisagem.
<br />
<br />
Transmitam este artigo através das vossas listas de email. Publiquem nos
vossos blogues, nos fóruns da Internet, etc. </div>
<div align="justify">
<br />
</div>
<span style="font-size: medium;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="notas"></a>
(1) Tetanus vaccine laced with anti-fertility drug,
<a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12346214" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12346214</a>
<br />
(2) HCG found in WHO tetanus vaccine in Kenya,
<a href="https://nexusnewsfeed.com/article/human-rights/hcg-found-in-who-tetanus-vaccine-in-kenya/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> nexusnewsfeed.com/...</a>
<br />
(3) Vaccines and Population Control: A Hidden Agenda,
<a href="https://www.thelibertybeacon.com/are-new-vaccines-laced-with-birth-control-drugs/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.thelibertybeacon.com/are-new-vaccines-laced-with-birth-control-drugs/</a>
<br />
(4) Bill Gates and the anti-fertility agent in African tetanus vaccine,
<a href="http://www.sfaw.org/newswire/2014/11/13/bill-gates-and-the-anti-fertility-agent-in-african-tetanus-vaccine/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.sfaw.org/...</a>
<br />
(5) Rockefeller-Funded Anti-Fertility Vaccine Coordinated by WHO,
<a href="https://www.globalresearch.ca/rockefeller-funded-anti-fertility-vaccine-coordinated-by-who" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.globalresearch.ca/...</a>
<br />
(6) One need only search the WHO website for hCG to find the reports.
<br />
(7) Clin. exp. Immunol. (1978) 33, (360-375); February 8, 1978
<br />
(8) Vatican: UNICEF and WHO are sterilizing girls through vaccines,
<a href="https://vaccinefactcheck.org/2015/03/20/vatican-unicef-and-who-are-sterilizing-girls-through-vaccines/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> vaccinefactcheck.org/...</a>
<br />
(9) Fertility-Regulating Vaccines are Being Tested in India,
<a href="https://vactruth.com/2018/05/30/fertility-regulating-vaccines-india/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> vactruth.com/2018/05/30/fertility-regulating-vaccines-india/</a>
<br />
(10) Polio Vaccines Laced with Sterilizing Hormone Discovered in Kenya –
WHO is Controlling Population?,
<a href="https://healthimpactnews.com/2015/polio-vaccines-laced-with-sterilizing-hormone-discovered-in-kenya-who-is-controlling-population/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> healthimpactnews.com/...</a>
<br />
(11) Panel Faults Pfizer in '96 Clinical Trial In Nigeria,
<a href="https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/06/AR2006050601338.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/06/AR2006050601338.html</a>
<br />
(12) Drugs companies fund patient groups which attack NHS,
<a href="https://www.telegraph.co.uk/news/health/3112841/Drugs-companies-fund-patient-groups-which-attack-NHS-decisions.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.telegraph.co.uk/...</a>
</span>
<br />
<br />
<b>
Do mesmo autor:
<br />
</b></span>
<span>
</span><table border="0" cellpadding="3" cellspacing="3" style="width: 95%px;"><tbody>
<tr><td>
<li><span style="font-size: large;"><b>
<a href="https://www.resistir.info/pandemia/carta_aberta_04abr20.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Carta Aberta ao Presidente dos EUA, Donald Trump</a>
<br />
<br />
<a href="https://www.blogger.com/null" name="asterisco">[*]</a>
Consultor de administração e empresário aposentado. Ocupou
cargos executivos de responsabilidade em empresas de consultoria internacionais
e possuía um negócio internacional de importação e
exportação. É professor visitante da Universidade Fudan de
Shangai, apresentando estudos de casos de assuntos internacionais para as
classes avançadas de EMBA [Executive Master of Business Administration].
Reside em Shanghai e está, actualmente, a escrever uma série de
livros, geralmente relacionados com a China e com o Ocidente. Pode ser
contactado por email:
<a href="mailto:2186604556@qq.com"> 2186604556@qq.com</a>
.
<br />
<br />
O original encontra-se em
<a href="https://www.moonofshanghai.com/2020/05/a-cautionary-tale-about-who.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.moonofshanghai.com/2020/05/a-cautionary-tale-about-who.html</a>
<br />
Tradução de Maria Luísa de Vasconcellos,
<a href="mailto:luisavasconcellos2012@gmail.com"> luisavasconcellos2012@gmail.com</a>
</b>
<br />
<br />
<b>
Este artigo encontra-se em
<a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> https://resistir.info/</a>
.
