terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O que determina o clima? Parte I: Os fatores Extraterrestres!

Os fatores extraterrestes!

 Quais são os principais fatores que determinam o clima da terra? O que faz o clima oscilar , variar, conduz a eras do gelo ou períodos quentes?

Podemos dividir os fatores em três grupos, cada um deles terá um post com um resumo de seu funcionamento e efeitos no clima. O grupo do primeiro escalão são os fatores extraterrestres, seguidos pelos fatores naturais e em ultimo lugar e menos expressivos os relativos a ação humana.
Vá na janela e (se for dia) olhe para o céu. Lá está o principal fator que determina o clima, o Sol! Rá para os egípcios, Kinich Ahau para os maias, uma esfera gasosa queimando hidrogênio a temperaturas altíssimas, esse é o cara que fornece à Terra 99% da energia que circula em sua superfície!

Além do Sol, podemos ainda listar a grande importância dos raios cósmicos e dos movimentos astronômicos. Quais movimentos? Basicamente os movimentos que a Terra faz em torno do Sol (que causam as estações) e de si mesma (dia e noite), e das perturbações que a Terra sofre por conta do torque gravitacional do Sol, Lua, Júpiter e Saturno.
Então vamos começar. O Sol antes de qualquer outro fator é o determinante que fornece a energia que a terra vai utilizar em seus processos físicos, químicos e também biológicos. Porém a radiação solar é sempre constante? Não.

A radiação varia conforme muda seu ciclo de atividade, onde ocorre uma distorção em seu campo magnético. Aí, ocorre o aparecimento de manchas solares! De fato o Sol não esquenta de forma expressiva quando está com mais manchas e sua atividade está maior, estudos apontam que o calor não varia efetivamente mais que 1%. Porém a presença de manchas solares indica a variação de outro fator importante, os raios cósmicos!

Mas que diabos são raios cósmicos você irá perguntar. Os raios cósmicos são partículas de alta energia que viajam pela espaço sideral a velocidade semelhantes a da luz e uma faixa de seu espectro pode interagir com a atmosfera terrestre! Quando você liga sua TV, 1% daquele chuvisco feio que atrapalha sua partida de futebol ou o jornal da tarde é interferência da radiação de raios cósmicos. (Raios cósmicos são formados a partir de explosões de supernovas!)

Ok. Eu ainda não respondi como os raios influenciam na atmosfera. Basicamente esta faixa de raios cósmicos eletrizam as moléculas de água na atmosfera, aumentam sua ionização vamos dizer assim. Facilitando a formação de núcleos de condensação da umidade atmosférica. E o efeito disso é o aumento da nebulosidade e das chuvas!

E o que acontece quando está mais nebuloso? A superfície da Terra recebe menos energia solar! As nuvens tem alto poder de refletir a radiação solar e por conta disso a temperatura na superfície cai!
Agora retomando as manchas solares, tanto Galileu quando observou as primeiras manchas como também outros cientistas posteriores, imaginaram que as manchas pudessem influenciar no clima da terra e isso permaneceu inexplicado por longo tempo. Mas em pesquisas do final do século XX, notou-se que: Quando o sol tem maior números de manchas solares o vento solar produzido por elas impede a entrada de boa parte dos raios cósmicos que viajam na direção da terra. Portanto aquele empurrãozinho que a atmosfera têm para formar nuvens diminui em muito, assim a nebulosidade cai e a temperatura sobe! O mesmo peso é verificado com o campo magnético solar, que também aumenta sua intensidade, bloqueando os raios cósmicos.

Os ciclos solares que alternam momentos com grandes quantidades de manchas a outros com pouquíssimas são vários, há um ciclo com 200 anos outro com 11 anos e outro importante ciclo de 90 anos, chamado ciclo de “Gleissberg”. O impacto exato de cada ciclo precisa de aprimoramentos de estudos devido a complexidade da natureza do fenômeno, contudo ignorar qualquer um deles é no mínimo grande imprudência.

Por falar em imprudência, prática comum do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) é ignorar os ciclos solares e a nebulosidade em suas equações devido a grande dificuldade que é estimar o efeito das mesmas na superfície terrestre, essa também é uma tentativa bastante clara de tentar jogar mais importância nos gases ditos “estufa”. Coisa feia IPCC!!! Assim fica fácil inventar aquecimento global…

Quer saber mais sobre as machas solares e os raios cósmicos. Não se estresse! Artigo delicioso explicando por A+B cada processo. É só clicar em querosabermaisobreissoaí.


                       (Este é o “ciclo 24” do sol, manchas solares x tempo x temperatura)

De acordo com o gráfico nota-se que, a oscilação no numero de manchas causa oscilação na temperatura. Mais manchas é sinal de menos nebulosidade e as temperaturas sobem.

