O PISA é um instrumento de medir a redução
da educação total, polivalente, dos trabalhadores, a uma educação para
tarefas/competências no quadro da divisão do trabalho. Portugal está
melhor no PISA do que a Suécia porque a Suécia não aceitou fazer dos
seus jovens, futuros trabalhadores, uma força de trabalho sem uma visão
ampla de conjunto. O cheque ensino na Suécia é minoritário. Bolonha foi
feitar para produzir mais rapidamente concorrência no mercado de
trabalho (um número de desempregados formados). A falácia dos rankings,
entre outros temas estão abordados neste número especial da Revista
Rubra, coordenado pelo Pedro A. Ferreira e pelo Pedro Bravo, que
entrevista 3 dos mais destacados pensadores da educação da actualidade,
Gaudêncio Frigoto, Roberto Leher e Teresa Seabra.
A educação ao serviço dos baixos salários fez de Portugal um sucesso no PISA. E dos jovens portugueses futuros trabalhadores com escasso raciocínio abstracto, indiferenciados, e incapazes de trabalhar sem um gerente que domina o processo de trabalho a controlá-los. Conseguem fazer – bem e cada vez melhor uma tarefa específica – e cada vez têm menos domínio sobre o conjunto do trabalho onde estão envolvidos.
A Rubra é uma revista trimestral, de que sou directora, e faz amanhã 6 anos, ao lado e com o pensamento crítico. A sua redacção conta hoje com 30 pessoas que fazem a revista em regime exclusivo de voluntariado. Pelo prazer de ajudar a pensar o mundo. E mudá-lo.
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