Por Tiago Cabral
Este
fim-de-semana relembrou-nos como funciona a coisa no porto. É assim
desde que me lembro com agressões, intimidações e ofensas a fazerem
parte do funcionamento daquele clube. Recordo-me há uns vinte anos, ou
mais, numa meia-final da taça de Portugal, o Sporting foi ao antigo
estádio das antas eliminar o porto após prolongamento com um golo, salvo
erro de um brasileiro chamado Mário. Descontentes com o resultado,
houve ordem para abrir as portas que separavam os adeptos Sportinguistas
das claques do porto. Durante largos minutos foi para eles um deleite
observar como eram espancados vários Sportinguistas que tentavam por
todos os meios sair do estádio. Cá fora o cenário não era muito
diferente, bandos de apoiantes do porto varriam as ruas circundantes ao
estádio à procura de algum apoiante do Sporting. O objectivo era só um,
espancá-los até os mesmos ficarem inconscientes. Da polícia nem sinal.
Os autocarros rumaram a Lisboa sem vidros e talvez com metade dos
ocupantes, entrou quem conseguiu entrar, quem ficou no Porto teve que
vir à boleia, como aconteceu a um amigo meu. No estádio do porto já se
sabe que o insulto e a falta de respeito pelo adversário, que ali passam
a inimigos, é o comportamento considerado normal. Os gangs que circulam
à volta dos dirigentes portistas seguem a cartilha emanada de cima. São
os jagunços modernos.
Sem comentários:
Enviar um comentário