quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Para os crentes do aquecimento global, 2013 foi um inferno

Quase tudo o que podia dar errado em 2013 deu errado para a causa do aquecimento global

2013 foi um ano triste para os defensores do aquecimento global. O gelo sobre o mar em torno da Antártida estabeleceu um recorde, de acordo com a NASA, e se estendeu por uma área maior do que em qualquer momento desde 1979, quando as medições por satélite começaram. No Ártico, a notícia também é triste. Há cinco anos, Al Gore previu que até 2013 “toda a calota de gelo polar do Norte desaparecerá”. Não aconteceu. Em vez disso, um Gore amuado viu o gelo no Ártico aumentar em 50% ao longo de 2012. Neste ano, o gelo do Ártico também superou o de 2008, ano de sua previsão. E o de 2009, 2010 e 2011. E em 2013, continua aumentando…

O tempo entre os polos também conspirou para fazer os crentes do aquecimento global passarem mal. Em dezembro, estações meteorológicas dos EUA informaram mais de 2000 recordes de frio e dias de neve. Quase 60% dos os EUA está coberto pela neve, o dobro do que ocorreu no ano passado. Os céus, mesmo abrindo na Terra Santa, onde os cidadãos impressionados viram mais de 40 centímetros de neve cair em Jerusalém, tiveram quase um metro de neve nos seus arredores. A neve cobriu o Cairo pela primeira vez em mais de 100 anos.

2013 marca o 17º ano sem aquecimento no planeta. Foi marcado pela primeira vez que James Hansen, o guru de Al Gore e aquele cujas previsões detonaram o alarmismo do aquecimento global, admitiu que o aquecimento parou. Foi marcado ainda pela primeira vez que grandes defensores da mídia da ortodoxia – The Economist, Reuters e London Telegraph – admitiram que a ciência não está resolvida em relação ao aquecimento global, com The Economist até zombando dos modelos dos cientistas, colocando-os numa “visão negativa”. Previsões científicas de resfriamento global foram publicadas e divulgadas por ninguém menos do que a BBC, a emissora anteriormente inigualável na mídia apocalíptica antropogênica – o que até recentemente era evitado, principalmente pela imprensa acadêmica, por medo de serem rotulados de malucos.

2013 foi igualmente desolador para os negócios bancados pelo aquecimento global. As demissões e falências continuaram a aumentar nas empresas europeias e norte-americanas produtoras de painéis solares e turbinas eólicas, que fizeram pedidos de subsídios para combater o que eles rotularam de concorrência desleal das empresas chinesas. A partir de 2013, porém, as suas desculpas foram se esgotando. A Suntech, da China, a maior fabricante de painéis solares do mundo, já entrou com pedido de falência, assim como a LDK Solar, outra grande empresa. A Sinovel, maior fabricante de turbinas eólicas do mundo e segunda maior da China, informou que perdeu US$ 100 milhões após suas receitas cairem 60%, e agora está fechando fábricas no Canadá, nos EUA, e na Europa.

Embora essas tecnologias de “baixo carbono” estejam se enterrando, os combustíveis ricos em carbono continuam entusiasmando. No mês passado, a Alemanha mandou brasa em uma nova usina a carvão, a primeira de 10 modernas plantas – grandes emissoras de CO2 – que a maior economia da Europa está bancando para alimentar a sua economia no século 21. Em todo o mundo, 1.200 novas usinas movidas a carvão estão em obras. De acordo com uma Agência Internacional, o uso do carvão no mundo vai crescer, especialmente nos países em desenvolvimento, ajudando a tirar os pobres da pobreza ao modernizar suas economias.

Tão importante quanto o carvão, os queridinhos dos combustíveis fósseis são, indiscutivelmente, o gás de folhelho (shale gas) e o xisto betuminoso. Esta semana, o Reino Unido passou por cima dos opositores e anunciou que vai fazer de tudo para aproveitar esses combustíveis da próxima geração. Em metade do Reino Unido será permitido perfurar para realizar o que o xisto betuminoso e o gás de folhelho estão fazendo nos EUA – diminuindo drasticamente os custos da energia e eliminando a dependência do país em combustíveis estrangeiros. A China, também, decidiu aproveitar a revolução do gás não convencional – em um acordo com os EUA, anunciaram esta semana que vão explorar o que alguns estimam ser a maior reserva de gás de folhelho do mundo, o que equivale, em conteúdo de energia, a cerca de metade do petróleo na Arábia Saudita.

2013 também marca a virada para os governos do mundo. Em 1º de janeiro de 2013, primeiro dia da segunda fase do Protocolo de Quioto, este foi abandonado pelo Canadá e pela Rússia, duas potências dos combustíveis fósseis. Com essa saída, Quioto tornou-se um clubinho de não emissores – o Protocolo de Quioto abrange apenas 15% das emissões globais. Em negociações patrocinadas pela ONU sobre o aquecimento global em Varsóvia no mês passado, os países ocidentais da Europa, América do Norte e Austrália se recusaram a discutir uma proposta dos países em desenvolvimento que limitaria suas emissões no futuro.

2013 também viu a Austrália eleger um governo cético em uma eleição que foi saudada como um referendo sobre as mudanças climáticas. Após a vitória, o governo prontamente começou a se desfazer dos impostos sobre o carbono do país, juntamente com o seu ministério das mudanças climáticas, agora no monte de lixo da história. Outros países estão tomando nota da atitude do público sobre o alarmismo em relação às mudanças climáticas – em quase nenhum lugar o público acredita nos cenários assustadores pintados pelos defensores das mudanças climáticas.

2013 foi o melhor dos anos para os céticos, ou o pior dos anos para os entusiastas das mudanças climáticas, para os quais qualquer mudança – ou a ausência de mudanças – no tempo servira como prova irrefutável das mudanças climáticas. Os entusiastas caíram em descrença, todos ridicularizam o fracasso dos modelos climáticos diante das previsões não ocorridas como anunciadas. Que os governos e o público iriam abandonar o dever de deter as mudanças climáticas, podia até estar em suas mentes, mas era impensável que o inferno congelar-se-ia de novo. Da forma como as coisas estão indo para eles, isso pode acontecer já em 2014.
O post acima é uma tradução livre do artigo recente de Lawrence Solomon, diretor executivo da Energy Probe, um grupo ambientalista com sede em Toronto.
 aqui:http://agfdag.wordpress.com/2013/12/21/para-os-crentes-do-aquecimento-global-2013-foi-um-inferno/

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