</b>
</span>
</li>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-47902196491884268492020-05-12T10:14:00.000+01:002020-05-12T10:14:02.009+01:00O custo da vacina para o Covid-19 da Big Pharma será pago em vidas e em milhares de milhões de dólares <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-size: large;"></span><br />
<div align="right">
<span style="font-size: large;"><b> Paul Craig Roberts </b></span></div>
<div align="right">
<span style="font-size: large;"><b> </b>
</span></div>
<span style="font-size: large;">
<div align="justify">
<img align="right" alt="" height="195" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/bigpharma.jpg" width="400" />
A grande indústria farmacêutica
<i>
(Big Pharma)
</i>
e seus apaniguados tais como Anthony Fauci e Robert Redfield estão
determinados a usar o Covid-19 para vacinar todos nós a expensas das
nossas vidas e dos nossos bolsos. Eles estão a utilizar os media,
profissionais dependentes de subsídios, revistas médicas e os
media presstitutos para efectuar uma campanha de desinformação
acerca de um tratamento barato e com êxito a fim de abrir o caminho para
uma vacina provavelmente sem êxito e possivelmente perigosa – mas
muito lucrativa.
<br />
<br />
O tratamento bem sucedido é a hidroxicloroquina-azitromicina e zinco. A
Hidroxicloroquina tem sido usada durante décadas para tratar
malária, lupus e artrite reumatóide, tendo décadas de
registo de segurança. Apesar dos recorde de utilização
segura, a Big Pharma e seus contratados cozinharam uma narrativa de
desinformação, dizendo que se a tomar terá um ataque de
coração. Como Trump endossou a hidroxicloroquina, toda a gente
que está contra Trump por outras razões optou pela linha da Big
Pharma como mais uma via para o objectivo de desacreditar Trump.
<br />
<br />
A matéria de facto é que médicos envolvidos com o
tratamento do Covid-19 relatam resultados de grande êxito com a
hidroxicloroquina. Tenho postado um certo de relatos nos quais médicos e
cientistas renomados informam a eficácia e a segurança geral da
hidroxicloroquina.
<br />
<br />
Ver por exemplo:
<br />
<a href="https://www.paulcraigroberts.org/2020/04/11/professor-didier-raoult-releases-the-results-of-a-new-hydroxychloroquine-treatment-study-on-1061-patients/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.paulcraigroberts.org/...</a>
<br />
<a href="https://www.paulcraigroberts.org/2020/05/06/why-was-an-effective-cure-for-covid-19-withheld/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.paulcraigroberts.org/...</a>
<br />
<br />
A notícia do êxito da vitamina C no tratamento do Covid-19
também é objecto de desinformação por parte da Big
Pharma e dos seus comparsas.
<br />
<br />
A campanha óbvia de desinformação contra tratamentos com
êxito e baratos do Covid-19 levou muitos à conclusão de que
"a pandemia do Covid-19 foi planeada antecipadamente desde o
princípio" (ver por exemplo,
<br />
<a href="https://www.lewrockwell.com/2020/05/no_author/modern-medicine-attempts-to-closet-hydroxychloroquine-hcq-forgo-targeted-therapy-of-high-risk-groups-in-setup-for-mass-vaccination/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.lewrockwell.com/...</a>
).
<br />
<br />
<img align="right" alt="Deadly Medicines and Organised Crime." height="400" src="https://www.resistir.info/pandemia/imagens/deadly_medicines.jpg" width="277" />
Quer tenha sido ou não planeada antecipadamente, a Big Pharma e Bill
Gates pretendem ganhar muito dinheiro com uma vacina do Covid-19. Na verdade, a
Big Pharma, Bill Gates e a escumalha sua associada são assassinos. Eles
estão a matar pessoas com a sua campanha contra um tratamento eficaz e a
preço acessível.
<br />
<br />
Isto pode impressionar algumas pessoas crédulas que confiam no sistema
como sendo uma acusação excessiva, mas a Big Pharma desde
há muito deixou claro que os lucros vêm antes da vida. O Dr. Peter
C. Gotzsche, professor de investigação clínica, director
do Nordic Cochrane Center e médico chefe do Rigshospitalet e da
Universidade de Copenhagen documentou que as "medicinas" da Big
Pharma são o terceiro maior homicida após as doenças do
coração e do cancro
<br />
(
<a href="https://www.bookdepository.com/Deadly-Medicines-Organised-Crime-Peter-C-Gotzsche/9781846198847?ref=grid-view&qid=1589138937783&sr=1-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Deadly Medicines and Organised Crime: How Big Pharma Has Corrupted Healthcare</a>
).