Ciclos de Milankovitch

Agora, na segunda parte, tentarei explicar o segundo fator cósmico que influencia o clima terrestre. Os movimentos orbitais ou “ciclo de Milankovitch”.
Milankovitch foi um Sérvio que estudou quatro movimentos terrestres que causariam efeitos no clima da Terra, o entendimento desses ciclos hoje é bastante conhecido embora pouco divulgado na mídia de massa.

Os movimentos que compõe o ciclo são:

Precessão – A precessão é um fenômeno que tem tempo estimado de duração em torno de 14 a 28 mil anos. Os efeitos são mais sentidos no equador aonde a variação de energia é maior, alterando assim o equador térmico. Para exemplificar o movimento de precessão tente imaginar um pião quando girado e começa a perder rotação, ele se inclina e ”bambeia” em nesse eixo inclinado por algum tempo antes de parar. A Terra faz algo semelhante, nunca se esqueça que a Terra já possuí essa inclinação e o bambear é a precessão que demora longo período para acontecer.

Nutação – A nutação é nada mais que uma combinação de mais de 200 movimentos que a Terra faz devido às perturbações que a gravidade dos grandalhões Júpiter e Saturno exercem. Isso causa transferência de energia e facilita outros movimentos. A nutação é a real precessão, pois o giro de pião não é perfeitinho, mas cambaleante, oscilatório, feito uma passista de escola de samba.




Excentricidade da Órbita – A órbita da Terra não é circular, mas elíptica, e sua excentricidade não é constante. Seu valor atual é de 0,015, mas ela pode variar entre 0 e 0,06, segundo uma periodicidade de aproximadamente 100.000 anos, com um ciclo maior de cerca de 400.000 anos. Essas variações na excentricidade da órbita terrestre interferem na recepção de energia solar pela Terra, de maneira que, quanto menor a excentricidade da órbita, menor é a diferença na duração das estações. Ao contrário, quanto maior a excentricidade, maior a diferença entre as estações.



Atualmente, quando a Terra está no periélio, ou seja, mais próxima do Sol, a recepção de energia é aproximadamente 6% maior que no afélio, quando a Terra está mais distante do Sol, mas esse valor pode chegar a 20% em momentos de excentricidade elevada.

Daqui a cerca de 50.000 anos, o periélio ocorrerá em julho, e não em janeiro. Como consequência, no hemisfério norte, os verões poderão se tornar mais quentes e os invernos, mais frios.

Obliquidade do Eixo – A Terra não forma um ângulo reto com o plano da eclíptica, mas sim mantém uma inclinação que, atualmente, vale cerca de 23,5 graus. Este valor também sofre variações, entre 21,5 e 24,5 graus, com uma periodicidade de 41 mil anos. As variações na obliquidade do plano da eclíptica determinam a diferenciação entre as estações do ano, de maneira que, se a obliquidade da eclíptica diminui, diminui o contraste entre as estações, porém aumenta-se a distinção entre as zonas. Ou seja, se a obliquidade do eixo cai, teremos zona climáticas mais bem definidas, zonas próximas ao equador ainda mais quentes e regiões polares ainda mais frias.



Os efeitos de todos os ciclos identificados por Milankovitch ainda são passíveis de grande análise, pois a mudança de insolação de uma área da terra para outra ou a maior concentração de energia no equador aceleram ou desaceleram os fluxos entre as baixas latitudes e as latitudes médias. Também é possível que os períodos glaciais ocorram quando há grande déficit de energia no hemisfério norte com a região equatorial mais quente fornecendo assim umidade ao sistema e causando a precipitação de neve principalmente nas latitudes médias.

Por fim, como o IPPC poderia criar prognósticos para cenários futuros ignorando todos esses fatores? E sim, é isso que o IPCC descaradamente faz, tentando nos enfiar goela abaixo cenários absurdos que ignoram a presença dos raios cósmicos, dos movimentos orbitais, precessões e até mesmo a cobertura de nuvens!

Nunca se esqueça, há muito que se saber ainda sobre o clima! Mal conseguismos prever o tempo para daqui 6 dias imagine então a margem de erro dos cenários de longo prazo que o IPCC cria baseado em modelos aonde se ignoram tantos fatores!

Ainda tem dúvidas? O texto deixou questões? Pergunte na postagem FAQ ou Consulte diretamente as fontes e tire suas dúvidas, clicando aqui você tem acesso ao doutorado da Daniela Onça, e clicando aqui você tem acesso ao seu artigo sobre raios cósmicos.
E por fim clicando aqui você acessa o mitos-climáticos aonde encontra outra explicação para os ciclos de Milankovich feita pelo próprio Rui G. Moura.

Abraços Tropicais!

aqui:https://fakeclimate.wordpress.com/2012/05/14/o-que-determina-o-clima-parte-i-os-fatores-extraterrestres/

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