Portugal é o país mais desigual da União Europeia e um dos mais desiguais da OCDE. É também o país onde a mobilidade social está mais ausente: quem nasce pobre dificilmente deixará de o ser. A percepção de que assim é - a ideia generalizada de que não jogamos todos no mesmo campeonato e que há empregos e sucessos que estão reservados a membros de outras castas - é um dos elementos centrais na explicação do sub-investimento em capital humano. E o elevado abandono escolar - também ele sem paralelo na UE - traz consigo a quase certeza da pobreza. A profecia autorealiza-se, perpetuando uma sociedade indecente e uma economia sem futuro.
Nenhuma agenda de modernização do país pode passar ao lado deste problema, que é, pelo menos, tanto causa como consequência do nosso subdesenvolvimento económico, social e cultural.
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