<br />
<br />
Foram-nos vendidas vacinas mesmo diante das provas dos danos que causam a
algumas pessoas e do facto de serem utilizadas apesar de uma entendimento
imperfeito do sistema imunitário humano. Além disso, os
coronavírus não são de uma classe que permita vacinas
eficazes.
<br />
<br />
Mas estamos em vias de ter uma, quer seja eficaz ou não e quer queiramos
ou não ser vacinados. Bill Gates está a trabalhar para garantir
que a vacinação seja obrigatória para todos. Caso
contrário não poderá sair de casa ou do seu centro de
contenção da FEMA [Federal Emergency Management Agency].
O dinheiro está a ser canalizado não para um tratamento eficaz
conhecido mas sim para a investigação de vacinas, à medida
que as companhias e os países correm em busca de uma patente. Bill Sardi
informa que Chicago "já comprou as seringas e definiu locais para
as estações de vacinação".
<br />
(
<a href="https://www.lewrockwell.com/2020/05/no_author/modern-medicine-attempts-to-closet-hydroxychloroquine-hcq-forgo-targeted-therapy-of-high-risk-groups-in-setup-for-mass-vaccination/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.lewrockwell.com/...</a>
).
<br />
<br />
Os americanos precisam de se esforçar para compreender como o dinheiro
corrompeu tudo. Muitas das pessoas e instituições em que antes
confiávamos, na verdade agora dependem de subsídios de empresas,
agências governamentais e doadores com interesses próprios com
agendas em que a vítima é a verdade. Sim, cientistas agora
mentirão por dinheiro. As universidades produzirão
"estudos" que promoverão a agenda do doador. Médicos
dependentes de donativos de Washington vão segurar suas línguas
quando lhes forem apresentadas afirmações obviamente falsas, tais
como as de edifícios de aço de construção
sólida construídos para resistirem a colisões de
aviões a entrarem em colapso devido a incêndios isolados de baixas
temperaturas e choques de frágeis aviões de alumínio.
<br />
<br />
Há várias formas de estudos poderem ser concebidos para se chegar
à conclusão de que um tratamento específico é ou
não eficaz. Considere-se a hidroxicloroquina. Um estudo pode obter maus
resultados com este tratamento, utilizando-o como um tratamento numa fase
tardia quando o Covid-19 estiver tão avançado que o paciente
está para além do tratamentos. Este parece ser o caso do
relatório do
<i>
New England Journal of Medicine
</i>
o qual diz que "a utilização de hidroxicloroquina
não estava associada a um risco significativamente maior ou menor de
entubação ou morte".
<br />
(
<a href="https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2012410" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2012410</a>
).
<br />
<br />
Tal como qualquer doença, o tratamento com êxito precisa
começar o mais cedo possível, não na etapa final. Os
muitos médicos que relatam êxitos com a hidroxicloroquina
enfatizam que o tratamento deveria começar cedo e não ser
utilizado só como um último recurso.
<br />
Acontece que o estudo publicado pelo NEJM foi financiado pelo Instituto
Nacional de Saúde, uma organização influenciada pela Big
Pharma que é hostil a uma cura e não a uma vacina. Também
é curioso que o artigo, "Observational Study of Hydroxychloroquine
in Hospitalized Patients with Covid-19", tenha sido rapidamente publicado
em poucas semanas, ao invés do extenso tempo habitual necessário
para passar pelo processo de revisão por pares. E é igualmente
curioso que muitos ficaram satisfeitos por usar o estudo a fim de desacreditar
a hidroxicloroquina, apesar do estudo inconclusivo.
<br />
<br />
Um establishment corrupto e os media que podem vender-nos o 11/Set, armas de
destruição maciça de Saddam Hussein, ogivas nucleares
iranianas, utilização de armas químicas por Assad, uma
invasão russa da Ucrânia, o Russiagate e um grande número
de outras mentiras podem também vender-nos o bloqueio de um tratamento
bem sucedido enquanto aguardamos por uma vacina.
<br />
<br />
Há muitas décadas George Stigler, da Universidade de Chicago,
afirmou que o problema da regulamentação é que todas as
agências reguladoras acabam por ser capturadas pelos negócios que
estão incumbidas de regulamentar. Assim, vemos que a EPA [Environmental
Protection Agency] está nas mãos de poluidores, a
regulamentação da banca está nas mãos de
banqueiros, a regulamentação das telecomunicações
– 5G, por exemplo – está nas mãos de companhias de
tecnologia que pretendem lucrar – e a aprovação de novos
medicamentos está nas mãos da Big Pharma, tal como o
currículo das escolas de medicina. Os médicos são
treinados para ligar os sintomas aos testes e, quando confirmado por um teste,
o médico consulta online o tratamento específico da Big Pharma.
