
A solução pode passar por uma réplica da opção do governo espanhol que "de uma vez só cortou dezenas de empresas públicas, institutos públicos, serviços públicos que eram desnecessários".
"A análise inicial ao número de entidades é assustadora". Até porque o que está em causa são "institutos preenchidos por pessoas nomeadas para cargos que, em muitos casos, têm níveis de remuneração completamente acima da média do mercado".
CDS aguarda respostas do governo
No requerimento, até agora sem resposta do governo, o CDS citava os relatórios sobre o Sector Empresarial do Estado e sobre os Princípios de Bom Governo para identificar um crescimento de 21% no número de empresas públicas entre 2007 e 2009, correspondentes à criação de 16 novas entidades. No mesmo período, o partido de Paulo Portas critica o aumento de 19% no número de gestores públicos e, consequentemente, um acréscimo de 19,4% nas remunerações de gestores, que aumentaram de 26,8 para 32 milhões de euros anuais, entre 2007 e 2009
Uma conjuntura agravada pela constatação de que o esforço financeiro do Estado no sector empresarial terá aumentado de 822 milhões de euros em 2007 para 2.119 milhões em 2009. Um aumento de mais de 150% justificado pelas indemnizações compensatórias, dotações de capital e empréstimos para estas entidades.