<br />
<br />
A minha geração cresceu sem vacinas e sem todas as doenças
associadas às vacinas entre a juventude super-vacinada de hoje. Hoje em
dia, as vacinas começam ao nascer e aumentam com o passar dos anos.
Será que o sistema imunitário natural alguma vez se desenvolveu?
<br />
<br />
Esta é uma pergunta irrelevante. A força motriz da
vacinação é o lucro, não a saúde. Se
quisermos um sistema de saúde ao invés de um sistema de morte, a
Big Pharma tem de ser nacionalizada e administrada por cientistas com
salários sem direitos de patente e "bónus de
desempenho".
<br />
</div>
<div align="right">
10/Maio/2020 </div>
<div align="right">
</div>
<b>
O original encontra-se em
<a href="https://www.paulcraigroberts.org/2020/05/10/the-cost-of-big-pharmas-covid-19-vaccine-will-be-paid-in-lives-and-in-billions-of-dollars/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> www.paulcraigroberts.org/...</a>
</b>
<br />
<br />
<b>
Este artigo encontra-se em
<a href="https://resistir.info/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> https://resistir.info/</a>
.
</b>
</span>
<br />
<div align="right">
<span>
</span></div>
</div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7957593153458663404.post-82194007737502956052020-04-24T12:50:00.007+01:002020-04-24T12:50:56.300+01:00O Distanciamento Social da Democracia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
por <span class="fn">Manlio Dinucci</span><br />
<br />
<span class="fn"> </span>A epidemia de Covid-19 é uma oportunidade de impor rastreios digitais
individuais – cujo objectivo final poderia ser obter dados de
identificação – o que, em tempos normais, as democracias recusariam.
Esta medida não é ficção científica e pode tornar-se, rapidamente, numa
realidade.<br />
<br />
<br />
<div class="noprint" style="padding-right: 10px; padding-top: 5px; text-align: right;">
<span class="main" id="zoom"></span>
</div>
<div class="texte_sans crayon article-texte-209771 ">
<dl class="spip_document_180538 spip_documents spip_documents_center">
<dt><img alt="JPEG - 39 kb" height="300" src="https://www.voltairenet.org/local/cache-vignettes/L400xH300/Voltairenet-org_-_1-1182-6c157.jpg" style="height: 300px; width: 400px;" width="400" /></dt>
</dl>
<div class="lettrine">
<br /></div>
<div class="lettrine">
“O distanciamento social chegou para ficar muito
mais do que algumas semanas. Num certo sentido, irá perturbar o nosso
modo de vida para sempre”: anunciaram os pesquisadores do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, uma das universidades de maior prestígio
dos Estados Unidos [<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nb1" id="nh1" rel="footnote" title="“We’re not going back to normal”, MIT Tenchnology Review, March 17, (...)">1</a>].</div>
<br />
Citam o relatório apresentado pelos pesquisadores do Imperial College
London, segundo o qual o distanciamento social deve tornar-se uma norma
constante e ser reduzido ou intensificado, de acordo com o número de
pacientes hospitalizados pelo vírus, nas unidades de terapia intensiva. O
modelo elaborado por estes e por outros pesquisadores não diz respeito
só às medidas a ser tomadas contra o coronavírus. Torna-se num modelo
social, real e preciso, do qual já se preparam os procedimentos e os
instrumentos que os governos deverão impor como lei.<br />
<br />
Os dois gigantes da Informática, Apple e Google, até agora rivais,
associaram-se para inserir biliões de sistemas móveis para iPhone e
Android, em todo o mundo, num programa de “seguimento de contactos” que
avisa os clientes se alguém infectado com o vírus se está a aproximar
deles. As duas empresas garantem que o programa “respeitará a
transparência e a privacidade dos utentes”.<br />
<br />
Um sistema de rastreio ainda mais eficaz é o dos “certificados
digitais”, nos quais estão a trabalhar duas universidades americanas, a
Rice University e o MIT, apoiadas pela Bill & Melinda Gates
Foundation, a fundação americana criada por Bill Gates, fundador da
Microsoft, a segunda pessoa mais rica do mundo na classificação da
revista Forbes. Ele anunciou-o publicamente, respondendo a um empresário
que lhe perguntou como retomar as actividades de produção, mantendo o
distanciamento social:<br />
<br />
“No final, teremos certificados digitais para mostrar quem se
recuperou ou foi testado recentemente, ou quando tivermos uma vacina, se
esse indivíduo a tomou. [<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nb2" id="nh2" rel="footnote" title="“31 questions and answers about COVID-19”, The Blog of Bill Gates, March 19, (...)">2</a>].<br />
<br />
O certificado digital de que Gates fala, não é o actual cartão de
saúde electrónico. A Rice University anunciou, em Dezembro de 2019, a
invenção de pontos quânticos à base de cobre que, injectados no corpo
juntamente com a vacina, “se tornam em algo semelhante a uma tatuagem de
código de barras, que pode ser lida através de um smartphone
personalizado”. [<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nb3" id="nh3" rel="footnote" title="“Quantum-dot tattoos hold vaccination record”, Mike Williams, Rice (...)">3</a>]. A mesma tecnologia foi desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia Massachusetts [<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nb4" id="nh4" rel="footnote" title="“Invisible Ink Could Reveal whether Kids Have Been Vaccinated”, Scientific (...)">4</a>].<br />
<br />
A invenção desta tecnologia foi encomendada e financiada pela
Fundação Gates, que declara querer usá-la nas vacinas para crianças,
principalmente nos países em desenvolvimento. Também poderia ser usada
numa vacinação à escala global contra o coronavírus.<br />
<br />
Este é o futuro “modo de vida” que nos é anunciado: o distanciamento
social com estrutura variável sempre em vigor, o medo constante de ser
abordado por um infectado pelo vírus sinalizado por um toque do nosso
telemóvel, o controlo permanente pelo “código de barras” implantado no
nosso corpo. Seria, essencialmente, uma extensão dos sistemas militares
com os quais se podem seguir e acertar nos “alvos” humanos.<br />
<br />
Sem subestimar o perigo do coronavírus - seja qual for a sua origem -
e a necessidade de medidas para impedir a sua propagação, não podemos
deixar nas mãos dos cientistas do MIT e da Fundação Gates a decisão de
qual deve ser o nosso modo de vida. Também não podemos parar de pensar e
fazer perguntas. Por exemplo:<br />
<br />
É muito grave que o número de mortes devido ao coronavírus, na
Europa, seja actualmente, quase 97.000, mas que medidas devem ser
tomadas em proporção, contra as partículas finas, as PM2,5, que –
segundo os dados oficiais da European Environment Agency [<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nb5" id="nh5" rel="footnote" title="“Air quality in Europe — 2019 Report”, European Environment Agency.">5</a>] – provocam, a cada ano, na Europa, a morte prematura de mais de 400.000 pessoas?<br />
</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 7px; text-align: right;">
</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 7px; text-align: right;">
<a class="titre_serif_3" href="https://www.voltairenet.org/auteur124610.html?lang=pt">Manlio Dinucci</a>
</div>
<div class="texte_sans_3b" style="padding-top: 7px;">
Tradução
<br />
<a href="https://www.voltairenet.org/auteur126298.html?lang=pt">Maria Luísa de Vasconcellos</a><br />
</div>
Fonte
<br />
<a href="https://www.voltairenet.org/auteur122722.html?lang=pt">Il Manifesto (Itália)</a><br />
<br />
<br />
<div class="notes" style="border-top: solid 1px #b1b1b1; margin-top: 40px;">
[<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nh1" id="nb1" rev="footnote" title="Notas 1">1</a>] “We’re not going back to normal”, <i>MIT Tenchnology Review</i>, March 17, 2020<br />
[<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nh2" id="nb2" rev="footnote" title="Notas 2">2</a>] “<a class="spip_out" href="https://www.gatesnotes.com/Health/A-coronavirus-AMA" rel="external">31 questions and answers about COVID-19</a>”, <i>The Blog of Bill Gates</i>, March 19, 2020<br />
[<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nh3" id="nb3" rev="footnote" title="Notas 3">3</a>] “<a class="spip_out" href="https://news.rice.edu/2019/12/18/quantum-dot-tattoos-hold-vaccination-record/" rel="external">Quantum-dot tattoos hold vaccination record</a>”, Mike Williams, <i>Rice University</i>, December 18, 2019.<br />
[<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nh4" id="nb4" rev="footnote" title="Notas 4">4</a>] “Invisible Ink Could Reveal whether Kids Have Been Vaccinated”, <i>Scientific American</i>, December 19, 2019.<br />
[<a class="spip_note" href="https://www.voltairenet.org/article209771.html#nh5" id="nb5" rev="footnote" title="Notas 5">5</a>] “<a class="spip_out" href="https://www.eea.europa.eu/www/SITE/publications/air-quality-in-europe-2019" rel="external">Air quality in Europe — 2019 Report</a>”, <i>European Environment Agency</i>.<br />
</div>
</div>
Manuelhttp://www.blogger.com/profile/12069945945416708342noreply@blogger.com0